Analises De Desenvolvimento Motor De Crianças

Introdução

As diferenças “entre crianças” fazem lembrar do principio de individualidade de todo aprendizado. A sequência de progressão ao longo dos estágios inicial, elementar e maduro é a mesma para a maioria das crianças. O ritmo, entre tanto, variará, dependendo tanto dos fatores ambientais como dos fatores hereditários. O fato de uma criança atingir ou não o estágio maduro depende basicamente do ensino, do encorajamento e das oportunidades para a prática. Quando esses elementos estão ausentes, as diferenças normais entre crianças serão aumentadas.

As diferenças entre padrões são observadas em todas as crianças. Uma criança pode estar no estágio inicial em algumas tarefas motoras; em outras, no estágio elementar; nas demais, no estágio maduro. As crianças não progridem de forma igual no desenvolvimento e suas habilidades motoras fundamentais. As brincadeiras e as experiências instrutivas vão influenciar grandemente.

As diferenças intrínsecas aos padrões são um fenômeno interessante e frequentemente curioso. Em determinado padrão, a criança pode exibir uma combinação de elementos iniciais, elementares e maduros. Por isso, no arremesso, a ação do braço pode estar no estágio elementar; a ação das pernas, no estágio maduro, e a ação do tronco, no estágio inicial. As diferenças de desenvolvimento intrínsecas aos padrões comuns e, usualmente, resultam de: (1) imitação imperfeita dos movimentos de outro; (2) sucesso inicial com ação inadequada; (3) fracasso em exibir esforço máximo; (4) oportunidade de aprendizagem restrita ou não apropriada; ou (5) integração sensório-motora incompleta. As crianças que exibem diferenças intrínsecas ao padrão devem ser avaliadas com utilização da abordagem de análise segmentária. Isso vai permitir ao observador determinar precisamente o estágio de desenvolvimento de cada segmento corporal. Com esse conhecimento, estratégias de intervenção apropriadas podem ser projetadas.

Um ensino criativo e diagnóstico pode auxiliar muito a criança no desenvolvimento equilibrado de suas habilidades motoras fundamentais. A avaliação empírica das habilidades motoras das crianças vai tornar possível ao professor planejar experiências estratégicas instrutivas que vão auxiliar a criança a criar padrões estabelecidos de movimentos. Uma vez que o controle motor tenha sido estabelecido, esses padrões podem ser mais bem refinados, em termos de produção de força e de precisão, na fase motora especializada. O fracasso em atingir a eficiência em grande variedade de habilidades motoras fundamentais vai inibir e desenvolvimento de habilidades motoras eficientes e efetivas que possam ser aplicadas aos jogos, aos esportes e às atividades de dança, característicos da cultura da criança.

Desenvolvimento

Foi feito um estudo de campo, realizado no Hospital de Clinicas de Porto Alegre com crianças de 3 e 6 anos, visando comparar o nível de desenvolvimento motor entre elas.

Foram estudadas, 6 crianças de 3 anos determinadas como Grupo 1 (G1) e 6 crianças de 6 anos determinadss como grupo 2 (G2), todos do sexo masculino, não praticantes de atividades físicas externas e alunas da creche Vera Fabricio Carvalho pertencente ao hospital.

As crianças foram avaliadas através de um modelo comparativo de desenvolvimento motor de GALLAHUE, foram avaliados os movimentos de arremesso por cima (fig 1), equilíbrio em um pé só (fig2) e correr (fig3), sendo respectivamente de caráter, manipulativo, estabilizador e locomotor.

As crianças foram avaliadas uma a uma, em ambiente externo e observadas em dois momentos, um frontal e um lateral para definir o nível de coordenação no movimento que pode ser, inicial, elementar ou maduro.

Figura 1

Inicial Elementar Maduro

Figura 2

Inicial Elementar Maduro

Figura 3

Resultados

Como citado