Atividade Colaborativa 5° Semestre
Casos: Atividade Colaborativa 5° Semestre. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: paula_marques • 31/8/2013 • 1.689 Palavras (7 Páginas) • 532 Visualizações
Aula-tema 3: Desenvolvimento Econômico - China
A incrível velocidade do crescimento econômico da China impressiona. O país mais populoso do planeta é, também, o campeão no recebimento de investimentos externos.
A China é um gigantesco país em desenvolvimento com uma longa história de feudalismo, tem a maior população do mundo constituída de 80% de camponeses.
O extraordinário crescimento sustentado da economia chinesa por mais de duas décadas é, sem dúvida, uma das maiores transformações da economia e da política internacional. Seu desenvolvimento econômico, utilizando como “vantagem comparativa” enormes reserva de mão de obra barata, a converteu num centro de produção manufatureira a nível mundial, sendo considerada como a “oficina do mundo” como se denominava a Inglaterra depois da Revolução Industrial. No ano passado, esses êxitos e o espetacular aumento de suas importações, que cresceram em 40% ao longo do ano, a converteu em um dos dois motores da recuperação da economia mundial marcando decididamente a emergência da China como um ator a levar em conta no cenário internacional.
Em 1978 a China iniciou seu programa de reformas que em um quarto de século mudou a face do país (industrialização intensiva e um crescimento de 10% ao ano), e iniciou a mudança do equilíbrio de forças no planeta. Muitos pensaram nas oportunidades comerciais, cada dia maior (a China hoje consome 55% do cimento e 36% do aço do mundo, além de importar imensas quantidades de alimentos e matérias primas), mas outros apostaram mais numa Parceria Estratégica, que significa cooperação e apoio mútuo para o desenvolvimento econômico-social, tecnológico e a construção de um mundo pacífico e multipolar. Uma associação entre o maior país em desenvolvimento do hemisfério Norte e o maior do Sul. Nem todos os governos souberam aproveitar a oportunidade, mas as relações foram intensas, com os presidentes Figueiredo, Sarney, Cardoso e Lula tendo visitado a China, que enviou vários presidentes e primeiros-ministros ao Brasil. O Brasil exportou produtos primários como soja e ferro, além de aço, em quantidades cada vez maiores, importando bens de consumo popular e equipamentos eletrônicos e máquinas, com uma balança comercial favorável. Mas ao mesmo tempo, houve cooperação mútua em infra-estrutura, com empresas brasileiras participando da construção da hidrelétrica de Três Gargantas (a maior do mundo) e os chineses na construção de ferrovias no Brasil, por exemplo. O projeto de satélites de sensoriamento remoto e a parceria tecnológica em áreas de ponta, como a nuclear, são exemplos avançados de cooperação Sul-Sul (entre países em desenvolvimento). A busca de investimentos recíprocos é um processo que está apenas no começo.
Igualmente importante é a dimensão político-diplomática da relação bilateral. Além do apoio chinês à candidatura do Brasil ao CS da ONU, ambos os países cooperam na construção de um sistema mundial multipolar, que valoriza o papel da ONU, dentro do espírito dos chamados Cinco Princípios da Coexistência Pacífica. Além disso, o estabelecimento do G-20 (com a participação dos dois países), visando fortalecer a posição dos países em desenvolvimento da OMC, foi um sucesso. A cooperação bilateral é de grande vantagem, se o Brasil encarar com seriedade a parceria estratégica e não concentrar a agenda apenas em aspectos comerciais, adotando um projeto de desenvolvimento mais ousado.
Tudo isso é uma amostra da maior integração da economia chinesa à economia mundial, sendo hoje a sexta economia do mundo com um PNB de 1, 4 trilhões de dólares.
Hoje, as cidades florescentes do delta do rio Pearl na China converteram-se na nova oficina do mundo, sendo uma área do tamanho da Bélgica que contorna o interior de exportações e Hong Kong através de uma série apertada de ilhas - produz 10 bilhões de dólares de exportações e atrai um bilhão de investimento estrangeiro ao mês. Trinta milhões de pessoas já trabalham na manufatura todos os dias, milhares mais descem dos trens vindos de terras mais ao norte.
Shunde se auto-intitula a capital do forno de microondas, com 40% da produção global que se realiza em apenas uma de suas fábricas gigantes.
Shennzhen, a zona econômica especial, diz fabricar 70% das fotocopiadoras do mundo e 80% das árvores de natal artificiais.
Dongguan tem 80 mil pessoas trabalhando numa só fábrica fazendo sapatos para os adolescentes do mundo.
Zhongshan é o lar da indústria de eletricidade mundial.
Zhuhai, até a pouco tempo uma cidade costeira rodeada de campos de arrozais, está ganhando terra ao oceano para fazer mais espaço para fábricas que já dominam a cadeia global de qualquer coisa desde consoles de videogames a clubes de golfe.
O país é uma máquina de produzir como nunca se viu outra igual. Uma máquina que mistura características do comunismo e capitalismo. Mistura, portanto, baixos salários, partido único, ausência de direitos civis e de reivindicação, com a busca pela produtividade, meritocracia, capital abundante, atração de estrangeiros e investimento em capital humano. É uma máquina protegida pelas circunstâncias de ter a seu dispor o maior mercado interno e externo do mundo.
As brechas entre a China e as economias desenvolvidas com relação à produtividade do trabalho e à riqueza estão se expressando através de uma rápida localização das economias maduras em direção à China e o consequente crescimento rápido das exportações.
Dados da Economia Chinesa
Crescimento no período de 1994- 2003
Exportações 378% (15% a.a em média);
Importações 297% (13,4% a.a em média);
Maior importador mundial de soja e derivados;
Segundo maior importador mundial de ferro e aço (primeiro em aços laminados planos e aços especiais).
O que a China consome em termos de mundo:
54% do cimento
51% da carne de Porco
40% das motocicletas
36% do aço
31% do carvão
Principais Cidades Chinesas:
-Xangai: com uma população de
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