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Biografia De Sylvia Orthof

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Por:   •  28/5/2014  •  782 Palavras (4 Páginas)  •  376 Visualizações

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Carioca, Sylvia Orthof nasceu em 1932, filha única de um casal de imigrantes pobres. Seus pais eram judeus austríacos e fugiram para o Brasil entre as duas guerras mundiais. Para cá vieram também seus avós e seus tios. Era uma família que respirava arte. O pai era pintor; o tio materno, compositor; a avó paterna era casada com um letrista de operetas vienenses; e a avó materna era pintora e ceramista.

Sua infância difícil era ainda tumultuada pelo desencontro de idiomas. Aprendeu, primeiramente, a falar o alemão e até o início da idade escolar falava português com sotaque. Refugiados em um país que lutava ao lado dos Aliados na II Guerra Mundial, seus pais cuidavam para que não fossem confundidos com nazistas. Por isso evitavam falar em público a língua alemã. Embora fosse algo incomum na época, eles se separaram quando a filha tinha sete anos. O pai Gerhard casou-se novamente e Sylvia foi morar com sua avó Trude (Gertrud).

Da formação à ação

Sylvia teve formação artística. Estudou mímica, teatro, pintura, desenho e arte dramática. Tinha apenas 15 anos quando começou a atuar na Escola de Arte Dramática do Teatro do Estudante. Aos 18, foi estudar teatro, desenho e mímica em Paris. Lá, aprendeu mímica com Marcel Marceau. Retornou ao Brasil dois anos depois e foi trabalhar em São Paulo como atriz no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC) e na TV Record. No Rio de Janeiro, atuou ao lado de grandes nomes do teatro e da TV.

Em 1957, casou-se com Sávio Pereira Lima e se mudou para uma aldeia de pescadores chamada Nova Viçosa (na época, Marobá), no sul da Bahia. Com as crianças do lugar, desenvolveu um teatro de bonecos feitos de sabugo de milho e de palha. Assim começou sua ligação com o teatro infantil.

Ainda na Bahia, teve sua primeira filha, Cláudia Orthof. Dois anos depois, foi morar em Petrópolis, onde nasceu seu filho Geraldo (o Gê Orthof, hoje ilustrador). O terceiro filho, Pedro, nasceu depois de nova mudança do casal, desta vez para Brasília, em 1960.

Na TV Brasília, trabalhou em um programa infantil de fantoches, o Teatro Candanguinho. Foi contadora de histórias na rádio MEC, júri do concurso de Miss Brasília. Como desenhista de fantasias de carnaval, ganhou todos os prêmios da categoria “originalidade”. Mesmo sem ter feito curso universitário, passou alecionar teatro na Universidade de Brasília e a coordenar as atividades de teatro do SESI. O trabalho ali desenvolvido com operários acabou lhe trazendo problemas com o governo militar. Por conta disso, ela se refugiou em Paris durante quatro meses, no ano de 1966.

De volta a Brasília, Sylvia teve que enfrentar mais tarde a notícia da doença de seu marido. Assustado com o câncer, ele devolveu a mulher e os filhos para o sogro. Voltaram, então, em 1972, a morar em Petrópolis, onde retomaram contato com velhos amigos, como o casal Póla e Tato Gostkorzewicz e Zilahe Luís Tranin.

Aos 40 anos, Sylvia ficou viúva. Passado algum tempo, casou-se com o velho amigo Tato, que também havia perdido sua esposa em um acidente. A mudança do casal para o Rio de Janeiro em 1974 marcou a retomada de sua vida profissional, dessa vez em outro campo: a literatura.

Da afirmação como escritora

Nessa nova fase, escreveu e

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