Agronegocios
Dissertações: Agronegocios. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nicolas • 23/5/2013 • 405 Palavras (2 Páginas) • 776 Visualizações
AGRONEGÓCIOS
FOTOS: ERNESTO DE SOUZA
Falta de matéria-prima de qualidade superior prejudica indústrias como a de calçados
A Braspelco, uma das maiores exportadoras brasileiras de couro bovino, mantém um programa para melhoria do produto desde o início da década de 90. "Começamos a verificar quais pontos da cadeia geravam prejuízos ao couro e como isso poderia ser corrigido", conta Carlos Obregon, diretor de operações da empresa. Assim, passou-se a fornecer palestras a criadores e treinamento a funcionários de frigoríficos, para haver maior integração com as necessidades da indústria de couro. A Braspelco, que processa 3 milhões de couros por ano (85% para a exportação) e inaugura neste mês uma unidade em Itumbiara, GO, para mais 2 milhões de peças, ainda mantém um programa de bonificação por qualidade para alguns fornecedores importantes, como a Chalet Agropecuária, de Uberlândia, MG.
O programa de melhoria de couro cru da exportadora serviu de inspiração para um projeto similar, conduzido há dois anos numa parceria entre o CICB - Centro das Indústrias de Curtume do Brasil e a Apex - Agência de Promoção de Exportações. "As mudanças já são sensíveis no setor frigorífico, mas o trabalho com os pecuaristas é constante e de longo prazo, pois não adianta ajudar um criador a se livrar de carrapatos se o problema persistir no vizinho", relaciona Amadeu Fernandes, do CICB.
Já a Embrapa Gado de Corte, localizada em Campo Grande, está erguendo o CTC - Centro Tecnológico do Couro, que deve entrar em funcionamento até o fim deste ano. O objetivo do centro, erguido em parceria com 13 instituições, é levar o Mato Grosso do Sul a otimizar o aproveitamento das peles de seu rebanho, já que, segundo informações da Embrapa, de 15 mil animais abatidos em média no estado diariamente, apenas 8 mil couros são processados pelas indústrias. A ABHB - Associação Brasileira de Hereford e Braford, por sua vez, também deu um passo em direção à valorização do couro alterando uma das normas para o registro de animais braford. Desde 1987, quando começaram a chegar ao país os primeiros exemplares da raça, exigia-se que os animais registrados exibissem a marcação da entidade - a letra B maiúscula e números referentes ao seu grau de sangue - sobre a picanha. De agosto passado para cá, porém, os locais indicados passaram a ser a cara e as pernas dos bovinos, abaixo das articulações. Exatamente como deve ser.
Fonte : http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC611937-1641-3,00.html
Texto : Luis Roberto Toledo
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