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Biografia De Gottfried Leibniz:

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Por:   •  1/7/2014  •  1.327 Palavras (6 Páginas)  •  836 Visualizações

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Gottfried Leibniz (1646-1716) foi um filósofo e matemático alemão. Estudioso do cálculo integral e do cálculo binário, que seria futuramente importante para o estabelecimento dos programas de computadores. Também foi criador da teoria das Mônadas. É considerado uma das mentes mais brilhantes da história.

Gottfried Wilhelm Leibniz nasceu em Leipzig. Ficou órfão de pai cedo e foi criado pela mãe, que lhe transmitiu rígidos valores religiosos. Entrou na escola Nicolau com apenas sete anos. Estudou latim e grego e adquiriu conhecimento de forma autodidata. Aos 14 anos, entrou precocemente na Universidade de Leipzig e graduou-se em filosofia com a tese “Meditação sobre o princípio da individuação”, onde apresentou o conceito de “mônadas”, unidades primárias o universo. Em 1663, recebeu o grau de mestre em filosofia. Em 1666, publicou sua tese “Dissertação sobre a arte combinatória”. Na Universidade de Altdorf, recebeu o doutorado em Direito.

Leibniz participou da Sociedade Alquímica de Nuremberg, quando conheceu o Barão Johann Christian von Boineburg.

Dedicou-se a trabalhar com diplomacia, tendo como objetivo de estabelecer a paz interna entre o Sacro Império Romano Germânico. Esboçou uma idéia que se baseava na junção entre o catolicismo e protestantismo para apaziguar os conflitos existentes na época.

Em Londres, participou da Royal Society e foi eleito membro depois de exibir a sua invenção, a máquina de calcular. Desenvolveu o teorema fundamental do cálculo, publicado em 1677 e devidamente aplicada na Europa, embora Newton já tivesse estudos não publicados sobre o assunto.

Leibniz publicou outras obras importantes como “Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano” (redigidos em 1714 e publicados em 1765) e “Monadologia e Princípios da Natureza Humana” (1714).

Morreu solitário, vítima de uma crise de gota, longe da aristocracia, onde viveu boa parte da vida.

A bem conhecida distinção feita por Leibniz entre verdades de razão e verdades de fato se apóia em uma outra distinção, igualmente importante, entre dois princípios fundamentais de nossos raciocínios, o princípio de contradição e o princípio de razão suficiente.

Leibniz denomina "verdades de razão" aquelas verdades (proposições) que são necessárias, e cujo oposto é impossível, ou seja, implica contradição. Isso significa que essas verdades podem ser demonstradas por meio de uma análise das noções nelas contidas em noções cada vez mais simples, até que fique imediatamente evidente a identidade entre o sujeito e o predicado da proposição.

Já as "verdades de fato" são contingentes, e seu oposto, embora não seja real, permanece possível. Essa contingência, entretanto, não significa que não se possa e não se deva encontrar a razão das verdades de fato. Também aqui deve ser possível, através de uma análise, mostrar a identidade, ao menos parcial, entre o sujeito e o predicado, ou, dito de outra forma, mostrar que o conceito do predicado está contido no do sujeito da proposição.

Mas essa seria uma análise infinita, acessível apenas a um entendimento também infinito, que vê, não o final da análise (já que, por causa da infinidade dos predicados incluídos em cada substância individual, essa análise não tem fim), mas a ligação entre todos os termos e a inclusão do predicado no sujeito. Além disso, como o contrário da proposição também é possível, a razão da existência dessa verdade em lugar de seu contrário deve levar em conta, em primeiro lugar, a com possibilidade entre essa e todas as outras verdades; e, em segundo lugar, como existem infinitos conjuntos de compossíveis, essa razão depende ainda de um terceiro princípio fundamental para o sistema leibniziano: o princípio do melhor. Nosso mundo, o mundo real, é a melhor dentre as infinitas séries infinitas de existências compossíveis.

De modo que a razão suficiente de qualquer verdade contingente está, em última análise, na vontade de Deus, que escolheu, dentre todos os mundos possíveis, concebidos sem exceção por seu entendimento infinito, o melhor. Inclinado por sua vontade soberanamente boa, e guiado por seu entendimento, que lhe mostrou, não apenas todos os possíveis, e não apenas todas as infinitas combinações ou mundos possíveis, mas também qual o melhor de todos eles, Deus, por meio de sua potência também infinita, deu existência a este mundo, deixando os outros concorrentes como meros possíveis irrealizados .

Assim, do ponto de vista da potência divina, todos os compossíveis se equivalem, ou seja, são indiferentes (Théodicée, 174). Todos aspiram com igual direito à existência, e todos poderiam ter sido contemplados com a passagem à realidade. Por isso, se procurássemos a razão suficiente de uma verdade contingente apenas nessa potência, nunca a encontraríamos. Por outro lado, do ponto de vista do entendimento ou sabedoria divina, nenhum compossível é igual a outro.

Pois, embora todos os possíveis tendam com igual direito à existência, eles o fazem de maneira proporcional à quantidade de essência ou realidade que implicam, ou seja, a seu grau de perfeição. Além disso,

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