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Arquitetura Histórico Aterro Flamengo

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Por:   •  31/5/2014  •  678 Palavras (3 Páginas)  •  478 Visualizações

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Breve Histórico

O Parque do Flamengo, criado pelo grupo de trabalho presidido por Lota Macedo Soares e chefiado por Affonso Eduardo Reidy, tendo Roberto Burle Marx e tantos outros nomes de peso, é um marco do urbanismo brasileiro de valor imensurável.

A Marina da Glória, equipamento previsto na Planta Geral do Parque do Flamengo (1), sofreu um processo contínuo de intervenções arquitetônicas que buscavam equipá-la de infraestrutura, para que de fato, cumprisse seu propósito inicial. Prevista na Planta Geral, mas não projetada inicialmente, foi somente em 1976 (menos de dez anos depois do tombamento) que a primeira intervenção na área foi autorizada (2) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, sendo criadas ali instalações mínimas para a operação de uma marina.

Planta Geral do Parque do Flamengo, 1965. O parque foi tombado antes mesmo de ser concluído e uma série de equipamentos deveriam ser objeto de projetos posteriores. [Indio da Costa AUDT]

Em 1984 (3), apenas cinco anos após ser inaugurada, a União aforou a área para que a Prefeitura pudesse potencializar as atividades náuticas, em regime de concessão. Desde então, concessionários se sucederam no controle da gestão da área tentando em vão, realizar modificações que adequassem a edificação e o entorno às suas demandas operacionais. Esse processo transformou a área em uma colcha de retalhos de intervenções que não viam o todo, apenas suas necessidades imediatas.

Convencidos da necessidade de requalificar área tão importante dentro do Parque do Flamengo, o Iphan atendeu em outubro de 2009 (4) à consulta do Grupo EBX, que assumira a concessão da Marina da Glória, estabelecendo diretrizes para a elaboração de um projeto arquitetônico que fosse capaz de tirá-la da obsolescência, trazê-la aos dias atuais sem, contudo, ferir os princípios paisagísticos e culturais do Parque do Flamengo.

De posse das tais diretrizes, a EBX decidiu realizar no início de 2010, através de carta-convite, um concurso de ideias em âmbito internacional, e assim como eu, vários arquitetos se viram diante deste desafio.

Diretrizes do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

No início do processo do concurso, em reunião realizada na sede do Iphan-Rj, com todos os concorrentes, o Iphan esclarece que:

-O limite de altura a ser respeitado é de 15m em relação ao nível do mar, para que nova edificação não obstrua o cone visual que, a partir do MAM, enquadra o Pão de Açúcar.

- O limite máximo para área de construção de 45.000m², respeitando os 18.000m² “aflorados” do projeto de 1988, de Amaro Machado e Roberto Burle Marx.

- Deve ser assegurado o livre acesso do público ao complexo da Marina da Glória, sendo vedada a possibilidade de cerceamento da área.

- Devem ser previstas áreas para pesca de caniço e píer para remo esportivo;

O Programa

Marinas são, em diversas cidades do mundo, alavancas para revitalização de trechos degradados, e buscam criar atrativos tanto para seus moradores quanto para turistas. Ou seja, melhoram a qualidade de vida local e incrementam a cadeia

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