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Atividade De Pesquisa

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Por:   •  15/6/2014  •  1.095 Palavras (5 Páginas)  •  386 Visualizações

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Através de observação e participação das atividades desenvolvidas nestas instituições durante os estágios. Esta prática possibilitou o levantamento de uma questão (problema de pesquisa) a ser estudada. Nas observações realizadas, nos instigou uma prática bastante comum em instituições educativas que trabalham com crianças de 0 a 6 anos: a realização das atividades em mesas quadradas que comportam 4 crianças. A princípio, tínhamos a idéia de que o motivo das crianças estarem assim distribuídas para trabalhar era conhecido, fazendo parte do senso comum dos profissionais que atuam com esta faixa etária. No entanto, as observações realizadas foram nos revelando que aquilo que parecia óbvio havia se tornado uma prática institucionalizada, ou seja, feita por todos e repetida sem que se tivesse consciência do porquê. Podemos fazer tal afirmação por que muitas vezes esta disposição permitia que as crianças estivessem apenas fisicamente próximas, mas não possibilitava que a interação entre elas.

A Importância das Interações Sociais neste trabalho, nos propomos a pensar sobre a importância das interações sociais no trabalho de cuidar e educar as crianças de 0 a 6 anos que ficam em instituições para este fim tendo como referencial os pressupostos básicos da teoria histórico-cultural, aqui representada pelo pensamento de Vygotsky (1896–1934). A discussão dessa teoria nos remete a constituição do ser humano que implica no relacionamento com o outro, uma vez que são as interações sociais que fornecem a matéria-prima para o desenvolvimento psicológico do indivíduo. Oliveira (1997, p. 10) afirma que este desenvolvimento constitui-se um processo de transformação, pois primeiramente o indivíduo realiza ações externas que serão interpretadas pelas pessoas ao seu redor, de acordo com os significados culturalmente estabelecidos à suas próprias ações e assim desenvolve os seus processos psicológicos internos. Este processo foi denominado por Vygotsky como internalização, ou seja, reconstrução interna de uma operação externa. Vygotsky (1989, p.64) assevera-nos que “todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica) e, depois, no interior da criança”.

Para ele, as origens da vida consciente e do pensamento abstrato deveriam ser procuradas na interação do organismo com as condições de vida social e nas formas histórico-sociais da espécie humana, procurando analisar o reflexo do mundo exterior no mundo interior dos indivíduos, a partir da interação destes sujeitos com a realidade. A concepção vygotskyana tem como princípio a dimensão sócio-histórica do psiquismo onde, o pensamento é construído aos poucos. Esta abordagem procura explicar o desenvolvimento humano considerando a história. “O objetivo central desta teoria é caracterizar aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como essas características se formam ao longo da história humana. Os centros de educação infantil são por excelência o local onde a vida coletiva favorece as interações em grupo, pois são ambientes que recebem, constantemente, influências das condições sócio-culturais, determinantes do processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Neste espaço as interações traduzem-se por atividades diárias que as crianças realizam com a companhia de outras crianças sob a orientação de um professor.

A partir da compreensão de que estas situações contribuem para o processo de aprendizagem e desenvolvimento infantil, é possível o professor e demais profissionais da Educação Infantil redimensionar a sua prática pedagógica e re-significar o papel da interação na educação infantil. Ao apresentar os pressupostos vygotskyanos do processo ensino-aprendizagem, é nossa intenção destacar a importância de valorizar a mediação neste processo, e trazer reflexões para a prática dos professores que atuam na Educação Infantil. Diante das premissas básicas apresentadas acima, o papel do professor muda radicalmente, pois o coloca além do centro do processo, como aquele que ensina enquanto as crianças aprendem passivamente; e além da postura de aguardar que as crianças digam o que, como e quando querem aprender.

Ao contrário, de acordo com a perspectiva aqui defendida, o professor torna-se o agente mediador do processo de ensino-aprendizagem, propondo desafios às crianças a orientando-as a resolvê-los. Assim, por meio

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