Campeonato do Mundo na Inglaterra na Copa do Mundo em 1966
Resenha: Campeonato do Mundo na Inglaterra na Copa do Mundo em 1966. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Samylle • 26/8/2014 • Resenha • 4.153 Palavras (17 Páginas) • 220 Visualizações
De corpo: É quando dois jogadores durante uma partida batem de frente.
De chapa: É chamado assim dependendo do lado do pé quando os jogadores chutam a bola.
De letra: Depende de como o jogador faz o gol.Diz-se de letra quando o jogador na hora de chutar a bola pro gol faz um X com a perna.
Caminhos Genéticos
Os irmãos Jack e Bobby Charlton: campeões mundiais pela Inglaterra na Copa de 1966 |Crédito: Getty Images
Até hoje, 47 pares de irmãos atuaram lado a lado em Copas do Mundo. Já na partida inaugural da primeira Copa, no Uruguai, em 1930, os irmãos Manuel e Felipe Rosas participaram da derrota do México para a França por 4 x 1. Jogando juntos, os irmãos Otmar e Fritz Walter chegaram a levantar a taça para a Alemanha, campeã em 1954. Bobby e Jack Charlton repetiram o feito pela Inglaterra, em 1966. Na mais recente, em 2010, havia irmãos no Paraguai (Edgard e Diego Barreto), na Costa do Marfim (Yaya e Kolo Touré) e em Honduras (o trio Wilson, Jhonny e Jerry Palacios). O corintiano Sócrates, por sua vez, integrou o timaço brasileiro na Copa de 1982, comandado por Telê Santana. O mesmo técnico, na década seguinte, tornaria Raí, o irmão caçula do Doutor e um dos maiores ídolos do São Paulo, campeão mundial em 1992. Raí foi o camisa 10 na campanha do Tetra, em 1994.
FAMÍLIA REUNIDA
Tal pai, tal filho: Bob, o técnico, e Michael, o atleta dos EUA | Crédito: AFP
No Brasil, Zezé e Aymoré Moreira compõem um caso raro de irmãos que foram técnicos — e ainda mais da mesma seleção. Zezé, o caçula, comandou o Brasil na Copa de 1954 na Suíça. No mundial de 1962, o time foi comandado por Aymoré. Na Copa passada, o americano Bob Bradley relacionou o filho Michael Bradley para o time dos EUA, assim como Vladimir Weiss convocou seu filho e xará para defender a Eslováquia. Teve até jogador treinado pelo sogro, como o argentino Agüero, genro de Maradona; e o holandês Mark van Bommel, casado com a filha do técnico Bert van Marwijk. Titular da seleção italiana em quatro Mundiais (de 1990 a 2002), Paolo Maldini foi treinado por seu pai, Cesare, na Copa de 1998. Cesare jogou pela Itália na Copa de 1962, no Chile.
PAIS E FILHOS
Domingos (acima) e Ademir da Guia: família de craques | Crédito: Bruno Veiga e Walter Firmo
Entre pais e filhos que atuaram em Copas diferentes, Ademir da Guia, o maior jogador da história do Palmeiras, foi reserva na Copa de 1974. Seu pai, Domingos da Guia, foi um dos melhores zagueiros da história do Brasil, e brilhou na Copa de 1938, na França. No Mundial de 2010, o uruguaio Diego Forlán foi eleito pela Fifa o melhor jogador do torneio. Ele é filho de Pablo Forlán, da Celeste Olímpica nas Copas da Inglaterra (1966) e da Alemanha (1974).
Antes e depois da fama
A realidade é de conforto, luxo, contratos milionários, fama. Mas nem sempre a maioria dos jogadores da seleção brasileira ostentaram carros de primeira linha nas garagens ou brincos com diamantes nas orelhas. O passado foi duro, de limitações e histórias de superação. Se atualmente o técnico Dunga quer ver em campo um time de guerreiros, pode-se dizer que o grupo que vai disputar a Copa do Mundo de 2010 é cheio de trabalhadores. Literalmente.
Antes do estrelado com a bola, vários jogadores colocaram a mão na massa, tiveram que se arriscar em outras profissões. O caso mais conhecido é, sem dúvida, o de Gilberto Silva. Vendo o pai Nízio trabalhar duro cortando cana para sustentar a casa, o volante resolveu começar a trabalhar aos 14 anos e foi assistente de obra para ajudar na renda familiar Lagoa da Prata, cidade do interior de Minas Gerais. Quando conseguiu passar em um teste no América-MG, se mudar para os alojamentos das categorias de base em Belo Horizonte e começar a treinar no juvenil, Gilberto Silva viu a mãe Maria Izabel lutar contra uma insuficiência renal. Após cinco meses no clube, resolveu largar tudo e voltar para casa.
- Por ser o filho mais velho, eu me senti na obrigação de voltar. Tinha na cabeça que precisava arrumar um emprego e ajudar o meu pai porque a situação estava complicada em casa – lembra o volante, que não recebia salário no América-MG.
JOGADOR ANTES DA FAMA
Gilberto Silva Assistente de obra; funcionário de fábrica de doces
Ramires Auxiliar de pedreiro
Lucio Entregador de jornal; vendedor de picolé
Daniel Alves Plantação da família; figurante de cinema
Elano Cultivo de cana
Luis Fabiano Auxiliar de mecânico
Kleberson Plantação de algodão
Grafite Vendedor de saco de lixo
Gilberto Silva arrumou um emprego em uma fábrica de doces da região. Ganhava um pouco mais de um salário mínimo por mês. Foram dois anos e cinco meses ajudando na produção de balas de caramelo. Até que, aos 19 anos, conseguiu retornar ao América-MG e, finalmente, seguir o caminho do sucesso.
Em Barra do Piraí, cidade do interior do Rio de Janeiro, Ramires trabalhou parte da adolescência como auxiliar de pedreiro. Ajudava os tios Jairo e José nas obras pela região para ganhar dinheiro e ajudar no orçamento da família. Debaixo de sol quente, o meia carregava pedra, tijolo...
- Pela nossa necessidade fui obrigado a criar essa responsabilidade desde cedo e acredito que isso me ajudou na vida. Precisava ajudar em casa e comecei a trabalhar como ajudante de pedreiro com o meu tio - lembra.
O zagueiro e capitão Lucio também não teve vida fácil. Na adolescência, trabalhou entregando jornal. Acordava às 4h da madrugada. Pegava a bicicleta e saia pedalando pelas ruas do Distrito Federal. A rotina era puxada. Depois, ele ia direto para o Planaltina, clube da região, treinar e seguir com o sonho de virar um jogador. Não foi o único serviço do zagueiro. Ele fazia de tudo um pouco. Já vendeu picolé, ajudava a mãe Maria Olindina no comércio informal de roupas, montava e desmontava barracas.
- Foi importante essa fase na minha vida para eu dar valor às coisas, ter a consciência de onde eu vim, ter a humildade, sempre o pé no chão - garante
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