Ates, Criatividade E Recreação
Dissertações: Ates, Criatividade E Recreação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 15/9/2014 • 1.771 Palavras (8 Páginas) • 265 Visualizações
A escola é definida como o lugar educativo é um espaço construído e modificado no decorrer da história brasileira, no início da colonização brasileira foi marcado por uma concepção de dominação dos europeus sobre os povos indígenas. A catequização foi um processo de educação sistemática que tinha a intenção de educar.Os padres jesuítas organizaram ações educativas que deixaram heranças na forma de pensar a educação.Uma dessas heranças está marcada no documento denominado RatioStudiorum que é um documento valioso e revolucionário para a época, conforme afirma Margarida Miranda (2010), que definia um programa de ensino diferenciado para os indígenas e para o homem branco, destaca-se a valorização dos conteúdos memorizados e da cultura geral e erudita em detrimento da atividade prática, implementada pelos jesuítas, que a organização do ensino está vinculada a uma visão de mundo e de homem.A educação, com leis nacionais, políticas públicas e também em níveis mais específicos e regionais são regidas pelos princípios da Carta Magna (Constituição Federal de 1988, Título VIII, Capítulo III, seção I).Também há a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB/1996), que define os parâmetros nacionais para a organização da educação brasileira.Todo o sistema de ensino é organizado de forma a preservar a soberania nacional, o idioma e os costumes.Aspectos esses extremamente importantes para a reflexão sobre as práticas de ensino, currículos e formação de professores.O objetivo da disciplina Didática e Prática de Ensino é esclarecer aos futuros professores o como fazer e por que fazer.É possível afirmar que toda educação é um ato político, como dizia o venerável educador Paulo Freire.Toda educação demanda escolhas e de compromisso.O ato de planejar é um ato de reflexão sobre as práticas pedagógicas e suas finalidades.O ato de não planejar caracteriza uma educação espontaneístae fragmentada, como relata Freire (2005).A disciplina Didática e Práticas de Ensino mostra que existem diferentes práticas e que caberão ao futuro professor o compromisso e a competência técnica para trilhar seu caminho pedagógico, que relaciona prática e teoria.
O Processo de Escolarização e a Didática O foco do estudo da didática é a relação ensino-aprendizagem e o modo como esta está sendo estruturada na escola é organizada pela sociedade, e por um conjunto de pessoas, e que há ideologias, crenças e valores implícitos em sua construção.A escolarização é um processo sistemático de instrução dos indivíduos, processo este composto pela informação e difusão de saberes a respeito do ambiente, dos indivíduos e das sociedades. Um ritual de passagem de um ambiente estritamente familiar para outro, de caráter social. A didática é um campo de conhecimento que organiza os saberes necessários para a organização do trabalho educativo. Todos os professores devem conhecer os preceitos básicos da organização do trabalho na sala de aula e, a partir deles, reinventar sua prática docente e procurar concretizar um espaço educativo de qualidade.
Concepções Educativas: a Epistemologia Genética Tratou-se da escola como uma instituição social e da importância da didática. No campo educativo, costuma-se destacar teóricos, pensadores e educadores que desenvolveram práticas educativas significativas. Muitas delas significaram a constituição de um novo paradigma, uma nova forma de pensar a educação, o aluno e a prática docente. A escolarização brasileira teve um forte viés voltado para a razão, memorização e instrução. A aplicação de castigos físicos já foi permitida e estava associada tanto à manutenção da disciplina quanto à punição do erro, do esquecimento dos conteúdos que deveriam ser memorizados. No decorrer da história houve concepções estas representadas por diferentes e ilustres pensadores. Entre inúmeros outros, pode-se citar Sócrates, Comenius, Pestalozzi, Jean Piaget, Freinet, Paulo Freire. Teóricos de diferentes áreas do conhecimento que auxiliam na compreensão do ato educativo. Entretanto, será focada a Teoria de Jean Piaget, pois este teórico constituiu uma mudança paradigmática no campo educativo. Que tem importância ímpar na educação, pois auxilia na organização do trabalho escolar a partir das definições sobre o estágio de desenvolvimento do ser humano. A teoria que desenvolveu foi denominada Epistemologia genética. Conforme definem Gomes e Bellini (2009), Piaget estudou o desenvolvimento do conhecimento. Piaget definiu quatro estágios (ou períodos) de desenvolvimento mental: estágio sensório-motor (até 18 meses), estágio pré-operatório (até os 7 anos), estágio operacional (até os 11 ou 12 anos) e estágio das operações formais (esse é o estágio no qual o homem permanece por toda a vida). Segundo Abreu et al. (2010), independentemente do estágio, o homem aprende por meio da relação sujeito/objeto. O indivíduo se desenvolve por meio de um processo constante de assimilação e acomodação, por meio do qual modifica sua estrutura mental.
Teorias do Currículo O termo currículo apresenta relação com a vida, com as experiências vividas por um indivíduo e os conhecimentos que acumula. Este tema versará sobre a segunda conceituação, que trata do currículo escolar. A escola é uma instituição social que tem uma função específica: sistematizar os conhecimentos desenvolvidos pela humanidade e mediá-los em relação a seus alunos. Entretanto, selecionar, organizar e desenvolver conteúdos não é uma tarefa simplista. As principais características desse sistema foram ha influência da psicologia na educação e uma necessidade de renovação de técnicas, práticas e procedimentos de ensino. Iniciando o estudo sobre currículo com os seguintes questionamentos: quais conteúdos devem ser selecionados para o ensino? E, ainda, como esses conteúdos devem ser organizados? Como é possível estruturar o currículo?
Segundo Silva (2003), o conceito de currículo especificaria as experiências escolares, os conteúdos e as formas como os mesmos seriam apresentados e medidos. Essa noção de currículo teve sua origem em uma racionalidade técnica taylorista, originando o que pode ser definido como Teorias Tradicionais do Currículo.
Segundo define Tomaz Tadeu da Silva (2003), as Teorias Tradicionais enfatizam a temática, ensino e aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência, objetivos. Em contraposição às Teorias Tradicionais estão as Teorias Críticas e as Teorias Pós-Críticas do Currículo. Como define Silva (2003), tais teorias se preocupam com “o quê” deve ser transmitido e “por que” deve ser transmitido. Ainda segundo Silva (2003), as Teorias Críticas surgiram a partir da década de 1960, que foi um período de grande agitação e renovação social. Seus principais representantes foram Paulo Freire, com a Pedagogia do Oprimido (1970), Louis Althusser, Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passerone Michel Young, entre outros.
As principais críticas foram a respeito da reprodução das desigualdades sociais na escola, pois as escolas destinadas às classes trabalhadoras teriam a função de reproduzir desigualdades sociais, estruturando um currículo no qual a cultura dos dominantes era expressa como correta e superior.
As Teorias Pós-Críticas, segundo Silva (2003), acrescentam às discussões sobre currículo temas atuais como: multiculturalismo, identidade, alteridade, subjetividade, saber-poder e sexualidade, etnia, entre outros.
Os Conteúdos Curriculares: Seleção, Organização e Desenvolvimento dos Conteúdos, os conteúdos não são apenas as informações a respeito de determinado assunto. Eles também se traduzem em experiência, atitudes, valores. Como afirma Haydt (2006), os conteúdos estão estritamente ligados aos objetivos de ensino. É preciso selecionar os conteúdos que farão parte do programa educativo, ou seja, tudo o que se considera importante transmitir para as novas gerações.
Com a Epistemológica Genética, o ser humano se desenvolve por meio da interação com o meio ambiente. Pois bem, a escola é o espaço de transmissão de conteúdos sistematizados e selecionados, de acordo com sua relevância para a formação de sujeitos que compõem a sociedade. É o espaço de difusão de conhecimentos para o progresso individual e social.
O professor, em dado momento do processo de ensino, terá liberdade para selecionar os conteúdos que irá privilegiar. É claro que será uma seleção dentro de um programa maior, englobando as Diretrizes Nacionais de estruturação do currículo. Entretanto, para selecionar o conteúdo, o professor deverá considerar alguns aspectos, como: a adequação do conteúdo à idade de seus alunos, a atualidade científica e a utilidade prática na resolução de problemas. É importante que os conteúdos sejam desafiadores e que estimulem o progresso contínuo dos alunos.
Os conteúdos devem ser organizados, ainda segundo Haydt (2006), considerando-se a continuidade, a sequência e a integração. Devem ser organizados do mais simples para o complexo e com nível crescente de dificuldade. Os conteúdos devem estar integrados com a realidade e entre si. Para organizar os conteúdos, existem diferentes formas. Eles podem ser organizados por tópicos, por temas, por unidades, por módulos e, ainda, por projetos de atividade.
É importante considerar que a organização do conteúdo faz parte do planejamento de ensino. Os conteúdos são selecionados de acordo com os objetivos educacionais elegidos, e, logo após, são estruturadas as atividades que serão desenvolvidas, ou seja, a forma como o conhecimento será experenciado pelos alunos. Toda definição de currículo inclui experiências e conhecimentos, saberes, conteúdos, que serão definidos no planejamento educacional.
“A criança é um grande pesquisador.”“Se a criança é levada a buscar seu material, a fazer sua elaboração, a se expressar argumentando, a buscar fundamentar o que diz, a fazer uma crítica ao que vê e lê, ela vai amanhecendo como sujeito capaz de uma proposta própria ´´ Não tente se vangloriar dos méritos de sua aula expositiva diante do educador Pedro Demo. Ele é categórico: não há educação nenhuma em assistir a aulas, tomar notas e ser avaliado no final do bimestre. A isso ele chama ora de instrução, ora de transmissão de conhecimento. Pior: para instruir, os professores seriam dispensáveis. A eletrônica cumpriria esse papel sem maiores problemas.
Defensor da educação reconstrutiva, Pedro Demo sustenta que o “nível educacional se atinge quando aparece um sujeito capaz de propor, de questionar”. Para despertar esse espírito na criança, ele receita muita pesquisa e incentivo à elaboração própria de cada aluno. Nesse cenário, a aula tem papel coadjuvante. Indispensável mesmo só é a orientação e o acompanhamento atento do professor.
Ele não acredita, porém, ser preciso insurgir-se contra a aula ou o modelo intuicionista. Sua morte está anunciada pela ascensão das novas tecnologias na educação. E prevê: “Vai ser muito difícil no futuro fazermos qualquer proposta educacional que não seja em parte virtual.” Mas não serão as novas tecnologias que vão salvar a pátria. Novamente, o grande desafio será inserir pesquisa e elaboração própria em um espaço de aprendizagem virtual.
Pelos méritos mencionados, compreendemos as reflexões sobre os desafios da pratica docente reflexiva de como a escola se constituiu como o lugar de ensino-aprendizagem. O conceito de didática. O cotidiano da sala de aula e sua importância para educadores e alunos. A influência da Psicologia nas concepções pedagógicas a Psicologia Genética de Jean Piaget. Podemos também averiguar as teorias do currículo, a função sistematizadora da escola. O papel do professor na organização do conteúdo. Os critérios de seleção, organização e desenvolvimento de conteúdos. O conceito de currículo. E também o conceito de Pedro demo, “A criança é um grande pesquisador.”.
Referencias Bibliográficas
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