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Biografia Eliseth Cardoso

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Por:   •  26/3/2015  •  757 Palavras (4 Páginas)  •  251 Visualizações

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Cantora.

Nasceu na Rua Ceará nº 5, na Estação de São Francisco Xavier, próxima ao morro de Mangueira. Seu pai, Jaime Moreira Cardoso, era seresteiro e tocava violão. Sua mãe, Maria José Pilar, gostava de cantar. A família em geral, principalmente seu Tio Pedro, participava da vida musical da cidade, freqüentando as sociedades dançantes da época, convivendo com grandes músicos em reuniões na casa de Tia Ciata. De uma família de 6 irmãos, além dela, Jaimira, Enedina, Nininha, Diva e Antônio, costumava organizar teatrinhos para a criançada, onde podia cantar o repertório de Vicente Celestino. Nessa época, morou no bairro carioca de Jacarepaguá. Ainda menina, costumava freqüentar a famosa casa de Tia Ciata.

Com apenas 5 anos, subiu no palco da antológica Sociedade Familiar Dançante Kananga do Japão e pediu para o pianista acompanhá-la na marchinha "Zizinha". Em 1930, aos dez anos, começou a trabalhar para ajudar a família. Foi balconista, peleteira, saponeteira e cabeleireira. No aniversário de seus 16 anos, a família se reuniu na casa de uma tia da adolescente, a Tia Ivone. Nessa época, sua família morava numa casa de cômodos na Rua do rezende 87, no centro do Rio, onde morava a tia Ivone com seu marido. Para a festa, foram convidados vários amigos músicos: Pixinguinha, Dilermando Reis, Jacob do Bandolim, na época com apenas 18 anos, entre outros. Tio Pedro, o marido de Ivone falou então para Jacob: "Olha aí, Jacob, a minha sobrinha aí, a Elizeth, sabe cantar algumas coisas. Que tal vocês ouvirem e organizarem um acompanhamento para ela?" Meio sem graça, a jovem Elizeth encantou a todos com sua voz. Jacob então a convidou para um teste na Rádio Guanabara, que foi o trampolim para sua carreira.

Declarada namoradeira, em depoimento ao MIS, contou suas proezas amorosas. Mesmo tendo a vigilância constante de Seu Jaime, pai extremamente zeloso com a honra de sua filha, namorou muito, mesmo contra a sua vontade, inclusive o famoso craque de futebol Leônidas da Silva. Por volta de 1938, adotou uma menina, Tereza Carmela, a quem criou como filha por toda a vida. Em 1939, casou-se com Ari Valdez, o Tatuzinho, comediante e músico cavaquinista, com quem teve seu único filho legítimo, Paulo César Valdez. O casamento durou pouco, pois Tatuzinho, segundo ela própria, tinha problemas mentais. Era uma ótima pessoa, mas tinha "um parafuso a menos", segundo o amigo e violonista Luís Bittencourt.

Entre seus grandes romances destacam-se os nomes do maestro Dedé, Evaldo Rui e Paulo Rosa. Costumava fazer suas viagens de trem, pois tinha medo de avião. Frequentadora assídua do Bola Preta, chegou a ser, por vários anos, madrinha do famoso clube carnavalesco do centro da cidade do Rio.

Em 1954, sofreu duro golpe: Evaldo Rui suicidou-se. A imprensa explorou o envolvimento amoroso dela com o compositor, apesar dos familiares de Evaldo insistirem que ela nada teve a ver com o fim inusitado do namorado. No final de 1954, sofreu intervenção cirúrgica, por causa de uma crise de apendicite aguda. Em 1966, viveu uma polêmica com o cantor Cyro Monteiro, que, depois de gravar um LP a seu lado, programou alguns shows que ela não aceitou, por causa dos baixos cachês. O cantor ficou mais magoado quando, na capa do LP, viu que sua foto era menor que a dela. Esse incidente

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