Aquacultura - Processos Erosivos E Conservação Do Solo

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE AQUACULTURA

AQUACULTURA E SUSTENTABILIDADE

Texto apresentado à disciplina de Processos erosivos e conservação do solo, do curso de graduação em Aquacultura da Medicina Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para aprovação.

AQUACULTURA E SUSTENTABILIDADE

BELO HORIZONTE

02 DE ABRIL DE 2013

RESUMO

A sustentabilidade é um conceito que tem sido amplamente discutido em âmbito global quando se tratam de processos que afetam direta ou indiretamente aspectos sociais, ambientais e econômicos. No Brasil, essa concepção, dentre outras áreas, é abordada na aquacultura com uma visão voltada a esses aspectos no intuito de buscar ser uma atividade cada vez mais harmônica com o meio ambiente e a região em que se encontra, buscando ao mesmo tempo ser um meio de investimento com rápido retorno.

Palavras-chave: Sustentabilidade; desenvolvimento; aquacultura.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é introduzir reflexões que abordarão a prática da aquacultura sob uma visão sustentável, de maneira que seja ao mesmo tempo vantajosa econômica, social e ambientalmente. . Somente a partir do século XX a aquicultura passou a integrar o conjunto de atividades de produção industriais mais controladas, acabando por tornar-se atualmente uma das atividades centrais do país. Portanto não devendo ser vista como uma atividade isolada, mas sim como um aspecto preponderante do desenvolvimento sustentável.

Aquacultura e sustentabilidade

A atividade de aquicultura no Brasil tem se intensificado cada vez mais ao longo dos anos. De uma atividade antes considerada ‘‘lateral’’, passou a ter uma preocupação ‘‘central’’. Com isso, surge além de um incentivo maior proporcionado a ela, uma preocupação relacionada a questões de sustentabilidade da mesma.

O conceito de sustentabilidade, apesar de ser definido de várias maneiras por diferentes autores ou instituições, pode ser determinado de modo geral como ‘‘o gerenciamento dos recursos naturais, financeiros, tecnológicos e institucionais de modo a garantir a contínua satisfação das necessidades humanas para as gerações presentes e futuras. ’’ Portanto, a partir desse conceito, pode-se inferir que um projeto não será considerado sustentável caso não ‘‘sobreviva’’ às gerações humanas.

Essa definição tem relação direta com o desenvolvimento sustentável, uma vez que ele representa as medidas que se faz para desenvolver – o local de análise – com qualidade, e preservando o meio ambiente, enquanto sustentabilidade seria o resultado disso, a capacidade de um projeto seguir um desenvolvimento sustentável e chegar num ecúmeno de equilíbrio entre produzir sem agredir a natureza.

Além disso, faz-se importante ressaltar que o que hoje é sustentável, amanha pode não ser; e que desenvolvimento não significa crescimento, mas sim a realização de um potencial, considerando-se que ele seja o conjunto de ações que levam, ao mesmo tempo, ao bem-estar humano e dos ecossistemas.

A sustentabilidade pode ser dividida em três diferentes dimensões, econômica, ambiental e social. Logo, deve ser produtiva e lucrativa, gerando e distribuindo renda, ao mesmo passo que gera empregos para a comunidade local, sem degradar a biogeocenose (ecossistema) em que se insere.

Para a prática de aquicultura, de uma perspectiva econômica, deve-se levar em conta, antes da implantação, certos fatores limitantes para o seu desenvolvimento, tais como o elevado custo da terra, o custo energético, a falta de mão de obra capacitada, capital para o investimento e principalmente de visão estratégica e empresarial. Portanto, a sustentabilidade econômica, depende principalmente da elaboração de projetos bem concebidos baseados nas características do mercado alvo, das condições ambientais locais e das características do empresário ou produtor.

A tecnologia escolhida deve ser harmônica, ou seja, aquela que melhor se adequar às condições do projeto. Os impactos ambientais ou sociais negativos