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Atps Gestão Da Qualidade

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Por:   •  27/10/2014  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  645 Visualizações

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GESTÃO DA QUALIDADE

TABELA 1- EVOLUÇÃO DA QUALIDADE

ERA PRINCIPAIS CARACTERISTICAS ÊNFASE MÉTODO RESPONSAVEL PELA QUALIDADE

Inspeção Verificação Uniformidade do produto, uniformidade do produto com menos inspeção Inspeção, de medição.

Ferramentas e técnicas Estatística O departamento de inspeção. Os departamentos de fabricação e engenharia (o controle de qualidade)

Garantia da Qualidade Coordenação Toda cadeia de fabricação desde o projeto até o mercado, e a contribuição de todos os grupos funcionais para impedir falhas de qualidade Programas e Sistemas Todos os departamentos com a alta administração se envolvendo superficialmente no planejamento e na execução das diretrizes da qualidade

Gestão Total da Qualidade Impacto Estratégico As necessidades de mercado e do cliente Planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos e a mobilização da organização. Todos na empresa, com alta administração exercendo forte liderança.

TABELA 2- ABORDAGEM DA QUALIDADE E SUAS CARACTERISTICAS

ABORDAGEM CARACTERISTICAS DA ABORDAGEM

BASEADA NO PRODUTO Qualidade é sinônimo de excelência inata. É absoluta e universamente reconhecível.

Dificuldade: pouca orientação prática. Qualidade é uma variável precisa e mensurável, oriunda dos atributos do produto.

Corolários: melhor qualidade só com maior custo.

Dificuldade: nem sempre existe uma correspondência nítida entre os atributos dos e a qualidade.

BASEADA NO USUÁRIO Qualidade é uma variável subjetiva. Produto de melhor qualidade atendem melhor os desejos do consumidor.

Dificuldade: agregar preferências e distinguir atributos que maximizam a satisfação.

BASEADA NA PRODUÇÃO Qualidade é uma variável precisa e mensurável, oriunda do grau de conformidade do planejamento com o executado. Esta abordagem dá ênfase a ferramentas estatísticas (Controle do processo).

Ponto fraco: foco na eficiência, não na eficácia.

BASEADA NO VALOR Abordagem de difícil aplicação, pois mistura dois conceitos distintos: excelência e valor, destacando os trade-off qualidade x preço. Esta abordagem dá ênfase à Engenharia/Análise do Valor-EAV.

PASSO 3 RELATÓRIO

GESTÃO DA QUALIDADE

A qualidade tem existido desde os tempos em que os chefes tribais, reis e faraós governavam.

Inspetores aceitavam ou rejeitavam os produtos se estes não cumpriam as especificações governamentais. O movimento da qualidade tem contribuído de forma marcante até os dias atuais na obtenção das vantagens competitivas junto às empresas.

Feingenbaum (1994:20-22), tem uma visão mais abrangente com relação a evolução da qualidade pode ser analisada sob várias etapas, como:

1º etapa (1900)- CONTROLE DA QUALIDADE PELO OPERADOR – Um trabalhador ou um grupo pequeno era responsável pela fabricação do produto por inteiro, permitindo que cada um controlasse a qualidade de seu serviço.

2º etapa (1918) – CONTROLE DA QUALIDADE PELO SUPERVISOR – Um supervisor assumia a responsabilidade da qualidade referente ao trabalho da equipe, dirigindo as ações e executando as tarefas onde fosse necessário e conveniente em cada caso.

3º etapa (1937) – CONTROLE DA QUALIDADE POR INSPEÇÃO – Esta fase surgiu com a finalidade de verificar se os materiais, peças, componentes, ferramentas e outros estão de acordo com os padrões estabelecidos. Deste modo seu objetivo é detectar os problemas nas organizações.

4º etapa (1960) – CONTROLE ESTATISTICO DA QUALIDADE – Esta etapa ocorreu através do reconhecimento da variabilidade na indústria. Numa produção sempre ocorre uma variação de matéria-prima, operários, equipamentos etc. A questão não era distinguir a variação e sim como separar as variações aceitáveis daquelas que indicassem problemas. Surgiram também as sete ferramentas básicas da qualidade na utilização da produção: Fluxograma, Folha de Verificação, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Histograma, Diagrama de Dispersão e Carta de Controle. Esta etapa permaneceu restrita às áreas de produção e a nível de chão de fabrica, se desenvolveu de forma lenta e é aplicada nas organizações até os dias de hoje.

5º etapa (1980) – CONTROLE DA QUALIDADE – A qualidade passou de um método restrito para um mais amplo, o gerenciamento. Mas ainda continuou com seu objetivo principal de prevenir e atacar os problemas, apesar de os instrumentos se expandirem além da estatística, tais como: quantificação dos custos da qualidade, controle da qualidade, engenharia da confiabilidade e zero defeitos.

Uma abordagem mais conceituada, conforme as etapas da evolução da qualidade, quatro grandes fases principais da administração da qualidade se destacaram, foram elas:

1º - Era da inspeção,

2º - Era do Controle Estatístico,

3º - Era da Garantia da Qualidade,

4º - Era da Gestão Total da Qualidade.

ERA DA INSPEÇÃO

Na era da inspeção, o produto era verificado (inspecionado) pelo produtor e pelo cliente, o que ocorreu pouco antes da Revolução Industrial, período em que atingiu seu auge. Os principais responsáveis pela inspeção eram os próprios “artesãos”. Nessa época, o foco principal estava na detecção de eventuais efeitos de fabricação, sem haver metodologia preestabelecida para executa-la.

ERA DO CONTROLE ESTATÍSTICO

Na era seguinte o controle da inspeção foi aprimorado por meio da utilização de técnicas estatísticas Em função do crescimento da demanda mundial por produtos manufaturados, inviabilizou-se a execução da inspeção do produto a produto, como na era anterior, e a técnica da amostragem passou a ser utilizada. Nesse novo sistema, que obedecia a cálculos estatísticos, certo número de produtos era selecionado aleatoriamente para ser inspecionado, de forma que representasse todo o grupo e, a partir deles, verificava-se a qualidade de todo o lote. No inicio dessa era, o enfoque também recaía sobre o produto, como no caso anterior. Prem, com o passar do tempo, foi se deslocando para o controle do processo de produção, possibilitando o surgimento das condições necessárias para o inicio da era da qualidade total.

ERA DA GARANTIA DA QUALIDADE

Em 1950 Deming (estatístico especialista em qualidade) foi convidado para capacitar líderes industriais japoneses, com o objetivo de reconstruir o país após a 2ª guerra mundial e sua contribuição foi muito expressiva. Em 1954 Juran visitou o Japão e introduziu uma nova era no controle de qualidade tirando o foco apenas dos aspectos tecnológicos da fábricas para uma preocupação global e holística, abarcando toda a organização e todos os aspectos de seu gerenciamento.

ERA DA QUALIDADE TOTAL

Na era da qualidade total, na qual se enquadra o período em que estamos vivendo a ênfase passa a ser o cliente, tornando-se o centro das atenções das organizações que dirigem seus esforços para satisfazer às suas expectativas. A principal característica dessa era é que “toda a empresa passa a ser responsável pela garantia da qualidade dos produtos e serviços” –todos os funcionários e todos os setores. Para tanto, é necessário que se pense sobre os processos relacionados à gestão da qualidade de forma sistêmica, de tal modo que os inter-relacionados e interdependências sejam consideradas entre todos os níveis da empresa.

A gestão da qualidade total esta embasada em alguns conceitos e teorias, dentre os quias destacam-se; custos da qualidade, engenharia da confiabilidade e zero defeito.

A teoria da Engenharia da Confiabilidade reconhece que as taxas de falhas não são constantes nem variam regularmente. Em vez disso, há um período de adapitação (quando as taxas de falhas são altas), de operação normal (quando as taxas de falhas são constantes e relativamente baixas) e uma fase desgastante (quando as falhas aumentam constantemente e o produto deteriora). A análise dessas relações foi associada a programas de testes meticulosos, visando simular condições extremas de operação para estimar níveis de confiabilidade, mesmo antes de os produtos atingirem uma produção a plena escala.

Já a teoria do Zero defeito parte do principio de que o ser humano tem capacidade para executar tarefas sem a incidência de erros, o que esta estritamente relacionado com treinamento técnico e capacitação psicológica do funcionário. Segundo Garvim (1992), muitas vezes a perfeição não é alcançada por não se acreditar que possa ser realmente conseguida e, portanto, uma das principais atitudes responsáveis pelo sucesso dessa teoria é a “conscientização”. Exemplo reais da aplicabilidade desses conceitos foram conseguidos na industria bélica norte-americana.

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