Automedicação

A medicina – em diversas etapas da evolução histórica – tinha pouquíssimo conhecimento sobre anatomia ,quase não havia recursos para tratar os problemas de saúde e as cirurgias eram realizadas sem anestesia e por muito tempo em ambientes sem a higienização adequada.Mesmo com a existência de médicos,muitas pessoas buscavam o alivio dos sintomas e a cura de doenças por conta própria principalmente com ervas medicinais.Em contrapartida,na realidade hodierna o avanço da ciência possibilita maior sucesso em tratamentos, mas a pratica da automedicação é mantida com uma naturalidade muito perigosa,em especial entre os jovens.

A nova geração está habituada a ter o que desejam em uma velocidade muito alta,isso torna-os muito impacientes o que pode estar relacionado ao crescente numero de jovens que são adeptos da automedicação,afinal para que consultar um médico se é mais rápido e menos complexo usar o remédio indicado pelo amigo ou aquele que passou na televisão? A facilidade de ter acesso a medicamentos sem prescrição médica é outro fator relevante, uma vez que analgésicos e anti-inflamatórios somente para aliviar os sintomas de uma dor de cabeça, resfriado e dores musculares são encontrados e vendidos facilmente em todas as farmácias.

Ademais, a cobertura por planos de saúde privados, devido ao alto custo,é de difícil acesso para a maioria da população e somado a isso há inúmeras deficiências no sistema público de saúde – atendimento de péssima qualidade,falta de recursos,superlotação.A fragilidade do sistema é tanta que para conseguir uma consulta é necessário que o paciente enfrente uma longa espera,falta de profissionais nas unidades,e se o caso exigir internação há ainda uma grande falta de leitos.Isso leva os jovens apressados a procurar a solução mais pratica que é automedicar-se sem se preocupar com os efeitos colaterais de tal ação.

Fica claro,diante do exposto que a automedicação é agravada pelas falhas na saúde e pela pressa da juventude.Para solucionar esse mal é preciso curar o sistema publico e usar os meios midiáticos para conscientizar a população dos riscos dessa pratica.