Agua De Reuso
Casos: Agua De Reuso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcosjunior95 • 4/12/2014 • 2.063 Palavras (9 Páginas) • 271 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A prática de reuso da água é um conceito antigo, que já foi praticado durante muitos anos atrás. Há relatos de sua prática na Grécia Antiga, sistemas de esgotos e sua prática para irrigação. Porém, a crescente demanda por água tem feito do reuso planejado da água um tema atual e de grande importância.
No entanto devemos considerar o reuso de água como uma atividade abrangente que é o uso racional ou eficiente da água, o qual compreende também o controle de perdas e desperdícios, e a minimização da produção de efluentes, do consumo de água potável, e economicamente falando é um bom método para reduzir custos.
Essa atividade de se reutilizar a agua é muito discutida atualmente, sendo já utilizada em alguns países e é baseada no conceito de substituição das nascentes. A substituição dessas águas mananciais, por um a de qualidade inferior, é possível em função da atividade que precisa ser utilizada. Dessa forma, grandes volumes de água potável podem ser poupados pelo reuso quando se utiliza água de qualidade inferior (geralmente efluentes pós-tratados) para atendimento das finalidades que podem prescindir desse recurso dentro dos padrões de potabilidade.
Águas de reuso são águas descartadas e reutilizadas para diversos meios, sendo eles: domésticos, industriais e urbanos.
É recomendado recolher todas as águas residuais produzidas e transportá-las até a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). Depois de recolhidas nos coletores, as águas residuais são conduzidas até a estação, onde se processa o seu tratamento.
O tratamento é feito na maior parte das vezes aplicando-se um processo físico para a remoção de sólidos grosseiros. Neste sentido a água residual ao entrar na ETAR passa por um canal onde estão montadas grades paralelas, que servem para reter os sólidos de maiores dimensões, tais como, paus, pedras, ou outros elementos que possam prejudicar o tratamento para o reuso. Os resíduos são recolhidos, armazenados e logo são enviados para o aterro sanitário.
Muitos destes resíduos são produzidos na própria residência devido a falta de instrução e conhecimento de tais ações, como jogar itens de higiene pessoal que logo após o uso descartam no sanitário. Estes resíduos devido às suas características são extremamente difíceis de capturar nas grades e por consequência passam para as lagoas, prejudicando o processo de tratamento.
A seguir, a água com resíduos, que já não possui mais sólidos grosseiros, continua o seu caminho pelo canal onde é feita a medição da quantidade de água que entrará na ETAR. O tratamento que se segue é a desarenação, que consiste na remoção de sólidos de pequena dimensão, como areia. Este processo ocorre em dois tanques circulares que se designam por desarenadores. A partir deste ponto a água residual passa a sofrer um tratamento estritamente biológico por recurso a lagoas de estabilização (processo de lagunagem).
O tratamento deverá atender à legislação (Resolução do CONAMA nº 020/86) que define a qualidade de águas em função do uso a que está sujeita, sendo ela, águas para consumo humano, águas para suporte de vida aquática, águas balneares e águas de rega.
O reuso da água pode ser feita de maneira direta ou indireta, posterior de ações planejadas ou não, e suas aplicações podem ser para irrigações paisagísticas, agricultura, recarga de aquíferos, e pode ser utilizada de muitas outras maneiras, cujo a água potável não é necessariamente obrigatória, como os exemplos citados acima e muitos outros, como lavar automóveis e os pavimentos de uma casa.
No Brasil, a prática do uso de esgotos entretanto, constitui-se em um procedimento não institucionalizado e tem se desenvolvido até agora sem nenhuma forma de planejamento ou controle. Grande parte das vezes é totalmente inconsciente por parte do usuário, que utiliza águas altamente poluídas de córregos e rios adjacentes para irrigação de hortaliças e outros vegetais, ignorando que esteja exercendo uma prática danosa à saúde pública dos consumidores e provocando impactos ambientais negativos. Em termos de reuso industrial, a prática começa a se implementar, mas ainda associada a iniciativas isoladas, a maioria das quais, dentro do setor privado, onde o próprio produtor ou empresa, financia o tratamento da água para tais fins.
A lei nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997, em seu Capitulo II, Artigo 20, Inciso 1, estabelece, entre os objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos, a necessidade de “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos”. Verificou-se, por intermédio dos Planos Diretores de Recursos Hídricos de bacias hidrográficas - em levantamento realizado a fim de se conhecer mais profundamente a realidade nas diversas bacias hidrográficas brasileiras - que há a identificação de problemas relativamente à questão de saneamento básico, coleta e tratamento de esgotos e propostas para a implementação de planos de saneamento básico. Entretanto, não se consegue identificar atividades de reuso de água utilizando efluentes pós-tratados. Isso deve-se ao fato, talvez, do ainda relativo desconhecimento dessa tecnologia e por motivos de ordem sociocultural.
Mesmo assim, considerando que já existe atividade de reuso de água com fins agrícolas em certas regiões do Brasil, a qual é exercida de maneira informal e sem as salvaguardas ambientais e de saúde pública adequadas, torna-se necessário institucionalizar, regulamentar e promover o setor através da criação de estruturas de gestão, preparação de legislação, disseminação de informação, e do desenvolvimento de tecnologias compatíveis com as nossas condições técnicas, culturais e socioeconômicas.
É nesse sentido que a Superintendência de Cobrança e Conservação - SCC - da Agência Nacional de Águas, inova ao pretender iniciar processos de gestão a fim de aprimorar e difundir essa tecnologia e ao investigar formas de se estabelecer bases políticas, legais e institucionais para o reuso de água neste país.
Mais especificamente a cidade de São Paulo atualmente vem sofrendo com a falta de água (potável) nos reservatórios, devido ao desperdício dessa água onde a maior parte é desperdiçada para fins desnecessários, como lavar pavimentos do próprio imóvel, ou de seu automóvel, a incompetência política também tem culpa nesse quesito, já que na conta onde se cobra o transporte e o tratamento do esgoto, o dinheiro arrecadado não é investido para tais serviços, se utilizados para tais serviços a cidade não enfrentaria tal escassez. Criar alguma
...