Biografia Arnold Franz Walter Schoenberg

Arnold Franz Walter Schoenberg

        Arnold Schoenberg  nasceu em Viena, em 13 de setembro de 1874, em uma família de pequenos comerciantes judeus. Quando era criança, por volta de oito e nove anos, teve aulas de violino iniciando seus estudos musicais, compondo sua primeiras músicas e mais tarde se tornando autodidata ao aprender violoncelo e piano. Ao ser encorajado para permanecer no meio musical, teve aulas com  Alexander von Zemlinsky, de composição.

        Em seus vinte anos, Schoenberg ganhava a vida orquestrando operetas, enquanto compunha suas próprias obras como o sexteto de cordas Noite
Transfigurada (1899) . Mais tarde, ele fez uma versão orquestral da mesma, que se tornou uma de suas peças mais populares. Foi professor de composição em Viena, tendo como seus discípulos Alban Berg  e Anton Webern e mais tarde se mudou para Berlim.

        Trabalhou com Gerstl, um dos principais representantes do expressionismo austríaco e chegou a pertencer ao grupo expressionista Blauer Reiter (O Cavaleiro Azul) fundado por Kandinsky. Em 1911  Schoenberg e Kandinsky se encontram e acabam se tornando amigos com influências estéticas e artísticas entre eles.

        Se tornou diretor da Academia de Artes de Berlim,  apesar das críticas em relação a sua ruptura com o sistema tonal presente em peças como na “Primeira Sinfonia de Câmara (1906)”, “Os Georgelieder (1909)” e “Pierrot Lunaire”, que seriam antecedentes de suas obras dodecafônicas compostas a partir de 1920.

        Tendo sido um compositor austríaco de forte influencia na evolução da música no século XX,  desenvolveu o dodecafonismo, um método de organização que consiste na utilização das doze notas da escala cromática em que o conceito que temos de tônica e dominante não tem importância, ou seja, nenhum som tem uma maior importância do que os outros, algo criado juntamente com Bern e Webern. Com esse sistema, ele compôs algumas de suas obras mais importantes como Variações para orquestra O     p.31 e a ópera Moisés e Abraão que é uma de suas obras mais conhecida.

        Com a ascensão do nazismo Schoenberg se mudou para os Estados Unidos, se tornou cidadão norte-americano, e lecionou praticamente até o fim de seus dias em Julho de 1951. Foi um grande teórico, deixando escritos fundamentais sobre as bases da composição e da análise musical como o Tratado de Harmonia, e outros métodos escritos durante sua estadia nos EUA como Exercícios Preliminares em Contraponto.

        Sua técnica impecável foi fruto de uma inegável dedicação e do estudo constante das obras de grandes maestros germânicos, desde Bach até Mahler, músico do qual matinha estreito contato.

        Foi criticado por dois lados controversos: conservadores por deixar de lado o sistema tonal, sendo o dodecafonismo taxado como decadente pela crítica musical da época. Mas também foi criticado pelos vanguardistas por não ter levado o dodecafonismo até seu limite.

        Tanto Richard Strauss e Gustav Mahler reconheceram a importância de Schoenberg como compositor. Strauss quando ele encontrou o “GurreLieder” de Schoenberg e Mahler depois de ouvir várias das primeiras obras de Schoenberg .