Analise De Investimentos
Trabalho Escolar: Analise De Investimentos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 12/6/2014 • 9.330 Palavras (38 Páginas) • 656 Visualizações
Sumário
Introdução
Capítulo 1 – Descrição do investimento pretendido
1. Objetivo Geral
2. Objetivos Específicos
3. O negócio
4. O mercado
5. Análise PFOA
6. Administração e Recursos Humanos
7. Abertura da empresa
8. Aspectos jurídicos e legais
Capítulo 2 – Elaboração do Fluxo de Caixa Relevante
1. Fluxo de Caixa
2. Projeção do Fluxo de Caixa
3. Investimento Inicial
4. Necessidade de Capital de Giro
5. Estoque Inicial
6. Custos Variáveis
7. Despesas Operacionais
8. Marketing Inicial
9. Estimativa de Receita
Capítulo 3 – Métodos para Avaliação de Investimentos
1. Métodos de Avaliação de projetos e investimentos
2. Método Payback
3. Método Pauback simples
4. Método Payback descontado
5. Índice de Lucratividade
6. A taxa interna de Retorno (TIR)
7. O Valor Presente Liquido (VPL)
8. Selic
9. Imposto sobre operações de crédito
10. Imposto sobre operações de Câmbio
11. Imposto sobre operações de Seguro
12. Imposto sobre operações relativas a títulos ou valores imobiliários
13. Imposto de Renda pessoa jurídica
14. Formas de Tributação das pessoas jurídicas
15. Base de Cálculo
16. Período de Apuração
17. Alíquota e Adicional
18. Payback
19. Valor Presente Liquido
20. Taxa Interna de Retorno (TIR)
Capítulo 4 – O Efeito da Inflação na Análise de Investimentos
1. Inflação e Taxa de Atualização
2. Inflação e necessidade de fundo de maneio
3. A importância de considerar a inflação na analise de investimento
4. Valores Nominais e Reais
5. VPL e inflação
6. TIR e inflação
Conclusão
Bibliografia
Introdução
O mercado oferece uma ampla variedade de investimentos possíveis, e cabe ao administrador analisar quais são os melhores investimentos para a organização. Para tanto, ele faz três considerações que influenciam a decisão: a econômica, a financeira e a de ambiente empresarial.
Econômicas: Levam em conta a rentabilidade e o risco do investimento. Assim o administrador deve escolher os investimentos de maior retorno e de menor risco para a organização.
Financeiras: Levam em conta a disponibilidade de recursos próprios ou financiamentos.
Ambiente empresarial: São as considerações políticas, sociais, culturais e de meio ambiente que afetam o investimento e são as mais difíceis de analisar, pois, muitas vezes, não podem ser expressas em valores monetários.
Este trabalho consiste em um estudo para verificar a viabilidade econômico-financeira para a abertura de um bar e restaurante na cidade de Taubaté. Os seus dados foram baseados em projeções realistas devido às inúmeras pesquisas de mercado e bibliográficas realizadas. A pesquisa fundamenta-se na importância do planejamento financeiro e do fluxo de caixa no momento de empreender, pois o contexto atual demonstra que isto não é feito por muitos dos novos empresários. O benefício trazido por este trabalho é servir como manual para empreendedores, proporcionando a eles a possibilidade de previsão e escolha dos melhores investimentos.
CAPÍTULO 1 – DESCRIÇÃO DO INVESTIMENTO PRETENDIDO
1. Objetivo geral
- Analisar a viabilidade econômico-financeira de um projeto de um bar.
1.2. Objetivos específicos
- Orçar os investimentos no projeto;
- Prever as vendas do empreendimento;
- Construir possíveis fluxos de caixa para o projeto;
- Calcular indicadores para a avaliação do projeto.
1.3. O Negócio
Este Plano de Negócio tem por objetivo fornecer informações para avaliar a possibilidade de abertura do bar Toca do Açaí na Avenida Magay, uma das principais vias de circulação do centro de Osvaldo Cruz, destacando os pontos que farão deste estabelecimento uma opção única de gastronomia e entretenimento.
Este trabalho visa analisar os aspectos que fazem dessa região e do empreendimento em questão compatíveis e viáveis, obedecendo a todos os critérios da elaboração de um plano de negócios.
Missão da empresa: Propiciar momentos de entretenimento para os clientes, oferecendo produtos e serviços de qualidade, aliados a um clima agradável e descontraído.
Visão do empreendimento: ser ponto de referência em happy hour, na cidade de Osvaldo Cruz e região. Toca do Açaí quer se tornar um lugar onde todos pensem em ir quando estão felizes, satisfeitos, mesmo após um dia cansativo de trabalho.
Valores pregados: gerenciamento em equipe, pró-atividade, agilidade e cortesia.
1.4. Mercado
Podemos verificar que o mercado de bares e restaurantes é bastante competitivo. É um setor que pode ser interessante e lucrativo, porém o risco é elevado devido a essa grande competitividade do mercado. A busca por novidades, visando atrair mais clientes, deve ser o grande diferencial nesse tipo de atividade.
1.5. Análise PFOA
POTENCIALIDADES:
- Diferencial frente às características citadas da concorrência;
- A proposta de interferir no clima organizacional das empresas, sendo uma “sede” para pequenas comemorações;
- Política de valorização dos funcionários.
FRAGILIDADES:
- Nome desconhecido;
- Atendimento do público-alvo pela concorrência;
- Pouco conhecimento prático dos sócios;
- Dependências dos fornecedores.
AMEAÇAS:
- Mercado de bares e restaurantes competitivo, principalmente no local escolhido;
- O risco e a incerteza de um novo projeto;
- Possível sazonalidade;
- Influência das condições do tempo na demanda;
- Média de vida útil deste tipo de empreendimento.
OPORTUNIDADES:
- Falta de conhecimento técnico de administração dos concorrentes;
- Sucesso da concorrência decorrente da alta demanda, e não por suas próprias qualidades;
- Falta de proposta da concorrência aos seus clientes, inclusive a falta de conhecimento de quem é o seu público alvo;
- Pouca preocupação da concorrência com os seus funcionários (elevado índice de rotatividade, pois a maioria não assina a carteira de trabalho);
- Estratégias de marketing praticamente inexistentes;
- Poucos concorrentes possuem alvará de funcionamento definitivo expedido pela Prefeitura Municipal;
- Cobrança de 10% opcionais do garçom muitas vezes não repassados em sua totalidade para os funcionários, gerando descontentamento.
1.6. Administração e Recursos Humanos
A estrutura administrativa definida para o empreendimento será composta de quatro sócios, sendo um deles capitalista e os outros três com funções de gestores, dois para a área financeira e administrativa e outro para área de marketing e atendimento, de forma a operacionalizar o negócio.
A área operacional do Bar Toca do Açaí será composta por quatorze colaboradores, sendo quatro responsáveis pelas rotinas de cozinha e manipulação/estoque de alimentos, sete responsáveis pelo pleno atendimento das necessidades dos clientes, duas hostess e um responsável pelo caixa.
A empresa contará com a assessoria contábil e jurídica terceirizadas, mantendo em ordem toda e qualquer movimentação financeira, bem como registros contábeis. Todos os funcionários passarão por ciclos de reciclagem constantes, tanto feitas pela própria Toca do Açaí, que oferece cursos de atendimento e manipulação de seus produtos, como também cursos realizados na própria empresa por profissionais do setor.
A proposta é manter todos os colabores do grupo com conhecimento atualizado de todos os produtos servidos pelo estabelecimento, garantindo maior produtividade e aumentando a satisfação dos clientes.
Será necessária a contratação de dois empregados garçons, regidos pela CLT. Para atividades de limpeza, será contratada uma empresa terceirizada para a limpeza do bar 3 vezes por semana.
O recrutamento de candidatos será feito através de fontes externas, como anúncios em jornais, e também por indicações.
Tanto os funcionários quanto os sócios farão, de tempos em tempos, um rodízio e função do bar, com exceção dos trabalhos de divulgação e negociação com fornecedores, que será atividade privativa dos sócios. A finalidade é de que todos saibam como funciona “o todo” do negócio, e quando for necessário, possam substituir uns aos outros em caso de férias ou alguma eventualidade. Os funcionários receberão um salário mínimo regional mais os 10% opcionais. A renda variável, já tradicional neste tipo de empreendimento, tem como finalidade a conscientização dos funcionários da importância da fidelização dos clientes, que será vantajosa para todos.
1.7. Abertura da empresa
Na tentativa de diminuir os riscos, a abertura deste negócio não deve ser realizada na época do ano na qual a população da cidade diminui. Nos meses de janeiro e fevereiro, o público alvo do negócio não se encontra na cidade, pois a maioria entra em férias.
Portanto a empresa será aberta no mês de março, considerado o mês ideal para o inicio das atividades, visto que retrata o retorno da população, que se estende durante todo o ano. Sendo assim, é possível que a empresa se estabilize até que chegue o próximo período de férias.
1.8. Aspectos jurídicos e legais
O empreendimento bar Toca do Açaí será enquadrado como empresa de pequeno porte (EPP), e como tal estará habilitada a aderir ao sistema SIMPLES nacional. O Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples) é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às pessoas jurídicas consideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), nos termos definidos na Lei no 9.317, de 1996, e alterações posteriores, estabelecido em cumprimento ao que determina o disposto no art. 179 da Constituição Federal de 1988. Constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meio da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma única base de cálculo, a receita bruta. Para se enquadrar neste sistema de imposto, a empresa deve ter uma receita bruta nos últimos 12 meses entre R$120.000,00 (Cento e vinte mil reais) e R$2.400.000,00 (Dois milhões e quatrocentos mil reais). Sua alíquota irá variar de acordo com seu faturamento, e está detalhada na tabela abaixo.
A variação da alíquota do SIMPLES de acordo com o faturamento da empresa, e como esta alíquota engloba as alíquotas de IRPJ (Imposto de renda Pessoa Jurídica), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), PIS/PASEP (Programa de Integração Social), INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação). A inscrição no SIMPLES dispensa ainda, a pessoa jurídica do pagamento das contribuições instituídas pela União, como as destinadas ao SESC, ao SESI, ao SENAI, ao SENAC, ao SEBRAE, bem como as relativas ao salário-educação e à Contribuição Sindical Patronal.
Já sua composição constituirá sociedade civil por quotas de responsabilidade limitada, composta por três sócios com quotas de igual número de valor, estabelecida mediante Contrato Social (ANEXO B) devidamente registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESC). Para o registro e abertura da empresa, foi preparado o seguido roteiro pelo SEBRAE, resumindo as etapas:
1º. Passo: consulta de viabilidade, Prefeitura Municipal em que for instalada a sede do estabelecimento;
2º. Passo (facultativo): consulta prévia – Receita Federal;
3º. Passo: registro da empresa na JUCESC
4º. Passo: obtenção do CNPJ – Receita Federal
5º. Passo: obtenção de alvará e inscrição no cadastro fiscal – Prefeitura Municipal
6º. Passo: obtenção da inscrição estadual: Secretaria do Estado da Fazenda.
Além disso, o requerimento para licenciar um estabelecimento de bebidas implica a apresentação do projeto arquitetônico e de instalação, que deve ser entregue na Câmara Municipal para que se processe vistoria no estabelecimento. A concessão do licenciamento tem como suporte legal o Decreto-Lei n.168/97. Os passos desse processo são os seguintes:
1º. Todos os estabelecimentos, qualquer que seja o seu tipo, devem sujeitar à apreciação da respectiva Câmara Municipal um Projeto de Arquitetura (projeto de instalação) a organizar conforme Decreto-Lei n. 250/94 – Artigo 3º.
2º. Em simultâneo com o projeto de arquitetura, deverá ser apresentado um projeto de instalação elétrica que será submetido a parecer da Direção Geral de Energia. Esse parecer, se desfavorável, é vinculativo – Artigo 8º.
3º. A aprovação, pela Câmara Municipal, do projeto de arquitetura, carece sempre do parecer do Serviço Nacional de Bombeiros. Se desfavorável, o parecer é vinculativo – Artigo 6º.
4º. Aprovada a arquitetura e após apresentação dos projetos das especialidades, será emitido pela Câmara o alvará de licença de obras.
5º. Concluída a obra e equipado o estabelecimento em condição de iniciar o funcionamento, deverá ser requerida à Câmara Municipal uma vistoria para efeitos de emissão da licença de utilização – Artigo 11º.
6º. A vistoria é realizada por uma comissão convocada pela Câmara Municipal e é composta por dois técnicos da Câmara, um representante do Serviço Nacional dos Bombeiros, o delegado concílio da saúde e um representante da Direção Geral de Energia. Estas entidades deverão efetuar a vistoria no local no prazo de 30 dias. Este parecer pronunciar-se-á sobre a localização e os aspectos de segurança e ordem pública que o funcionamento do estabelecimento implicará – Artigo 12º.
7º. A licença de utilização para serviços é emitida pelo Presidente da Câmara Municipal e secretarias envolvidas – Artigo 13º e 14º.
CAPÍTULO 2 – ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA RELEVANTE
2.1. Fluxo de caixa
Para ser possível avaliar o projeto, é necessário primeiramente que se preveja o fluxo de caixa para ele. Por isso, deve ser feita uma analise de conceitos neste âmbito.
Zdanowick (2004, p.40) denomina por fluxo de caixa:
“O conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período projetado. É uma representação dinâmica da situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo. É o instrumento de programação financeira, que corresponde às estimativas de entradas e saídas em certo período de tempo projetado.”
É a previsão de entradas e saídas de recursos monetários, por um determinado período. Essa previsão deve ser feita com base nos dados levantados nas projeções econômico-financeiras atuais da empresa, levando, porém em consideração a memória de dados que respaldará essa mesma previsão. O principal objetivo dessa previsão é fornecer informações para a tomada de decisões, tais como: prognosticar as necessidades de captação de recursos bem como prever os períodos em que haverá sobras ou necessidades de recursos; aplicar os excedentes de caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa sem comprometer a liquidez.
Resumidamente, podemos afirmar que FLUXO DE CAIXA é a demonstração visual das receitas e despesas distribuídas pela linha do tempo futuro.
Para a montagem da projeção do fluxo de caixa devemos considerar os seguintes dados:
Entradas
a) contas a receber
b) empréstimos
c) dinheiro dos sócios
Saídas
a) contas a pagar
b) despesas gerais de administração (custos fixos)
c) pagamento de empréstimos
d) compras à vista
O fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de análise e avaliação de uma empresa, proporcionando ao administrador uma visão futura dos recursos financeiros da empresa, integrando o caixa central, as contas correntes em bancos, contas de aplicações, receitas, despesas e as previsões. As decisões relacionadas à compra, venda, investimentos, aportes de capital pelos sócios captação ou pagamento de empréstimos e desinvestimentos, constituem um fluxo contínuo entre as fontes geradoras e as utilizadoras de recursos. Deve e pode ser utilizado por empresas de qualquer porte dada a sua importância e simplicidade. Entre os Micro e Pequenos Empresários se a sua necessidade ainda não foi sentida, com certeza foi intuída.
A projeção do fluxo de caixa permite a avaliação da capacidade de uma empresa gerar recursos para suprir o aumento das necessidades de capital de giro geradas pelo nível de atividades, remunerar os proprietários da empresa, efetuar pagamento de impostos e reembolsar fundos oriundos de terceiros.
Na projeção do fluxo de caixa, indicamos não apenas o valor dos financiamentos que a empresa necessitará para desenvolver as suas atividades, mas também quando ele será utilizado. Percebemos até agora que o fluxo de caixa olha para o futuro retratando a situação real do caixa na empresa, não podendo ser confundido com os registros contábeis que se ocupam do passado e incorporam categorias relacionadas ao patrimônio físico da empresa, como por exemplo, o Ativo Imobilizado. A projeção pode ser realizada mês a mês, trimestre a trimestre ano a ano ou até mesmo em bases diárias. Além de permitir analisar a forma como uma empresa desenvolve sua política de captação e aplicação de recursos, o acompanhamento entre o fluxo projetado e o efetivamente realizado, permite identificar as variações ocorridas e as causas dessas variações.
2.2. Projeção do Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é construído a partir das informações relativas a todos os dispêndios e entradas de caixa já conhecidos e dos projetados. Para a elaboração do fluxo de caixa, a empresa precisa dispor internamente de informações organizadas que permitam a visualização das contas a receber, contas a pagar e de todos os desembolsos geradores dos custos fixos. A forma de obtenção e organização dessas informações auxiliares passam pela utilização de ferramentas de gestão, cuja forma dependerá do tipo da empresa, do seu porte e disponibilidade financeira. O fluxo de caixa é um grande sistema de informações para o qual convergem os dados financeiros gerados em diversas áreas da empresa. A maior dificuldade para se ter um fluxo de caixa realmente eficaz é gerenciar adequadamente este sistema de informações. Na grande maioria das Micro e Pequenas Empresas tudo pode ser resolvido com a utilização de simples planilhas.
Do exposto, infere-se que o fluxo de caixa é uma simples, mas extremamente útil e poderosa ferramenta de planejamento financeiro. Com a observação de alguns princípios, ele poderá trazer benefícios significativos para a sua empresa. Também dispensa grandes investimentos em informática para poder operar satisfatoriamente. De fato, a principal condição para o sucesso do fluxo de caixa é a existência de uma cultura de planejamento.
Componentes do fluxo de caixa de um projeto segundo Brasil (2002):
Receita Bruta Operacional
(-) Deduções
Receita Líquida Operacional
(-) Custos e despesas Operacionais
Lucro Bruto
(-) Depreciação
Lucro Bruto Operacional
(-) Impostos sobre o lucro
+ Depreciação
(-) Investimento Bruto
(-) Variação na necessidade de Capital de Giro ( ∆ NCG)
+ Valor residual
Receita Operacional: todas as entradas de caixa provenientes da venda de serviços e produtos, oriundos do investimento.
Deduções: Tributos incidentes sobre a receita bruta, como contribuição social, PIS?PASEP, COFINS, ICMS e IPI. As alíquotas devem ser levantadas de maneira precisa.
Receita Líquida Operacional: Diferença entre a receita bruta operacional e as deduções.
Custos e despesas operacionais: Custos com operação e as despesas com vendas e marketing, despesas de administração e outras despesas gerais.
Depreciação: Não é item do fluxo de caixa pois não representa um desembolso efetivo. Está incluída devido o relevante beneficio fiscal para o projeto. A depreciação é a redução do valor do bem o tempo. Em geral ocorre de forma linear.
Lucro bruto operacional: resultado operacional do investimento.
Impostos sobre o lucro: calculados com base no lucro bruto operacional. Se o projeto previr prejuízos operacionais em alguns períodos, ocorrerá benefício fiscal.
Investimentos brutos: são desembolsos na compra e instalação de equipamentos e outros ativos fixos que deverão ser adquiridos no projeto, incluídos os custos com frete, seguro e treinamento.
Necessidade de capital de giro: consiste na diferença entre as contas operacionais do ativo (muito bem representadas pelas contas a receber de clientes e pelos estoques) e aquelas do passivo (contas a pagar a fornecedores, salários e contribuições a pagar, impostos sobre operações a pagar, fretes a pagar, etc.).
Valor residual: diferença entre o valor contábil do projeto no último ano e o valor de mercado do empreendimento. Essa diferença é de propriedade dos agentes financiadores do investimento (credores e acionistas).
Prazo de planejamento do fluxo de caixa
Segundo Zdanowicz (2004, p.127), o período abrangido pelo planejamento do fluxo de caixa depende do tamanho e do ramo de atividade da empresa. Em empresas cuja atividade está sujeita a grandes oscilações, a tendência é para estimativas com prazos curtos (diário, semanal ou mensal), enquanto as empresas que apresentavam volume de vendas estável preferem projetar o fluxo de caixa para períodos longos (trimestral, semestral ou anual).
2.3. Investimento Inicial
O investimento inicial corresponde aos recursos necessários à compra e legalização do terreno, às despesas pré-operacionais, à construção, decoração e equipamentos do estabelecimento, os estoques iniciais, a necessidade de capital de giro, e os recursos destinados ao marketing inicial.
A despesa com o terreno refere-se ao gasto com sua aquisição e ao gasto com o ITBI (Imposto de transmissão de bens móveis), esse imposto sendo no valor de 4% sobre o valor do imóvel.
Gasto com terreno e transmissão de posse:
Descrição |Custo por m² |Valor total
Terreno de 680 m² (34mX20m) |R$ 1.250,00 |850.000,00
ITBI (4%) |- |34.000,00
TOTAL |- |884.000,00
2.4. Necessidade de capital de giro
Para a mensuração das necessidades de capital de giro, é necessário definir os custos fixos mensais do empreendimento. Os custos fixos se caracterizam por existir mesmo que não ocorra nenhuma venda, não sendo considerados como custos de produção e sim como despesas, e sendo confrontados diretamente contra o resultado do período. A estimativa de capital de giro ou circulante necessário para que o empreendimento cumpra com suas obrigações fica defino como sendo a cobertura dos custos fixos durante seis meses.
Item |Descrição |Qtd |Vlr Unit. |Vlr Tot Mensal |Vlr Tot Anual
1 |Pró-labore |3 |4000,00 |12000,00 |144000,00
2 |Salários Atendentes |7 |600,00 |4200,00 |50400,00
3 |Encar Sociais (31%) |7 |186,00 |1302,00 |15624,00
4 |Salários Cozinheiros |4 |700,00 |2800,00 |33600,00
5 |Encar Sociais (31%) |4 |217,00 |868,00 |10416,00
6 |Salários Hostess/Cx |3 |800,00 |2400,00 |28800,00
7 |Encar Sociais (31%) |3 |248,00 |744,00 |8928,00
8 |Honorários Contador |1 |300,00 |300,00 |3600,00
9 |Desp Administrativas|1 |1600,00 |1600,00 |19200,00
10 |TV por assint + Int |1 |99,90 |99,90 |1198,80
Total |- |- |- |R$ 26313,90 |R$ 315766,80
Dessa maneira, as necessidades de capital de giro ficam assim definidas:
Descrição |Valor Total (R$)
Custos Fixos mensais |26313,90
Capital de giro inicial (6 meses) |157883,40
TOTAL |157883,40
2.5. Estoque inicial
O estoque inicial cobrirá o período de 30 dias. Os produtos fornecidos pela Schincariol, sendo eles, as marcas de chopp e cerveja, além dos refrigerantes serão bancados pelo fornecedor, como parte do acordo de exclusividade junto à empresa.
Item |Descrição |Qtd |Unid |Vlr Unit. |Total (R$)
1 |Chopps |9000 |Litros |- |-
2 |Cervejas |300 |Caixa |- |-
3 |Refrigerantes |300 |Caixa |- |-
4 |Destilados |30 |Caixa |125,00 |3750,00
5 |Gêneros Alimentícios |- |- |- |-
6 |Mat de higiene e limpeza |- |- |- |-
TOTAL | | | | |3750,00
2.6. Custos Variáveis
A determinação dos custos variáveis parte do pressuposto de que o estabelecimento irá operar durante 6 dias por semana, excluindo-se os domingos, totalizando cerca de 24 dias no mês.
Descrição |Valor Total (R$) Mensal |Valor Total (R$) Anual
Energia Elétrica |1300,00 |15600,00
Água |200,00 |2400,00
Chopp (8.000 litros) |43.040,00 |516.480,00
Cerveja/Refrigerante (600 caixas) |11.100,00 |133.200,00
Alimentos |8000,00 |96.000,00
Destilados |5000,00 |60.000,00
Higiene e |400,00 |4.800,00
Manutenção |300,00 |3.600,00
Imp. sobre serviços – ISS (5%) |9360,00 |112.320,00
Impostos SIMPLES – (11.61%) |21733,90 |260.806,80
TOTAL |100.433,90 |1.205.206,80
A tabela acima descrimina os itens relacionados aos custos e despesas fixos, onde fica claro o peso do produto chopp entre custos, sendo este também o principal produto de venda do estabelecimento.
Energia elétrica e conta de água terão valores semelhantes nos meses seguintes, sofrendo alterações consideráveis apenas em casa de aumento substancial de demanda.
O quesito manutenção representa concertos esporádicos na estrutura do bar, e foi incluído apenas a título de segurança, uma vez que será efetuada manutenção preventiva constante em toda estrutura a fim de se evitar tais gastos.
2.7. Despesas Operacionais
As despesas pré-operacionais consistem naquelas anteriores ao pleno funcionamento da empresa, e são necessárias à sua organização e constituição junto à burocracia estatal.
Estimativa de despesas |Valor
Junta comercial |R$ 45,00
Alvará Prefeitura |R$ 85,00
Fiscalização |R$ 70,00
Cartório |R$ 25,00
Carimbo |R$ 12,00
Contador |R$ 90,00
Receita Federal |R$ 25,00
TOTAL |R$ 352,00
As despesas relacionadas à construção, decoração e equipamentos do estabelecimento estão nomeadas a seguir. A estrutura referente às choppeiras e seus acessórios, assim como geladeiras serão providenciadas pela Schincariol, e não representarão desembolsos iniciais. A rubrica acabamento e decoração constituem nas obras em toda a área de atendimento aos clientes, assim como mesas, cadeiras, sofás e televisores de plasma.
Item |Descrição |Qtd |Unid |Valor Unit. (R$) |Total (R$)
1 |Construção |680 |m² |400,00 |272.000,00
2 |Acabamento e decoração |450 |m² |300,00 |135.000,00
3 |Cozinha Industrial |35 |m² |380,00 |13.000,00
4 |Telefone + Internet |1 |- |200,00 |200,00
5 |Computadores |2 |- |2.000,00 |4.000,00
6 |Telão + Data show |1 |- |4.000,00 |4.000,00
7 |Estrutura de Som |1 |- 19.000,00 |19.000,00
8 |Ar condicionado |4 |- |3.000,00 |12.000,00
9 |Alarmes |1 |- |1.500,00 |1.500,00
10 |Painel externo |1 |- |1.200,00 |1.200,00
11 |Jogo de Louça e talheres |50 |- |20,00 |1.000,00
12 |Uniformes |15 |- |60,00 |900,00
13 |Maq. De cartão de crédito |3 |- |150,00 |450,00
TOTAL|- |- |- |- |464.250,00
2.8. Marketing Inicial
Já os recursos destinados ao marketing inicial, sendo principalmente baseado em veiculações nas emissoras de rádio, evento inicial de inauguração (que terá as bebidas fornecidas pela Eisenbahn) e contratação de modelos junto a agências. A tabela abaixo descrimina os gastos em marketing e propaganda para o período que compreende o mês anterior e o lançamento do empreendimento, posteriormente durante os meses seguintes.
Item |Descrição |Qtd |Vlr Unit (R$) |Vlr Total (R$)
1 |Evento de Inauguração |1 |3000,00 |3000,00
2 |Anúncios em rádio |45 |50,00 |2250,00
3 |Contratação de modelos |6 |300,00 |1800,00
TOTAL| | | |7050,00
2.9. Estimativa de receita
Nesse item, destacamos a receita bruta mensal, anual e uma estimativa para os próximos 5 anos. As vendas terão aumento de 16% ao ano, considerando que 2014, ano de copa do mundo e 2016, olimpíadas, poderá aumentar e muito as vendas. Segue tabela para análise:
DISCRIMINAÇÃO |Preço unitário |Qtd |ANO 1 |Qtd anual |ANO 2 |Qtd anual |mensal
PORÇÃO DE FRITAS | R$ |1500 | 18.720 | R$ 185.328,00| | R$ 187.704,00 |9,90 |18.960
POR PROVOLONE MIL.| R$ |1300 |16.224 |R$ 217.401,60| R$|220.188,80|13,40 |16.432
PORÇÃO DE FRIOS | R$ |1450 | 18.096 | R$ 179.150,40| | R$ 181.447,20 |9,90 |18.328
AMENDOIM | R$ |1200 | 14.976 | R$ 133.286,40| | R$ 134.995,20 | 8,90 |15.168
PORÇÃO SALG FRITOS | R$ |1300 | 16.224 | R$ 257.961,60| R$ 261.268,80|15,90 |16.432
SUCOS NATURAIS | R$ |1600 | 19.968 | R$ | | R$ 99.097,60 | 4,90 | 97.843,20 |20.224
CERVEJA | R$ |1750 | 21.840 | R$ 216.216,00| | R$ 218.988,00 |9,90 |22.120
CERVEJA BADEN | R$ |1890 | 23.587 | R$ 209.926,08| | R$ 212.617,44 |8,90 | 23.890
REFRIGERANTES LATA | R$ |1600 | 19.968 | R$ | | R$ 60.672,00 |3,00 |59.904,00 |20.224
ÁGUA C/GÁS | R$ |1400 | 17.472 | R$ | R$ 61.936,00 |3,50 | 61.152,00 |17.696
ÁGUA S/GÁS | R$ |1800 | 22.464 | R$ | R$ 56.880,00 | 2,50 | 56.160,00 |22.752
VINHO | R$ |1300 | 16.224 | R$ 144.393,60|16.432 | R$ 146.244,80 | 8,90
CAPÍTULO 3 – MÉTODOS PARA A AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
3.1. Métodos de Avaliação de Projetos de Investimento
A avaliação de projetos de investimentos comumente envolve um conjunto de técnicas que buscam determinar sua viabilidade econômica e financeira, considerando uma determinada Taxa Mínima de Atratividade. Desta forma, normalmente esses parâmetros são medidos pelo Payback (prazo de retorno do investimento inicial), pela TIR (Taxa Interna de Retorno) e/ou pelo VPL (Valor Presente Líquido) (CASAROTTO e KOPPITKE, 2000).
3.2. Método do Payback
O Payback ou prazo de retorno de um projeto é a extensão de tempo necessária para que seus fluxos de caixa nominais cubram o investimento inicial. (DAMODARAN, 2002) Tem como principais pontos fracos: não considerar o valor do dinheiro no tempo, não considerar todos os capitais do fluxo de caixa, não ser uma medida de rentabilidade do investimento (LAPPONI, 2000) e exigir um limite arbitrário de tempo para a tomada de decisão (ROSS, WESTERFIELD e JORDAN, 1998). É possível incluir o custo de oportunidade no cálculo do payback, resultando no que se convenciona chamar de payback descontado (LAPPONI, 2000).
Dada as suas limitações e não obstante a sua simplicidade é muito mais provável que as empresas empreguem o período de payback de um investimento como uma norma auxiliar na tomada de decisões sobre investimentos utilizando-o seja como um parâmetro limitador (prazo máximo de retorno) sobre a tomada de decisões, seja para escolher entre projetos que tenham desempenho igual em relação à regra básica de decisão (DAMODARAN, 2002).
3.3 Método do Paybak Simples (PBS)
Mede o prazo necessário para recuperar o investimento realizado.
Regra = PBS do projeto < PBS máximo => aceita-se o projeto
PBS do projeto = PBS máximo => indiferente
PBS do projeto > PBS máximo => rejeita-se o projeto
Obs: recomendado como método inicial ou complementar.
Vantagens:
• É um método de avaliação fácil de ser aplicado
• Apresenta um resultado de fácil interpretação
• É uma medida de risco do projeto (viesada)
• É uma medida de liquidez do projeto (viesada)
Desvantagens:
• Não considera o valor do dinheiro no tempo
• Não considera todos os capitais do fluxo de caixa
• Não é uma medida de rentabilidade do investimento
3.4. Método do Paybak Descontado (PBD)
Mede o prazo de recuperação do investimento remunerado
PBS => ponto de equilíbrio contábil
PBD => ponto de equilíbrio financeiro
3.5. Índice de Lucratividade - IL
“É a relação entre o valor presente liquido e o módulo do valor presente dos desembolsos desse projeto. Nada mais é do que o valor presente liquido por unidade de investimento.” (Brasil, 2002, p.18)
IL = _____VPL_____
VP desembolsos
Critérios:
Se IL > 0 – PROJETO ACEITO
Se IL < 0 – PROJETO REJEITADO
3.6. A Taxa Interna de Retorno – TIR
A TIR – Taxa Interna de Retorno é aquela taxa de desconto que iguala os fluxos de entradas como os fluxos de saídas de um investimento. Com ela procura-se determinar uma única taxa de retorno, dependente exclusivamente dos fluxos de caixa do investimento, que sintetize os méritos de um projeto (ROSS, WESTERFIELD e JORDAN, 1998).
3.7. O Valor Presente Líquido - VPL
O Valor Presente Líquido é a ferramenta mais utilizada pelas grandes empresas na análise de investimentos (COPELAND, 2001) e consiste em calcular o valor presente dos demais termo do fluxo de caixa para somá-los ao investimento inicial, utilizando para descontar o fluxo uma taxa mínima de atratividade (CASAROTTO e KOPITTKE, 2000).
VPL = VP – I
3.8. Taxa Selic
É a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as operações compromissadas são operações de venda de títulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor, concomitante com compromisso de revenda assumido pelo comprador, para liquidação no dia útil seguinte. Ressaltamos, ainda, que estão aptas a realizar operações compromissadas, por um dia útil, fundamentalmente as instituições financeiras habilitadas, tais como bancos, caixas econômicas, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários. Segundo tabela abaixo dos últimos 12 meses, acharemos o valor da SELIC anual:
Mês |Taxa (%) |
ABRIL/2011 |0,84% |
MAIO/2011 |0,99% |
JUNHO/2011 |0,96% |
JULHO/2011 |0,97% |
AGOSTO/2011 |1,07% |
SETEMBRO/2011 |0,94% |
OUTUBRO/2011 |0,88% |
NOVEMBRO/2011 |0,86% |
DEZEMBRO/2011 |0,91% |
JANEIRO/2012 |0,89% |
FEVEREIRO/2012 |0,75% |
MARÇO/2012 |0,82% |
TAXA SELIC ANUAL ATUALIZADA: 10,88%
3.9. Imposto Sobre Operações de Crédito - IOF
Alíquota: máxima de 1,5% ao dia sobre o valor das operações de crédito.
Alíquota reduzida vigente:
Incidente sobre operações contratadas por Pessoas Jurídicas:
a. 0,00137% ao dia para Pessoas Jurídicas optantes pelo Simples Nacional, em operações iguais ou inferiores a R$ 30.000,00;
b. 0,0041% ao dia para os demais casos;
Incidente sobre operações contratadas por Pessoas Físicas: 0,0082% ao dia;
Alíquota adicional vigente:
Incide 0,38% sobre as operações de crédito, independentemente do prazo da operação contratadas por, pessoas físicas ou jurídicas;
Há casos com incidência de alíquota zero. Vide art. 8º do Dec. nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007.
3.10. Imposto Sobre Operações de Câmbio
Alíquota máxima: 25%.
A alíquota foi reduzida a 0,38%, excetuadas as hipóteses previstas nos incisos do Art. 15- A do Dec. nº 6.306, de 2007.
Exemplificando:
1) - Nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 7 de abril de 2011, para ingresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, referente a empréstimo externo, sujeito a registro no Banco Central do Brasil, contratado de forma direta ou mediante emissão de títulos no mercado internacional com prazo médio mínimo de até setecentos e vinte dias: seis por cento. (Redação dada pelo Decreto nº 7.457, de 6 de abril de 2011).
2) - Nas operações de câmbio destinadas ao cumprimento de obrigações de administradoras de cartão de crédito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição de bens e serviços do exterior efetuada por seus usuários: 6,38%;
3) - Nas operações de câmbio relativas ao pagamento de importação de serviços: 0,38%;
3.11. Imposto Sobre Operações de Seguro
Alíquota: 25%
Alíquotas reduzidas vigentes:
Nas operações de resseguro, de seguro obrigatório vinculado a financiamento de imóvel habitacional, realizado por agente do Sistema Financeiro de Habitação, de seguro de crédito à exportação e de transporte internacional de mercadorias, de seguro aeronáutico e de seguro de responsabilidade civil pagos por transportador aéreo e nas operações em que o valor dos prêmios seja destinado ao custeio dos planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência: zero;
Nas operações de seguro de vida e congêneres, de acidentes pessoais e do trabalho, incluídos os seguros obrigatórios de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres e por embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não: 0,38%;
Nas operações de seguros privados de assistência à saúde: 2,38%;
Nas demais operações: 7,38%;
3.12. Imposto Sobre Operações Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários
Alíquota: máxima de 1,5% ao dia.
Nas aplicações feitas por investidores estrangeiros em quotas de Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes e em quotas de Fundo de Investimento Imobiliário, alíquota de 1,5% ao dia, limitada a 5% para fundos regulares e até um ano da data do registro das quotas na CVM e limitada a 10% para os fundos sem funcionamento regular.
No resgate, cessão ou repactuação de operações com títulos ou valores mobiliários: alíquota de 1% ao dia, limitado ao rendimento da operação, em função do prazo, de acordo com Tabela anexa ao Decreto n. 6.306, de 2007. Nos resgates realizados depois de 30 dias a alíquota fica reduzida a zero.
No resgate de quotas de fundos de investimento antes de completado o prazo de carência para crédito de rendimentos: alíquota de 0,5% ao dia.
Na cessão de ações que sejam admitidas à negociação em bolsa de valores localizada no Brasil, com o fim específico de lastrear a emissão de depositary receipts negociados no exterior a alíquota é de 1,5%
Imposto Sobre Operações com Ouro Ativo Financeiro ou Instrumento Cambial. Alíquota: 1%.
NO NOSSO CASO UTILIZAREMOS A SEGUINTE ALÍQUOTA: 0,0041% AO DIA, OU SEJA: 1,476% A.A.
3.13. IMPOSTO DE RENDA - PESSOA JURÍDICA
São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ):
I – as pessoas jurídicas;
II – as empresas individuais.
As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não.
As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo (Lei 9.430/96, art. 60).
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas (Constituição Federal, art. 173 § 1º).
3.14. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS
As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das seguintes formas:
a) Simples.
b) Lucro Presumido.
c) Lucro Real.
d) Lucro Arbitrado.
3.15. BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração.
Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto.
3.16. PERÍODO DE APURAÇÃO
O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o lucro real também pode ser apurado por período anual.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento.
Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento.
3.17. ALÍQUOTAS E ADICIONAL
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento.
O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural.
ADICIONAL
A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento).
O adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação.
O disposto neste item aplica-se, igualmente, à pessoa jurídica que explore atividade rural.
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%.
ALÍQUOTA DE IR: 15% A.A.
Cálculos:
TMA:
Utilizamos a SELIC – IOF – IR, ou seja:
10,88 – 1,476 = 9,404 X 0,15 = 1,4106
SELIC – IOF – IR = 10,88 – 1,476 – 1,416 = 7,988 %
3.18. PAYBACK
O Prazo de Retorno do Investimento, ou payback, constitui o tempo necessário para que o investimento feito no negócio seja recuperado.
Para isso, é necessário primeiro que seja feita a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que constitui em instrumento contábil para se determinar lucros ou prejuízos, normalmente realizados considerando-se um ano. Segue a DRE dos 5 primeiros anos.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO |ANO 1 |ENTRADA |SAIDA |
|RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(+) Venda de produtos e serviços | R$ 2.220.372,00
DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) ISS | | R$ 111.018,60
(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA | R$ 2.109.353,40
CUSTO DAS VENDAS
(-) Custo dos produtos | | R$ 810.480,00
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO | R$ 1.298.873,40
DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Custos e despesas fixos | | R$ 315.766,80
(-)propaganda e marketing | | R$ 7.050,00
(-) Outros Custos e despesas operacionais | | R$ 21.600,00
(=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO | R$ 954.456,60
DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DO IMPOSTO | R$ 954.456,60
IMPOSTOS
(-) Simples (11,61%) | | R$ 257.785,19
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES | R$ 696.671,41
(-) Participações e distribuição de lucros
(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO | R$ 696.671,41
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO |ANO 2|ENTRADA |SAIDA
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(+) Venda de produtos e serviços | R$ 2.249.976,96
DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) ISS | | R$ 112.498,85
(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA | R$ 2.137.478,11
CUSTO DAS VENDAS
(-) Custo dos produtos | | R$ 810.480,00
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO | R$ 1.326.998,11
DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Custos e despesas fixos | | R$ 315.766,80
(-)propaganda e marketing | | R$ 7.050,00
(-) Outros Custos e despesas operacionais | | R$ 21.600,00
(=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO | R$ 982.581,31
DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DO IMPOSTO | R$ 982.581,31
IMPOSTOS
(-) Simples (11,61%) | | R$ 261.222,33
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES | R$ 721.358,99
(-) Participações e distribuição de lucros
(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO | R$ 721.358,99
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO |ANO 3 |ENTRADA |SAIDA
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(+) Venda de produtos e serviços | R$ 2.279.581,92
DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) ISS | | R$ 113.979,10
(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA | R$ 2.165.602,82
CUSTO DAS VENDAS
(-) Custo dos produtos | | R$ 810.480,00
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO | R$ 1.355.122,82
DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Custos e despesas fixos | | R$ 315.766,80
(-)propaganda e marketing | | R$ 7.050,00
(-) Outros Custos e despesas operacionais | | R$ 21.600,00
(=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO | R$ 1.010.706,02
DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DO IMPOSTO | R$ 1.010.706,02
IMPOSTOS
(-) Simples (11,61%) | | R$ 264.659,46
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES | R$ 746.046,56
(-) Participações e distribuição de lucros
(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO | R$ 746.046,56
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO |ANO 4 |ENTRADA |SAIDA
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(+) Venda de produtos e serviços | R$ 2.309.186,88
DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) ISS | | R$ 115.459,34
(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA | R$ 2.193.727,54
CUSTO DAS VENDAS
(-) Custo dos produtos | | R$ 810.480,00
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO | R$ 1.383.247,54
DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Custos e despesas fixos | | R$ 315.766,80
(-)propaganda e marketing | | R$ 7.050,00
(-) Outros Custos e despesas operacionais | | R$ 21.600,00
(=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO | R$ 1.038.830,74
DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DO IMPOSTO | R$ 1.038.830,74
IMPOSTOS
(-) Simples (11,61%) | | R$ 268.096,60
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES | R$ 770.734,14
(-) Participações e distribuição de lucros
(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO | R$ 770.734,14
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO |ANO 5 |ENTRADA |SAIDA
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(+) Venda de produtos e serviços | R$ 2.338.791,84
DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) ISS | | R$ 116.939,59
(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA | R$ 2.221.852,25
CUSTO DAS VENDAS
(-) Custo dos produtos | | R$ 810.480,00
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO | R$ 1.411.372,25
DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Custos e despesas fixos | | R$ 315.766,80
(-)propaganda e marketing | | R$ 7.050,00
(-) Outros Custos e despesas operacionais | | R$ 21.600,00
(=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO | R$ 1.066.955,45
DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DO IMPOSTO | R$ 1.066.955,45
IMPOSTOS
(-) Simples (11,61%) | | R$ 271.533,73
(=) LUCRO LIQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES | R$ 795.421,72
(-) Participações e distribuição de lucros
(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO | R$ 795.421,72
Após a elaboração da DRE, podemos calcular o Prazo de Retorno do Investimento, ou payback. O cálculo do payback é feito dividindo-se o investimento inicial total pelo lucro líquido mensal, obtendo desta maneira o tempo necessário (em meses) para que o investimento seja recuperado.
Payback = Investimento Total
Lucro Líquido Mensal
Levando-se em conta os dois primeiros anos do estabelecimento, temos um lucro líquido mensal estimado em R$64.792,65 (Sessenta e quatro mil setecentos e noventa e dois reais e sessenta e cinco centavos). Assim, o cálculo do payback fica assim:
Payback = 1.502.404,80
64.792,65
Este cálculo nos dá um período de payback de 23,18 meses, ou seja, o investimento total deverá ser recuperado entre o 23º. e o 24º. mês de operações.
5.5 Retorno sobre o Investimento
O retorno sobre o investimento avalia o retorno mensal sobre os recursos aplicados pelo investidor, a uma taxa simples. A equação abaixo determina o cálculo da taxa de atratividade do investimento. Neste caso usaremos também a média mensal dos dois primeiros anos de lucros para efetuar os cálculos.
ROI = Lucro Líquido Mensal
Capital Investido
ROI = 64.792,65 = 4,31% a.m.
1.502.404,80
Em linhas gerais, isto significa que os investidores do Parador Eisenbahn terão um retorno de 4,31% ao mês sobre o capital investido.
3.19. Valor Presente Líquido (VPL)
O Valor Presente Líquido, ou VPL, é uma ferramenta muito utilizada para se determinar a viabilidade de investimentos ou projetos. O VPL é a fórmula matemático/financeira de se determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa apropriada (conhecida como taxa de atratividade), menos o custo do investimento inicial. O VPL não pretende determinar diretamente a mensuração da rentabilidade do projeto, apenas se ele é viável economicamente ou não, ou seja, caso o VPL tenha um resultado positivo, ele será considerado um investimento viável. Para calcular o VPL, foi utilizado o fluxo de caixa dos três primeiros anos e uma taxa mínima de atratividade (TMA) de 7,988% ao ano.
Assim, considerando-se:
VPL = Valor Presente Líquido
FCo = Investimento Inicial
TMA = Taxa Mínima de Atratividade
SCa = Saldo de caixa no período
VPL = -FCo + SC1 + SC2 + SC3 + SC4 + SC5
(1,07988) (1,07988)² (1,07988)³ (1,07988)4 (1,07988)5
VPL = -1.502.404,80 + 696671,41 + 721358,99 + 746046,56 + 770734,14 + 795421,72
1,07988 1,166140814 1,259292143 1,359884399 1,468511965
VPL = -1502404,80 + 645137,80 + 618586,52 + 592433,27 + 566764,45 + 541651,51
VPL = + R$ 1.462.168,75
Dessa forma, o VPL positivo demonstra a viabilidade do empreendimento, significando a geração líquida de riqueza pelo negócio, resultando em agregação de valor econômico aos acionistas e empreendedores.
3.20. Taxa Interna de Retorno (TIR)
A taxa interna de retorno (TIR) representa a taxa de retorno que iguala o Valor Presente Líquido (VPL) à zero. Além do cálculo do VPL, é um importante instrumento para se determinar a atratividade econômica de um investimento. Dessa forma é possível que seja feita uma comparação entre a TIR, e a taxa mínima de atratividade definida pelo investidor, facilitando desta forma as decisões do investimento.
O cálculo da TIR para o presente projeto pode ser encontrado utilizando-se a seguinte equação, resolvendo a variável “i”.
VPL = -FCo + SC1 + SC2 + SC3 + SC4 + SC5
(1 + i) (1 + i)² (1 + i)³ (1 + i)4 (1 + i)5
VPL = Valor Presente Líquido
FCo = Investimento Inicial
SC5 = Retorno de caixa dos 5 primeiros anos
A equação acima trata-se de uma equação completa de 5º grau, para a qual não se tem uma solução matemática padronizada. Dessa forma, investimentos com mais de 3 anos exigem auxílio de cálculo para a TIR com uma calculadora financeira ou planilha de cálculo, as quais utilizarão o método de tentativa e erro, porém, com sua grande capacidade de cálculo rápido, essas ferramentas conseguem realizar milhares de tentativas por segundo, tornando factível a solução do problema.
[F] [Fin]
1.502.404,80 [CHS] [G] [CF0]
696.671,41 [G] [CFJ] 1 [G] [CNJ]
721.358,99 [G] [CFJ] 1 [G] [CNJ]
746.046,56 [G] [CFJ] 1 [G] [CNJ]
770.734,14 [G] [CFJ] 1 [G] [CNJ]
795.421,72 [G] [CFJ] 1 [G] [CNJ]
[F] [IRR] = 39,4%
Realizando-se o cálculo, temos que o empreendimento citado possui uma taxa interna de retorno (TIR) da ordem de 39,4% a.a, um valor extremamente atrativo considerando-se as alternativas do mercado.
CAPITULO 4 – O EFEITO DA INFLAÇÃO NA ANÁLISE DE INVESTIMENTO
4.1. Conceito de Inflação
A inflação consiste na variação nominal e sustentada dos preços de bens e serviços. São comuns os estudos de viabilidade econômica ser elaborados a preços constantes, com o pressuposto de que a inflação afeta de igual modo todos os preços e custos.
Apesar dos preços evoluírem de modo diferenciado por produtos, aspecto que deveria ser tido em consideração quando se estimam os fluxos financeiros a preços correntes - isto é quando se considera o impacto da inflação no processo de estimação -, é comum assumir-se, por comodismo ou por falta de informação detalhada, uma taxa indiferenciada de inflação para todos os custos e proveitos de um determinado período.
A inflação, constituindo num aumento geral dos preços, tem um impacto nos cash flows dos projetos de investimento a três níveis:
• Nos rendimentos nominais, que aumentam;
• Nas despesas nominais, que aumentam também;
• Nos juros e encargos ligados ao endividamento, que também aumentam.
A análise de investimentos em contexto inflacionário pode ser efetuada em termos nominais ou em termos reais. Assim, os cash flows nominais devem ser atualizados a taxas nominais e os cash flows reais devem ser atualizados a taxas reais.
A inflação é medida pelos chamados índices de preços. Esses índices são a média ponderada dos preços de uma cesta de bens escolhidos, em determinado período (normalmente mensal) e em certas regiões (no Brasil, geralmente as principais capitais). A inflação é medida como o aumento do índice de preços, isto é o aumento dos preços da cesta de bens. Há basicamente, dois tipos de índices de preços:
- Índices gerais de preços (IGP) – São índices que buscam medir a inflação como um conceito amplo da economia, envolvendo preços de atacado, varejo e de construção civil.
- Índice de Preço ao consumidor (IPC) – São índices que buscam medir a inflação de varejo que atinge diretamente os consumidores (pessoas físicas).
4.1. Inflação e Taxa de Atualização
A forma de estimar as taxas de atualização, ajustando-as do efeito da inflação, consiste na seguinte relação:
(1 ) (1 ) 1 min = + +π − no al real i i
Onde π é a taxa de inflação.
As causas e conseqüências da inflação
O processo inflacionário distorce o sistema de preços e afeta o bom funcionamento do mercado. As principais conseqüências da inflação são:
- Impor custos à sociedade, de emissão e controle de moeda;
- Aumentar a concentração de renda, pois normalmente os ricos conseguem de proteger melhor da inflação do que os mais pobres;
- Diminuir o crescimento econômico, pois a instabilidade econômica reduz os investimentos nacionais e estrangeiros.
As causas da inflação são diversas, porém há três tipos principais:
- Inflação de demanda;
- Inflação de custos;
- Inflação crônica.
Quando todos os custos e proveitos refletem de igual modo o impacto da inflação, a análise de investimentos a preços correntes e a preços constantes é equivalente. O impacto da inflação é neutro. No entanto há um pequeno detalhe que pode alterar essa conclusão. As amortizações são determinadas pelo valor dos ativos subjacentes. Tendo em conta que estes são contabilizados permanecem ao custo histórico no balanço das empresas, as amortizações são uma proporção constante desse custo, como tal não deverão sofrer o efeito da inflação numa análise a preços correntes. Como as amortizações são um custo não afetado pelo crescimento dos preços, mas os proveitos refletem esse crescimento, o impacto líquido vai ser um crescimento dos RAI e, por arrastamento, um aumento real dos impostos pagos. A rentabilidade real da empresa reduz-se por via da transferência de riqueza da empresa para o Estado através de impostos mais elevados.
Em países de inflação elevada podem existir reavaliações dos ativos possibilitando assim a atualização do montante a contabilizar como amortizações em cada período. Contudo isto não permite normalmente diluir totalmente o impacto da inflação na rentabilidade dos investimentos.
4.2. Inflação e Necessidades de Fundo de Manejo
A inflação afeta os investimentos com necessidades de fundo de maneio, ao tornar os produtos vendidos mais caros bem como as matérias-primas consumidas implicará um maior investimento na manutenção de um stock de existências. Por outro lado se as vendas crescem por efeito da inflação crescerão os créditos concedidos a clientes. O contraponto é que a empresa também poderá obter dos seus fornecedores um volume de crédito acrescido.
4.3. A importância de considerar a inflação na análise de investimentos
A inflação sempre deve ser considerada na análise de investimentos pois com a análise de investimento utiliza, em geral, um período de tempo de diversos anos, a inflação acumulada pode distorcer totalmente a análise se não for considerada corretamente. Uma vez que a inflação é cumulativa em progressão geométrica, ou seja, funciona como “juros sobre juros”, após certo período de tempo, pode gerar uma inflação significativa.
4.4. Valores nominais e reais
Os valores nominais são os valores correntes, aqueles que incorporam a inflação, na prática, são encontrados nos supermercados, lojas, salários, dividendos e impostos. Os valores reais são os que retiram o efeito da inflação, também chamados de valores constantes, são efetivamente ganhos ou perdidos, já descontada a inflação do período. Eles medem de forma efetiva as mudanças de preços.
4.5. VPL e inflação
A fim de utilizar corretamente o VPL, sem distorções de valores, faz-se necessário ajustá0lo para completar corretamente a inflação. No caso de os valores do fluxo e da TMA estarem na mesma base, ou seja, ambos nominais, ou ambos reais, nenhum ajuste faz-se necessário, basta aplicar o VPL. Contudo, se estiverem em bases diferentes, há duas opções:
- Ajustar todos os valores do fluxo de caixa;
- Ajustar a TMA.
Em geral adota-se a segunda opção, ou seja, ajustar a TMA. Isso se deve à maior facilidade, já que ajustar a TMA significa transformar apenas um valor, ao passo que ajustar os valores do fluxo pode significar ajustar 5, 10, 20 ou até mais valores, o que seria muito mais trabalhoso.
4.6. TIR e a inflação
A fim de utilizar corretamente a TIR, sem distorções de valores, faz-se necessário contemplar corretamente a inflação. No caso dos valos do fluxo e da TMA estarem na mesma base, ou seja, ambos nominais, ou ambos reais, nenhum ajuste faz-se necessário, basta aplicar a TIR. Contudo, se estiverem em bases diferentes, há duas opções:
- Ajustar todos os valores do fluxo de caixa;
- Ajustar a TMA.
Da mesma forma que o VPL, em geral, adota-se a segunda medida, ou seja, ajustar a TMA.
Considerações Finais
O presente trabalho teve como finalidade a busca de informações confiáveis e análise das mesmas para a elaboração de um projeto de investimento que veio a demonstrar se tratar de uma excelente oportunidade de negócio, trazendo ganhos tanto financeiros como pessoais e profissionais para os que decidirem se envolver com ele.
Muitos aspectos trazidos neste trabalho influenciam esta constatação. Taubaté será o berço onde a Toca do Açaí buscará a excelência, almejando o status de referência entre os bares da cidade e futuramente será a Matriz de grandes filiais espelhadas pelo Brasil e em outros países.
Para isso foi definido o público alvo do negócio, sendo este, pessoas com faixa etária entre 25 e 55 anos de idade, pertencentes a qualquer classe social que buscam mais do que preço e qualidade, buscam uma experiência única em matéria de entretenimento e gastronomia, quesitos em que Toca do Açaí excederá as expectativas.
Destacam-se também os produtos que virão a ser ofertados aos clientes, associados á temática escolhida para o bar. Os chopps e cervejas vão de encontro ao gosto do consumidor brasileiro, completamente identificado com este tipo de produto, seja devido ao clima, seja devido a aspectos culturais. Alia-se a isso a paixão por eventos esportivos, principalmente o futebol, sendo esta uma das razões para determinar a temática esportiva, porém sofisticada, que será a tônica do estabelecimento.
Apesar de todas as vantagens mencionadas, qualquer negócio precisa ser viável do ponto de vista econômico para receber qualquer tipo de aporte. Dessa maneira, os aspectos financeiros foram trabalhados para determinar a viabilidade ou não do respectivo projeto.
Ficam dessa maneira, descritos e analisados, todos os aspectos que tornam este investimento uma excelente oportunidade de negócio, resultando em ganhos econômicos aos acionistas e investidores.
Bibliografia
http://www3.bcb.gov.br/selic/consulta/taxaSelic.do;jsessionid=FAA59CC03C1D434E20AD0F1187C5A307.internet
http://www.receita.fazenda.gov.br/pagamentos/jrselic.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html
http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/ImpCreSegCamb.htm
Decisões Financeiras e análise de investimentos – Alceu Souza e Ademir Clemente
Matemática Financeira – Carlos Patricio Samanez
PLT 115 – Análise de Investimentos – Rodolfo Leandro de Faria Olivo
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