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Ainda Nao Tenho Nenhum

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Por:   •  10/12/2014  •  10.096 Palavras (41 Páginas)  •  293 Visualizações

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PARTE 1 - INTRODUÇÃO

necessidades de todas as pessoas

1 – O PROBLEMA DA ESCASSEZ A escassez é o problema econômico central de qualquer sociedade. Se não houvesse escassez, tampouco haveria a necessidade de se estudar economia. Mas, por que existe a escassez? A escassez existe porque as necessidades humanas a serem satisfeitas através do consumo dos mais diversos tipos de bens (alimentos, roupas, casas etc.) e serviços (transporte, assistência médica etc.) são infinitas e ilimitadas, ao passo que os recursos produtivos (máquinas, fábricas, terras agricultáveis, matérias-primas etc.) à disposição da sociedade e que são utilizados na produção dos mais diferentes tipos de produtos são finitos e limitados, ou seja, são insuficientes para se produzir o volume de bens e serviços necessários para satisfazer as É preciso não confundir escassez com pobreza. Pobreza significa ter poucos bens. Escassez significa mais desejos do que bens para satisfazê-los, ainda que haja muitos bens. É preciso também não confundir escassez com limitação. Um bem pode ter sua oferta limitada. Entretanto, se esse bem não for desejado, se não houver procura por ele, ele não será escasso. Assim, o fenômeno da escassez está presente em qualquer sociedade, seja ela rica ou pobre. E verdade que para países como os Estados Unidos e a Suécia ela não é um problema tão grave como para países como a Somália e a Etiópia, em que sequer as necessidades básicas da população são satisfeitas. Mesmo assim, a escassez continua sendo um problema, uma vez que as aspirações por bens e serviços em geral superam a quantidade de bens e serviços produzidos pela sociedade. Da dura realidade da escassez decorre a necessidade da escolha. Já que não se pode produzir tudo o que as pessoas desejam, devem ser criados mecanismos que de alguma forma auxiliem as sociedades a decidir quais bens serão produzidos e quais necessidades serão atendidas.

distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas”

2 - DEFINIÇÃO DE ECONOMIA Uma vez entendido o sentido econômico da escassez, podemos passar para a definição de Economia. Em termos etimológicos a palavra “economia” vem do grego oikos (casa) e nomos (norma, lei). Teríamos, então, a palavra oikonomia que significa “administração de uma unidade habitacional (casa)”, podendo também ser entendida como “administração da coisa pública” ou de um Estado. Em Economia estudamos as maneiras pelas quais os diferentes tipos de sistemas econômicos administram seus limitados recursos com a finalidade de produzir bens e serviços, objetivando satisfazer as ilimitadas necessidades da população. “Se o objetivo é atender ao máximo as necessidades da população e se os recursos são limitados, então a administração desses recursos tem de ser feita de maneira cuidadosa, econômica (parcimoniosa), racional e eficiente.” Em outras palavras, temos de “economizar” recursos. Podemos, então, definir Economia como “a Ciência Social que estuda como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilização alternativa, na produção de bens e serviços de modo a

3 - SISTEMA ECONÔMICO

Um “Sistema Econômico” pode ser definido como a forma na qual uma sociedade está para desenvolver as atividades econômicas de produção, troca e consumo de bens e serviços. Toda economia opera segundo um conjunto de regras e regulamentos. Exemplificando, as firmas devem ter licenças específicas a fim de que possam produzir e vender seus produtos; os trabalhadores devem ser registrados em carteira. Essas são apenas algumas das regras existentes em nossa economia. Assim, todas as leis, regulamentos, costumes e práticas tomados em conjunto, e suas relações com os componentes de uma economia (firmas, famílias e governo), constituem o que denominamos “Sistema Econômico”.

4 - ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS

4.1 Necessidades Humanas Entende-se por necessidade humana a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la. Sabemos, por experiência própria, que as pessoas necessitam de ar, água, alimentos, roupas e abrigo para que possam sobreviver. Sabemos, também, que não há limite à variedade e ao número das necessidades humanas. Para exemplificar, suponhamos que o leitor seja presenteado com uma “Lâmpada de Aladim” capaz de atender a todos os seus desejos. Se o leitor for um cidadão que tenha um padrão de comportamento semelhante ao da maioria das pessoas, com certeza vai imediatamente preparar uma lista impressionante de coisas que deseja. E o que conterá tal lista?

Inicialmente, talvez o leitor deseje coisas materiais. Por exemplo, roupas mais finas e variadas de grifes sofisticadas e caras, que jamais sonhou possuir; por certo, também desejará melhores tipos de alimentos, comparativamente àqueles que esteja habituado a consumir. E esse seria apenas o começo, uma vez que seu apetite terá apenas sido despertado. Passará então a desejar uma magnífica mansão, com belos jardins, piscinas, quem sabe até uma sauna e, na garagem, os mais modernos tipos de carro, prontos para serem utilizados. Prosseguindo, com certeza também vai querer uma casa na praia, com todo o conforto que a vida moderna pode proporcionar e, é claro, um belo iate. Naturalmente, o leitor não se esquecerá de um avião e de um helicóptero, que certamente agilizarão seus deslocamentos, evitando que perca tempo ao se transportar de um lado para outro. Viajar, freqüentar restaurantes sofisticados e badaladas casas noturnas figurarão, é claro, entre os desejos listados. O fato é que, quanto mais desejar o leitor, mais descobrirá coisas capazes de tornar a vida mais agradável, confortável. Entretanto, isso não é tudo. O leitor poderá desejar também outras coisas pessoais e imateriais, e que são igualmente importantes em matéria de qualidade de vida: sabedoria, autoconfiança, prestígio, paz, liberdade. Assim, se pedirmos para qualquer pessoa considerada “normal” por nossa sociedade uma lista do que desejaria ter ou ser, a extensão da lista ficaria além da nossa compreensão e cresceria dia a dia, desafiando a capacidade de contar de qualquer um. Por essa razão é que os economistas dizem que as necessidades humanas são ilimitadas. Além disso, não podemos nos esquecer de que as necessidades biológicas do ser humano renovam-se dia a dia, exigindo da sociedade a produção contínua de bens com a finalidade de atendê-las. Paralelamente, a perspectiva de elevação do padrão de vida e a evolução tecnológica fazem que “novas” necessidades apareçam, o que demonstra o fato de que as

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