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Animais Pesonhentos

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Por:   •  2/4/2014  •  6.043 Palavras (25 Páginas)  •  509 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

No Brasil dependendo da região os acidentes por animais peçonhentos representam um sério problema de saúde pública devido a sua incidência e as sequelas dos ferimentos que dependendo do tempo entre o acidente e o atendimento, pode até levar o indivíduo a óbito.

A Grande preocupação é com o envenenamento por picada de cobra e a busca por tratamento é antiga no Brasil e teve seu inicio no século xx com Vital Brazil que criou os soros específicos.

Com a criação do Instituto Butantã a produção dos soros aumentaram sendo distribuídas para várias regiões do País juntamente com o registro dos acidentes através de Boletim de Acidente Ofídico o que permitiu uma análise epidemiológica dos acidentes. O Instituto Butantã no Brasil é referência internacional em relação a tratamento de animais peçonhentos, é o pioneiro na criação da vigilância epidemiológica desse tipo de agravo à saúde.

O Ministério da Saúde fornece gratuitamente os soros aos serviços de saúde em todo o País.

Atualmente existem quatro sistemas de informação que tratam o registro de acidentes por animais peçonhentos: o Sistema Nacional de informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), o Sistema de Internação Hospitalar (SIH-SUS) e o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), (FUNDAP 2010).

Conhecendo a existência desses Sistemas de Informação e da gravidade dos acidentes com animais peçonhentos e segundo Leite et al (2013) o Brasil tem o maior numero de acidentes ofídicos da América do Sul com o índice de mortalidade 0,45%%. Nesse sentido surgiu a preocupação de verificar qual incidência de acidentes por animais peçonhentos, pois a falta de informações sobre os acidentes ofídicos no Norte do Estado de Minas Gerais, e no Brasil.

O objetivo dessa pesquisa foi obter conhecimento sobre epidemiologia referente aos acidentes ofídicos dessa macrorregião e fornecer informações sobre o ofidismo, com isso adquirindo estratégias para prevenção de acidentes com serpentes.

2. OBJETIVOS

• Apresentar o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos no Brasil, em Especial no Norte do Estado de Minas Gerais.

• Verificar as características sócias demográficas dos acidentes (idade, sexo, zona rural ou urbana).

• Identificar em que zona há mais prevalência e os tipos.

• Verificar o local da picada a ocorrência de manifestações locais e sistêmicos presentes.

• Verificar o índice de mortalidade em relação aos acidentes por animais peçonhentos e as características demográficas do acidentado.

• Aprofundar o conhecimento sobre acidentes com Serpentes, o tipo de serpente mais comum no acidente, Manifestações Clínicas, Principais Complicações de Acidentes com serpentes, Prevenção de Acidentes e Primeiros socorros, diagnóstico, complicações e medidas a serem tomadas em relação ao paciente dentro da Urgência e Emergência.

3. METODOLOGIA

O presente estudo usou a abordagem quantitativa retrospectiva. A coleta de dados foi realizada através do SINAN Windows e SINAN Net, SINITOX, SIM, SIH-SUS no período que compreendeu de 2002 a 2006 de Janeiro a Dezembro.

Nessa pesquisa foram utilizados somente acidentes causados por serpentes na macrorregião de saúde do Norte do Estado de Minas Gerais, e no Brasil. Mas além da pesquisa acima buscamos, tabelas de notificações, dados na internet, livros, artigos, bibliografias que retratam a História do ofidismo no Brasil.

A contribuição de Vital Brazil no campo do ofidismo foi de grande importância primeiramente foi realizada uma análise minuciosa de toda sua produção científica, que se encontra reunida em um único livro, abrangendo desde sua tese de doutoramento, publicada em 1892, até seu último artigo, lançado em 1941 (Pereira Neto, 2002).

Com a iniciativa de Vital Brasil, foi dado continuidade a uma revisão bibliográfica buscando trabalhos de outros autores sobre acidentes ofídicos ocorridos no Brasil, publicados no período de 1901 a 2000. Foram encontradas 87 referências: 72 artigos, 8 livros, 4 relatórios e 3 manuais. Destas foram selecionadas 30, sendo 22 artigos, 4 livros, 3 relatórios e 1 manual, de acordo com os seguintes critérios: (1) constituir um marco conceitual no tema (Brazil, 1901, 1909, 1911); (2) apresentar dados epidemiológicos de forma detalhada (Amaral, 1930; Barroso, 1944; Belluomini et al., 1987; Cardoso, 2000; Fonseca, 1949; Garcia et al., 1994; Kouyoumdjian et al., 1990; Martinez et al., 1995; Penteado, 1918; Ribeiro et al., 1993, 1998; Rozenfeld, 1972); (3) constituir estudo de um determinado Estado ou do país como um todo (Barraviera, 1993; Borges et al., 1999; Carvalho & Nogueira, 1998; Gomes et al., 1997; Magalhães, 1958; MS/FUNASA, 1998; MS/SNABS, 1989; Nascimento, 2000; Queiroz & Moritz, 1989; Resende et al., 1989; Rodrigues et al., 1988; Torres et al., 1982; Vêncio, 1988); (4) apresentar um desenho diferente de estudo (Caiaffa et al., 1997; Ribeiro et al., 1995).

Artigos muito específicos, como os de Ribeiro & Jorge (1989, 1990), que especifica a epidemiologia e quadro clínico dos acidentes causados por serpentes adultas e filhotes da espécie Bothrops jararaca, assim como o de Barraviera et al. (1989), que avaliaram 40 doentes com diagnóstico de acidente crotálico, não foram selecionados.

Lebrão et al. (1995) analisaram os prontuários médicos de todos os 21 óbitos por acidente ofídico ocorridos no Estado de São Paulo, no período de 1988 e 1989, e notificados à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Concluíram que 52,4% dos óbitos não eram previsíveis, as complicações não foram reconhecidas, em algumas situações não foram tomadas as medidas apropriadas, e casos o óbito poderiam ter sido evitado.

Através da tabela 1 foram notificados 10.553 casos no período de 2002 a 2006. Na notou-se um aumento da incidência de 1.715 casos ocorridos em 2002 para 2.137. Nos casos ocorridos em 2006, mas o 2005 foi o ano com mais notificações, 2.675 casos. Nos meses de verão e ao final da primavera, ocorreram os maiores números de casos, 1º trimestre (28,2%) e 4º trimestre (27,6%). A maioria da população (61,1%) residia em área considerada urbana e foi acometida pelo acidente

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