As Estratégias de Internacionalização

Introdução

As empresas actuam cada vez mais no mercado internacional. Quer porque enfrentam a concorrência de empresas e produtos estrangeiros, quer porque elas próprias se internacionalizam e a pressão internacional está presente. No entanto, competir nos mercados externos não é fácil, exige uma boa selecção dos mercados ou países onde actuar, analisando as vantagens específicas a cada localização, do modo de actuação e estratégias para esses mercados e envolve mesmo decisões sobre eventuais adaptações dos produtos.

O processo de internacionalização envolve quer uma análise do meio externo, ao macro-ambiente e a situação na indústria, quer uma análise factual dos recursos e competências da empresa. É este processo que permite identificar as melhores localizações no estrangeiro para investir, mas, também, a própria forma como conduzir as operações no estrangeiro. Se alguns gestores optarão por realizar investimentos em unidades fabris no estrangeiro, outros preferirão salvaguardar-se de riscos adicionais e apenas promover as suas exportações em mercados seleccionados.

2. Objectivos

2.1. Objectivo geral:

➢ Analisar as diferentes abordagens sobre a estrategia de internacionalizacao.

2.2. Objectivos especificos:

➢ Identificar a fase em que esta estrategia se tornou notavel;

➢ Mostrar as vantagens e ricos da adopcao desta estrategia;

➢ Indicar as diferentes modalidades de internaacionalizacao;

➢ Discutir as diferentes vertentes abordadas pelos autores.

3. As estratégias de internacionalização

De acordo com A. Ch. Martinet (1992) a expansão internacional se tornou uma estratégia visível a partir da segunda metade do século passado (1950), isto não significa que esta data marque o seu início, mas a amplitude e generalização notáveis.

Para Junior (2002), “a empresa deve internacionalizar-se quando estiver e se sentir bem preparada. Não existe receituario que possa ser utiliazado por todas as empresas;cada qual escolhe e tem que descobrir o seu momento.”

Este autor ainda diz que a empresa quando opta por se internacionalizar, pode gozar de certas vantagens, nomeadamente: diversificacao de mercados e de riscos, melhoria de qualidade, adquirir tecnologia, possibilidade de estar inteirado das tendencias mundiais, implantacao de marca internacional, garantir uma boa posicao em relacao ao mercado nacional assim como internacional, melhoria de marketing, aumento do volume de vendas, reducao de custos fixos, aumento do ciclo de vida do produto, melhoria da vantagem compatitiva,lucratividade e mais.

4. Natureza da Estratégia de Internacionalização

De acordo com Freire (1997, p. 315) “O processo de internacionalização de uma empresa envolve, à partida duas decisões críticas: para onde internacionalizar e como internacionalizar. A selecção dos mercados prioritários de internacionalização deve obedecer critérios de natureza estratégica, com vista a maximizar a competitividade conjunta das actividades no país de origem e no estrangeiro”.

5. Modalidades de internacionalização de uma empresa

De acordo com Freire (1997, p. 315) as modalidades de internacionalização de uma empresa devem ser agrupadas em três categorias distintas, de acordo com as suas características: Transacções, investimento directo e projectos.

5.1. Transacções

De acordo com Fereire (1997, p. 315), as transacções são comercialização de mercadorias, serviços, patentes e marcas da empresa a entidades estrangeiras, restringindo a internacionalização à transposição da matriz de produtos – mercados para os mercados externos. A internacionalização de uma empresa via transacções pode assumir a forma de exportações ou de licenciamento.

5.1.1. Exportação

Para A. Ch. Martinet (1992), a exportação é a modalidade mais imediata para a empresa que pretende expandir. Nos casos em que a presa pretende agarrar uma oportunidade (casos pontuais), e empresa que inicia nas operações de exportação, pode fazer apelo a intermediários especializados na área, ou ela mesma encarrega-se de vender aos compradores/ importadores estrangeiros.

De acordo com Fereire (1997, p.315), a exportação é agrupada em três categorias distintas, de acordo com as suas características: exportação spot, exportação a médio e longo prazo e exportação via agentes ou distribuidores:

➢ Exportação spot: consiste na venda ocasional de produtos nos mercados externos.

➢ Exportação a médio e longo prazo: consiste na venda regular de produtos directamente a clientes externos.

➢ Exportação via agentes ou distribuidores: recurso a entidades locais para assegurar a comercialização dos produtos da empresa nos respectivos mercados.

5.1.2. Licenciamento

Traduz uma situação contratual em que a um produtor local são cedidos os direitos de produzir e vender os produtos do exportador, numa determinada área estabelecida contratualmente, que pode ir de um único mercado ate vários países ou mesmo a um continente.

O licenciador é remunerado por uma royality pré-estabelecida, que pode constar de um único pagamento fixo ou pagamentos regulares variáveis em função das suas vendas. A empresa que internacionaliza não necessita de instalações físicas no país de destino, pois elas são propriedade do licenciado, o que torna o investimento associado a esta forma de acesso exactamente reduzido. De acordo com Fereire (1997, p.315), o licenciamento divide-se em: licenciamento da tecnologia ou da marca e franchising.

➢ Licenciamento da tecnologia ou marca: consiste na atribuição de permissão para o uso da tecnologia ou da marca da empresa em mercados estrangeiros por entidades externas, em troca de remuneração. Para Júnior (2002) não somente significa a permissão para uso de tecnologia ou da marca, este também pode ser para a produção de bens, contratos de serviços, gestão e franquia.

➢ Franchising: consiste na atribuição para o uso da marca da empresa em mercados