Anticarsia gemmatalis
Projeto de pesquisa: Anticarsia gemmatalis. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: natieleamartins • 6/3/2014 • Projeto de pesquisa • 9.704 Palavras (39 Páginas) • 445 Visualizações
PRAGAS DA CULTURA DA SOJA
Curso: Agronomia
Disciplina:Entomologia Agrícola
Profª: Márcio Fernandes Peixoto
Acadêmica: Natieli Alves Martins
Rio Verde, GO.
2012
SUMÁRIO
Anticarsia gemmatalis (Lagarta da Soja) __________________________________ 3
Phyllophaga spp. (Coró) _______________________________________________ 10
Elasmopalpus Lignosellus(Lagarta-elasmo) ________________________________ 19
Euchistus heros (Percevejo Marrom) _____________________________________ 23
Heliothis Virescens (Lagarta-da-maçã) ____________________________________ 27
Scaptocoris castanea (Percevejo Castanho) ________________________________ 31
Nezara viridula (Percevejo Verde) _______________________________________ 37
Piezodorus guildinii (Percevejo-verde-pequeno-da-soja) ______________________ 47
Pseudoplusia Includens (Falsa-medideira) _________________________________ 55
Diabrotica speciosa (Vaquinha) _________________________________________ 65
Anticarsia gemmatalis(Lagarta da Soja)
1. INTRODUÇÃO
A lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis) é uma espécie tropical de lagarta e mariposa. É uma importante praga desfolhadora no Brasil, ocorrendo desde o sul de Goiás até o Rio Grande do Sul (Panizzi et al., 1977). As lagartas atacam as folhas, raspando-as enquanto são pequenas, ocasionando pequenas manchas claras. À medida que crescem, ficam vorazes e destroem completamente as folhas, podendo danificar até as hastes mais finas. Mesmo em baixas densidades populacionais, esse inseto causa danos à lavoura de soja, que vão desde o desfolhamento até a destruição completa da planta. Esse desfolhamento compromete o enchimento das vagens, com consequente redução na produção dos grãos. Dentre os insetos que atacam a folha da soja este é o mais comum.
Os primeiros estudos sobre a biologia da espécie foram realizados em condições de campo por Watson (1916) e, desde então, grande número de trabalhos a respeito desse assunto têm sido desenvolvidos. Um dos aspectos biológicos destacados por diversos autores é que a manutenção de lagartas de A. gemmatalis agrupadas em alta densidade pode afetar algumas das características biológicas do inseto, já tendo sido constatado alongamento da fase larval (Fescemyer & Hammond, 1986, 1988a; Fescemyer & Erlandson, 1993) e redução do peso de pupas e adultos (Anazonwu & Johnson, 1986; Fescemyer & Hammond, 1986, 1988 a, b).
2. CARACTERÍSTCAS
Os ovos são de coloração verde e colocados isoladamente na parte abaxial das folhas. A lagarta possui coloração verde, com três listras brancas dispostas longitudinalmente no dorso, com quatro falsas pernas. Em condições de altas infestações ou escassez de alimento torna-se escura. Quando se sentem ameaças, as larvas expelem uma secreção de cor acastanhada, que forma um fino fio, por meio do qual elas saltam, ficando dependuradas e retorcendo-se no ar.
Lagarta da Soja
Posteriormente, as lagartas se transformam em pupas no solo, a pouca profundidade, e após uma semana emerge o adulto. O adulto é uma mariposa de coloração pardo-acinzentada, têm asas com coloração castanha acinzentada, cruzadas por uma mancha estreita de cor marrom ou preta. Em repouso, as asas anteriores cobrem o corpo, notando-se perfeitamente uma linha que a divide ao meio e que continua na asa posterior.
Mariposa
O seu ciclo biológico total é de 33 a 34 dias e podem ocorrer quatro a seis gerações anuais. O adulto faz sua postura ao fim do dia e à noite na parte inferior das folhas e tem coloração verde-clara.
Sua ocorrência é maior entre novembro e março, e seu pico populacional dá-se em janeiro e fevereiro.
3. DIAGNÓSTICO E CONTROLE
O controle da Lagarta da Soja deve ser efetuado quando forem encontradas, em média, 40 lagartas grandes (>1,5 cm) por pano-de-batida (duas fileiras de plantas), ou com menor número se a desfolha atingir 30%, antes da floração, e 15% tão logo apareçam as primeiras flores.
A Lagarta da Soja é de fácil controle devido a ela se alimentar de folhas jovens, que geralmente são da parte superior da planta. Com isso, o contato com o inseticida se dá de maneira facilitada.
Existem dois meios de controle da Anticarsia gemmatalis:
Controle Químico
Os produtos mais indicados são os da categoria dos reguladores de crescimento (IGR), que não atingem os mamíferos, são mais ecológicos e muito menos perigosos ao aplicador. Também são usados os produtos Carbamatos, porém custam o dobro dos IGR.
Alguns produtos utilizados no controle da Lagarta da Soja são:
Princípio ativo: monocrotophos;
Classe: inseticida e acaricida sistêmico e de contato;
Grupo químico: organofosforado;
Classe toxicológica: I
Aplicação: o tratamento deve ser iniciado antes que as lagartas atinjam os níveis de danos econômicos.
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