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Por:   •  3/4/2013  •  Tese  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  235 Visualizações

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Segundo Roberto Da Matta é notória a importância dos elementos étnicos, a dizer branco: negro e indígena na formação da sociedade

brasileira. A amálgama formada a partir desses elementos, através de suas relações sociais e pessoais, proporcionou o reconhecimento

da identidade nacional como deveras peculiar em relação a outros países com experiências semelhantes. O Brasil se tornou uma

sociedade mestiça e homogênea, onde não existiria preconceito "racial" e todos os indivíduos seriam, em potencial, capazes de

possuírem igualdade formal, material e moral entre si.

Em termos gerais, este é o mito de origem da sociedade brasileira, conhecido como o ?mito das três raças?. Para Fry, é possível notar sua

presença em diversos âmbitos da sociedade, desde interpretações acadêmicas até em relações fortuitas do cotidiano. Apesar de não

corresponder com precisão à realidade vivida, ele serve como uma orientação para se avaliar as relações sociais, positivas ou negativas,

pois corresponde à realidade idealizada.

Existem várias correntes que explicar a formação racial/cultural da sociedade brasileira. A primeira destas correntes previa a

degenerescência e pensador mais importante era o Conde de Gobineau, o qual via a mistura de raças como fator de decadência e

degenerescência da sociedade brasileira.

Já Gilberto Freyre se propõe a deslocar o debate superioridade/inferioridade para a observação de uma situação de contato e de troca

que se atualiza dentro de uma estrutura social de desigualdade, uma vez que nesta troca uma das partes é o senhor e as outras duas

encontram-se, com menor ou maior intensidade numa condição servil. Para este autor a miscigenação deixa de ser considerada um

fenômeno meramente biológico ou ainda um processo gerador de aptidões e costumes, degenerescências dela derivadas e agravadas

pela ação deprimente do clima. Ao contrario a mistura de diferentes grupos étnicos é vista com algo positivo e ate mesmo capaz de

promover uma democratização a partir da posição ambivalente do mestiço.

Outro estudo que abarcou as características da identidade nacional foi Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda. Para este autor,

os males do país também não provêm da miscigenação. São oriundos da personalidade do português. Essa personalidade se apresenta

tão dominante que a mistura com índios e negros não conseguiu superá-la. Pelo contrário, argumenta que a personalidade dos negros

era semelhante à dos portugueses, ou seja, plástica e maleável. O que lhes fomentavam um caráter ?anti-social? que preferia os

entretenimentos

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