Bullyin
Seminário: Bullyin. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Woxzco • 22/11/2014 • Seminário • 569 Palavras (3 Páginas) • 237 Visualizações
Bullying é uma palavra de origem inglesa, adotada em muitos países para definir o desejo deliberado de maltratar outra pessoa e coloca-la sob tensão. A expressão foi construída a partir do substantivo bull – touro em inglês – e por derivação bully (ou, bullie), com alguns significados tais como fortão, tirano, valentão e briguento (Olwes, 1999). Bullying – segundo Olwes (1994), citado por Carvalhosa (2002), define o bullying como; “um aluno está sendo provocado/vitimado quando ele ou ela está exposto, repetidamente e ao longo do tempo, a ações negativas da parte de uma ou mais pessoas”. Consideram-se ações negativas quando alguém intencionalmente causa, ou tenta causar, danos ou mal-estar a outra pessoa (Olwes, 1994). Esse repetido importunar pode ser físico, verbal, psicológico e/ou sexual.
O bullying pode ser conduzido por um indivíduo – o provocador ou agressor – ou por um grupo, e o alvo do bullying pode também ser um indivíduo – a vítima – ou um grupo (Sudermann, Jaffe & Schick, 2000).
Para reforçar a definição de bullying, ele é caracterizado pelos seguintes critérios: (i) a intencionalidade do comportamento (Olweus, 1993; Pereira et al., 1994), isto é, o comportamento tem um objetivo que é provocar mal-estar e ganhar controle sobre outra pessoa; (ii) o comportamento é conduzido repetidamente e ao longo do tempo (Olweus, 1994), isto é, este comportamento não ocorre ocasionalmente ou isoladamente, mas passa a ser crónico e regular; (iii) um desequilíbrio de poder é encontrado no centro da dinâmica do bullying, onde normalmente os agressores vêm as suas vítimas como um alvo fácil (Olweus, 1993; Pereira et al., 1994).
Estudos em vários países revelam que os comportamentos de bullying são comuns (Bosworth et al., 1999) e que pelo menos 15% dos estudantes na escola estão envolvidos nesses comportamentos (Sudermann et al., 2000). Em Portugal, são conhecidas as investigações de Pereira et al. (1994) relativas a dois Concelhos do Norte do país, segundo o qual 21% das crianças entre os 7 e os 12 anos nunca foram agredidas, 73% são agredidas às vezes e 5% muitas vezes. A partir desses dados podemos ver que o bullying é um problema mundial na escola.
A conduta bullying torna-se mais perceptível nas salas de aula a partir da 2ª série. Dos ciclos iniciais (jardins e pré-escola) até a 4ª série, o pátio do recreio é o local onde ocorre a maior incidência de maus-tratos. Os maus-tratos mais frequentes são a ofensa e a discriminação, especialmente manifestadas por meio de apelidos e xingamentos ao aspecto sexual. Nesta fase, as crianças portadoras de deficiências físicas e de necessidades especiais têm três vezes mais risco de serem vítimas de bullying, comparado com crianças sem necessidades especiais. Já com as crianças de 3ª e 4ª série, os atos de agressividade estão frequentemente associados aos maus-tratos físicos e chantagens, especialmente em relação aos alunos mais tímidos (Teixeira, 2006). Os fatores que tendem a estar associados à presença de bullying em sala de aula são: agressividade por parte dos pais; desestrutura familiar; falta de limites; hiperatividade; impulsividade; distúrbios comportamentais; dificuldades de atenção; baixa inteligência e desempenho acadêmico deficiente (Cabral 1987).
A partir desses conceitos de bullying e como esse fenômeno se manifesta na escola o objetivo
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