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Por:   •  10/12/2014  •  561 Palavras (3 Páginas)  •  254 Visualizações

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Resumo “Tempo, espaço e (des)ordem”

Algumas pessoas tem a impressão de que o tempo e até mesmo o espaço, estão diminuindo. Mas isto não ocorre de fato. O que acontece é que com o advento de novas tecnologias, principalmente as relacionadas a comunicação, houve uma “compressão do espaço-tempo”. Portanto, o que mudou foi a nossa percepção temporal e espacial.

Antigamente, com exceção dos sinais de fumaça e dos tambores-telégrafo, não era possível destinguir entre comunicação e transporte. Porque para haver o repasse de informações, era necessário o deslocamento de seres humanos (mensageiros, viajantes, trabalhadores a procura de trabalhos ocasionais etc).

Devido a importância do transporte e a dependência da transmissão de informação com o mesmo, novos meios de locomoção foram desenvolvidos. Motores a vapor, elétrico e de combustão interna, embarcações para longas viagens marítimas, redes de estradas de ferro e os carros a motor exemplificam bem este avanço tecnológico.

Com isso, o tempo que levamos para percorrer determinada distância passou a ser condicionado pela velocidade em que podemos nos mover. E consequentemente, pelo meio de transporte que podemos pagar.

Paralelamente, começam a aparecer novos meios de comunicação; como o rádio e o telégrafo. E atingem um nível tal, que atualmente a comunicação pode ser considerada instantânea, pois a distância entre o emissor e o receptor não importa, visto que pessoas em qualquer lugar no mundo podem receber informações e se comunicar sem sair de onde estão. Diferentemente, o transporte nunca poderá ser instantâneo, pois sempre existirá um tempo necessário para o deslocamento do ponto de partida até a chegada.

As mudanças supracitadas influenciam na maneira como vivemos, na distribuição do poder e na natureza. Pensando nisto, Ulrich Beck criou o conceito de “sociedade de risco”. Nesta ideia, o risco não é o que as pessoas fazem isoladamente, mas sim o fato de estarem isoladas, pois as ações são dispersas e não coordenadas.

Existem riscos dos quais nós nem estamos inteiramente cientes, pois são imperceptíveis a leigos. Desta forma, somos reféns das interpretações dos especialistas sobre determinados temas e modos de viver. Por exemplo, a concentração de CO2 na atmosfera, o aquecimento global entre outros.

Segundo o filósofo Hans Jonas, apesar dos efeitos da globalização no plano local, não possuímos uma ética global que reconheça as diferenças entre as pessoas. E a distância existente entre elas pode permitir que as mesmas suportem os efeitos de suas ações sobre os outros.

Em contraponto com a globalização, as fronteiras ativam a ordem, determinando diferentes resultados. Não é verdade que a ordem surgiu na Era Moderna, mas sim que a preocupação com ela e o medo de que se não houvesse intervenção, a vida se tornasse caótica. Desta forma, o caos é transformado em incerteza, e apenas os vigilantes técnicos em assuntos humanos parecem ser o obstáculo entre ele e uma condição ordenada de conduta e afazeres.

A capacidade de influenciar e preservar a ordem que o dotado de poder possui, consiste em deixar de lado os fatores que se fossem questionados inviabilizariam a ordem.

Para darmos conta deste binômio problema-solução, precisamos

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