Caso Concreto 2 E 3
Exames: Caso Concreto 2 E 3. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Kalashnikov • 12/8/2014 • 1.359 Palavras (6 Páginas) • 365 Visualizações
AULA 2
1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras
indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
No dia 05 de abril de 2008, por volta das 18h, na Av. República Argentina, n. 000,
Bairro Centro, na cidade de Blumenau, Belízia, locatária do apartamento de Ana
Maria, deixou o imóvel e levou consigo algumas tomadas de luz, dois lustres e duas
grades de ferro, bens de que detinha a posse e detenção em razão de contrato de
locação. Ana Maria dirigiu-se ao imóvel tão logo tomou ciência de que Belízia
havia o abandonado sem efetuar o pagamento do último aluguel, bem como
constatou a apropriação dos objetos acima descritos, que guarneciam parte do
imóvel conforme descriminado no contrato de locação.
Dos fatos narrados, Belízia, restou denunciada pelo delito de apropriação indébita,
previsto no art.168, do Código Penal, tendo a sentença rejeitado a denúncia sob o
fundamento de que sua conduta configurava mero ilícito civil, não havendo falar
em responsabilização penal.
Apropriação indébita
Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve por
fundamento qual(is) princípio(s) norteador(es)de Direito Penal? Responda de
forma fundamentada.
A questão versa sobre a incidência do princípio da intervenção mínima, segundo o qual
o Direito Penal somente pode ser utilizado como forma de controle social se realmente
necessário e eficaz face aos demais ramos do Direito.
Como bem assevera Cezar Roberto Bitencourt o princípio da intervenção mínima
orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de
uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de
determinado bem jurídico.
2) Marcos, após beber 2 copos de cerveja com amigos, entra em seu carro e volta
dirigindo para sua casa. Porém, no meio do caminho é parado por uma operação
da lei seca. Ao ser submetido ao teste de alcoolemia pelo “bafômetro” é constatada
a ingestão de álcool, sendo preso em flagrante em razão do art. 306 do Código de
trânsito (lei 9.503/97). Considerando que nos autos não há qualquer depoimento ou
outra prova atestando que Marcos dirigia de forma perigosa ou sob o efeito do
álcool, o juiz o absolveu informando que sua conduta não lesionou e nem gerou um
risco concreto à incolumidade pública. Com base nessa decisão, qual o princípio
norteador do direito foi utilizado pelo magistrado?
a) da legalidade
b) da lesividade
c) da adequação social
d) da subsidiariedade
Letra B – Lesividade, que segundo muitos doutrinadores refere-se também ao princípio
da insignificância, necessidade de haver uma lesão significante. Para outros, como
Bitencourt, a lesividade é um princípio diverso, que trata da lesão a bens de terceiros.
3) Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo estatal,
assinale a opção correta: (Exame de Ordem 2009.1 OAB/ CESPE-UnB)
a) Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram
típicas as condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas
socialmente adequadas não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de
tipicidade.
b) O princípio da intervenção mínima, que estabelece a atuação do direito penal
como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando
que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário
para a proteção de determinado bem jurídico.
c) Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as
ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando-
se somente de uma parte dos bens protegidos pela ordem jurídica.
d) De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não
pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a
constituição físico psíquica dos condenados por sentença transitada em julgado.
Letra
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