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COR DE PARADA

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Por:   •  24/2/2015  •  Artigo  •  646 Palavras (3 Páginas)  •  182 Visualizações

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A COR DO PARAÍSO

O filme a cor do paraíso fala da vida de um garotinho chamado Mohammad.Mohammad é um jovem estudante de oito anos que freqüenta uma escola para cegos em Teerã. Sua impossibilidade de ver o mundo reforça mais ainda sua habilidade em sentir suas poderosas forças. Depois de um ano, ele volta à sua terra natal, um vilarejo no norte montanhoso do Irã, junto com seu pai, um carvoeiro viúvo. As paisagens por onde passam são ásperas, mas verdejantes e espectaculares, estimulando os sentidos do menino, que já é naturalmente antenado a seus arredores. Mas o esplendor e alegria demonstrados por Mohammad não causam qualquer impressão em seu pai depressivo. Se muito, ainda aumentam sua melancolia. O amargo Hashem vê Mohammad apenas como um peso em sua vida. Toda a adoração que Mohammad sente pelo seu mundo é equivalente à tristeza com que seu pai encara os desenganos que lhe foram trazidos pela vida.

Chegando à fazenda da família, Mohammad é cumprimentado com amor por suas duas irmãs felizes e afortunadas e sua amada avó (Salime Feizi). É um deleite para ele estar nos braços de sua família, neste ambiente de profunda beleza. Este retorno é, para ele, um convite à observação da natureza e da existência. Meditações, sobre as quais, nada sabe seu pai.

Mas a pouca paz de Mohammad é ameaçada quando seu pai teme que o menino seja um obstáculo à suas esperanças de casar-se com uma jovem mulher bonita de uma família islâmica conservadora. Hashem segue com sua idéia egoísta de mandar o menino viver em uma outra área do país, onde deve transformar-se em aprendiz de um carpinteiro cego.

Mesmo diante do choro do filho e da revolta da mãe, leva a criança e a deixa como aprendiz. Mesmo com esses cuidados para não tornar pública a situação do filho, a família de sua noiva descobre o fato, e usa-o como pretexto para romper o noivado, o que se dá logo depois que a avó do garoto morre de tristeza pela ausência do neto. Vendo o caos em que se transforma sua vida, o pai resolve ir buscar o garoto, mas no caminho para casa o menino se desequilibra e cai dentro de um rio de forte correnteza. Por um segundo Hashem pensa antes de ir salvá-lo, mas pula atrás dele, debatendo-se na água em vão, pois não alcança o garoto.

Quando ele chega na margem do rio, ele encontra o filho desmaiado e não consegue acordá-lo. Nesse momento, o Sol bate na mão de Mohammad e ele sente uma sensação de iluminação espiritual, como se estivesse se comunicando com Deus.

O filme gira em torno desta delicada relação entre pai e filho, dos laços de família e da sensibilidade do menino cego. Mohammad é um garoto muito vivo, que tem uma enorme sensibilidade. Seu jeito simples de "ver o mundo" é uma lição de vida. O Diretor Majid Majidi e seu cinegrafista trazem o caráter sagrado da beleza selvagem da floresta e do mar e a relacionam aos personagens humanos. Usando o mínimo de diálogos, o filme consegue transmitir o bem e o mal nas emoções humanas. Majid Majidi (Teerã,1959) é um diretor de cinema, produtor roteirista iraniano reconhecido internacionalmente. Nasceu no Irã, filho de pais de classe média. Cresceu no Teerã e, com 14 anos, começou a atuar em teatros amadores. Mais tarde ele estudou no Instituto de Artes Dramáticas, também no Teerã. Em 1998, Majidi foi o único diretor a ser indicado para o prêmio

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