CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
Tese: CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: michellisique • 5/6/2013 • Tese • 2.688 Palavras (11 Páginas) • 247 Visualizações
NTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
No mundo competitivo e com constantes mudanças algumas empresas tem seguido uma estratégia de planejamento, buscando atingir mercados chaves, com potencial de longo prazo, ao invés da busca da lucratividade de curto prazo. Já outras, passaram a focar no curto prazo fazendo com que grandes ambições fossem substituídas por uma simples meta: impulsionar a produtividade e cortar custos. Planejar versus ser conduzido pelo mercado: Qual é a melhor estratégia?
As duas abordagens registraram sucesso, porém é hora dos dois pólos começarem a convergir. A nova ênfase agora é em planejamento estratégico: identificando e configurando novos mercados e baseando as decisões da empresa em metas e objetivos claros. Muitos gerentes estão se transformando em arquitetos e carpinteiros, visualizando e construindo ao invés de cortando. O planejamento estratégico cria uma atmosfera que encoraja os administradores a olhar por novas oportunidades e visualizar a empresa de um forma mais holística, ao invés de simplesmente cortar mais alguns trabalhadores (Ginsberg, 1997).
É claro que as empresas devem procurar escutar fortemente o que o mercado está falando hoje, porém é importante procurar olhar em direção ao futuro. Atingir o balanceamento entre a flexibilidade e o planejamento é o melhor caminho para o sucesso.
Dentro deste ambiente o Desenvolvimento de Novos Produtos se tornou um dos cernes para a competitividade das empresas. Para muitas empresas desenvolver novos produtos com maior rapidez, mais eficientemente, e mais efetivamente é a grande meta competitiva. Evidências provam que o design e o desenvolvimento efetivo de novos produtos tem um impacto significativo em custo, qualidade, satisfação do consumidor, e na vantagem competitiva. Através deste processo a empresa irá atingir novos mercados, introduzir inovações e aumentar seu potencial competitivo através do lançamento de novos produtos.
Além dos fatores tradicionais de custo e qualidade, a influência do tempo nos dias de hoje é de grande importância para o sucesso de novos produtos. Diferentes estudos examinaram o impacto das estratégias do tempo de lançamento no mercado, no sucesso de novos produtos.
Três forças de mudança emergiram nas últimas décadas fazendo com que a nova competição industrial volte-se para o desenvolvimento de novos produtos. A emergência de uma intensa competição internacional, a criação de mercados diversos com consumidores mais exigentes e diversas mudanças tecnológicas de transformação se combinaram para puxar o desenvolvimento de novos produtos para o centro do campo no jogo da competição.
Com o novo enfoque das empresas em atuar sobre os processos empresarias, e principalmente atuar no processo empresarial de Desenvolvimento de Produtos afim de aumentar a sua eficiência passa a ser fundamental para a competitividade da empresa.
Assim sendo a preocupação em entender este processo e os fatores que levam produtos a serem bem sucedidos ou então falharem se tornou uma preocupação de várias empresas. Cooper (1985), buscou estabelecer os fatores que separam os vencedores e os perdedores no desenvolvimento e introdução de novos produtos.
Muitos estudos, desde a década de 60 até os dias de hoje, alertam para o fato de que nem tudo está bem no desenvolvimento de novos produtos. O estudo da Bozz-Allen(1982), nos anos 80, revelou que metade dos recursos de desenvolvimento foram alocados em projetos de novos produtos que falharam no mercado. Cabe ressaltar que desenvolvimento eficiente e tempo de desenvolvimento adequado estão geralmente relacionados ao sucesso e ao fracasso de novos produtos.
O desenvolvimento efetivo de produto é difícil. As promessas associadas com o desenvolvimento bem sucedido de um novo produto, que gere um aumento da fatia de mercado, além de novos consumidores, baixo custo, e alta qualidade são excitantes, mas a realidade de se administrar o desenvolvimento de novos produtos é soberba. Muitas empresas podem apontar para um e/ou outro produto que tenham funcionado bem, mas apenas poucos parecem ter atingido uma alta performance no desenvolvimento de forma consistente. Pelo fato de fazê-lo tão bem seja tão importante, o desenvolvimento de produtos bem sucedido e consistente possui uma relevância competitiva e garante às empresas que a atingem uma vantagem competitiva.
Uma questão torna-se relevante:
" O que torna um processo de desenvolvimento de novos produtos bem sucedido tão
difícil? "
Não existem respostas fáceis. O desenvolvimento efetivo não pode ser atingido por simplesmente aumentar gastos em pesquisa e desenvolvimento, portanto sendo esta apenas parte da resposta para algumas empresas. Além disto, o fato de apenas implementar uma tecnologia de ponta ou introduzindo novas ferramentas e técnicas, mesmo que estas sejam muito importantes. O tempo necessário desde o início do desenvolvimento do projeto até a fabricação do primeiro lote é geralmente mais longo do que o planejado.
Segundo Clark (1991), obter um desenvolvimento efetivo de produtos não é questão de se implementar o sistema de planejamento de projetos certos, de se implementar QFD, de se instalar sistema CAD, ou incorporar engenharia simultânea. Estas práticas são importantes mas não suficientes.
O que parece faltar no processo de desenvolvimento de produtos nas empresas é uma consistência no sistema de desenvolvimento, incluindo neste sistema a estrutura organizacional, habilidades técnicas e processos de solução de problemas (como tomada de decisões, cultura e estratégia). Esta consistência e coerência recae não apenas nos princípios e na arquitetura do sistema, mas também nos detalhes do nível de trabalho. Consistência na performance resulta da consistência na organização e no gerenciamento total. A importância da consistência e detalhe na organização e gerência tem implicações em como se faz pesquisa e desenvolvimento de produto.
Para Cooper (1992), um processo formal para guiar o desenvolvimento de novos produtos pode trazer resultados positivos. Para o autor, estamos num período cuja preocupação com os processos é fundamental, e o desenvolvimento de novos produtos não é uma exceção.
Muitas empresas tem se voltado para a aplicação de métodos para a melhoria dos processos, tais como, o TQC nos processos e operações produtivas. Muitas destas empresas implantaram tais métodos com sucesso
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