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Amor

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Por:   •  15/3/2015  •  534 Palavras (3 Páginas)  •  170 Visualizações

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"Amor platônico" é uma expressão usada para designar um amor ideal, alheio a interesses ou gozos. Um sentido popular, pode ser o de um amor impossível de se realizar, um amor perfeito, ideal, puro, casto.

Trata-se, contudo, de uma má interpretação da filosofia de Platão, quando vincula o atributo "platônico" ao sentido de algo existente apenas no plano das ideias. Porque Ideia em Platão não é uma cogitação da razão ou da fantasia humana. É a realidade "essencial". O mundo da matéria seria apenas uma sombra que lembraria a luz da verdade essencial.

A expressão amor platônico é uma interpretação equivocada do conceito de Amor na filosofia de Platão. O amor em Platão é falta. Ou seja, o amante busca no amado a Ideia - verdade essencial - que não possui. Nisto supre a falta e se torna pleno, de modo dialético, recíproco.

Em contraposição ao conceito de Amor na filosofia de Platão está o conceito de paixão. A paixão seria o desejo voltado exclusivamente para o mundo das sombras, abandonando-se a busca da realidade essencial. O amor em Platão não condena o sexo, ou as coisas da vida material.

Na obra Simpósio (de Platão), há uma passagem sobre o significado do amor. Sócrates é o mais importante dentre os homens presentes. Ele diz que na juventude foi iniciado na filosofia do amor por Diotima de Mantinea, que era uma sacerdotisa. Diotima lhe ensinou a genealogia do amor e por isso as ideias de Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor. Segundo Joseph Campbell, "não é por acaso que Sócrates nomeia Diotima como aquela que lhe deu as instruções e os métodos mais significativos para amar/falar. A palavra falada por amor é uma palavra que vem das origens 2 ."

§Perspectiva filosófica

O Triunfo de Vênus, de Angelo Bronzino.

Diferentemente do conceito de "amor platônico", quando se fala do amor "em Platão" estamos nos referindo ao pensamento deste filósofo sobre o amor. A noção de amor é central no pensamento platônico. Em seus diálogos, Sócrates dizia que o amor era a única coisa que ele podia entender e falar com conhecimento de causa. Platão compara-o a uma caçada (comparação aplicada também ao ato de conhecer) e distinguia três tipos de amor: o amor terreno, do corpo; o amor da alma, celestial (que leva ao conhecimento e o produz); e outro que é a mistura dos dois. Em todo caso o amor, em Platão, é o desejo por algo que não se possui.

A temática do amor é comum a quase todos os filósofos gregos, entendido como um princípio que governa a união dos elementos naturais e como princípio de relação entre os seres humanos. Depois de Platão, entretanto, só os platônicos e os neoplatônicos consideraram o amor um conceito fundamental. Em Plutarco, o amor é a aspiração daquilo que carece de forma (ou só a tem minimamente) às formas puras e, em última instância, à Forma Pura do Bem. Em "As Enéadas", Plotino trata do amor da alma à inteligência; e na sua Epistola ad Marcelam, Porfírio menciona os quatro princípios de Deus: a fé, a verdade, o amor e a esperança. No pensamento neoplatônico, o conceito de amor tem um significado fundamentalmente

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