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Como Estão Representados Os Movimentos Sociais No Brasil? B. Por Que O Autor Do Texto Fez Uma Relação Entre Manifestações E A Copa Do Mundo? C. Por Que Se Tornou tão Importante Discutir Questões Sobre Transportes, Saúde pública, Habita- ção E

Artigo: Como Estão Representados Os Movimentos Sociais No Brasil? B. Por Que O Autor Do Texto Fez Uma Relação Entre Manifestações E A Copa Do Mundo? C. Por Que Se Tornou tão Importante Discutir Questões Sobre Transportes, Saúde pública, Habita- ção E. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/10/2014  •  1.129 Palavras (5 Páginas)  •  1.551 Visualizações

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SÍNDROME DE ESTOCOLMO UM OUTRO LADO DA VIOLÊNCIA DOMESTICA

As pessoas que sofrem de síndrome de Estocolmo terminam por se identificar e até mesmo por gostar daqueles que os sequestram, ou maltratam, em um gesto desesperado e em geral inconsciente de preservação pessoal. O problema costuma surgir na maioria das situações psicologicamente traumáticas, como casos que envolvem sequestro ou tomada de reféns, e ou em caso de violência doméstica em longo prazo, em geral esses efeitos não se encerram com o final da crise. Na maioria dos casos, as vítimas continuam a defender e a gostar de seus algozes mesmo depois de escapar do cativeiro. Sintomas da síndrome de Estocolmo também foram identificados no relacionamento entre senhor e escravo, em casos de cônjuges agredidos e em membros de cultos destrutivos.

Tomando por base sua origem eEm 1973, dois homens invadiram o Kreditbanken em Estocolmo, Suécia, com a intenção de roubá-lo. Quando a polícia chegou ao local, os assaltantes trocaram tiros com os policiais, e em seguida fizeram reféns. A situação perdurou por seis dias, com os dois assaltantes armados mantendo quatro reféns em um cofre do banco, durante parte do tempo com explosivos presos ao corpo e em outros momentos com cordas em torno dos pescoços. Quando a polícia tentou resgatar os reféns, foi impedida por eles mesmos; os reféns repeliram o ataque dos policiais, e atribuíram a culpa pela situação à polícia e não aos raptores. Um dos reféns libertados criou um fundo para cobrir os custos da defesa judicial dos raptores. Assim nasceu a "síndrome de Estocolmo", e psicólogos de todas as partes do mundo passaram a dispor de um termo para definir esse clássico fenômeno do relacionamento entre raptor e prisioneiro. A fim de que a síndrome de Estocolmo possa ocorrer em qualquer situação, pelo menos três traços devem estar presentes:

• uma relação de severo desequilíbrio de poder na qual o algoz dita aquilo que o prisioneiro pode e não pode fazer;

• a ameaça de morte ou danos físicos ao prisioneiro por parte do algoz;

• um instinto de autopreservação de parte do prisioneiro e ou da vitima.

Parte desses traços é a crença (correta ou incorreta) do prisioneiro quanto à impossibilidade de fuga, o que significa que a sobrevivência precisa ocorrer nos termos das regras impostas pelo algoz todo-poderoso; e o isolamento do prisioneiro com relação a pessoas não cativas, o que impede que a visão externa quanto aos sequestradores interfira com os processos psicológicos que geram a síndrome de Estocolmo. Da maneira mais básica e generalizada, o processo, tal qual visto em uma situação de sequestro ou violência doméstica, transcorre mais ou menos assim:

1. Em um evento traumático e extraordinariamente estressante, uma pessoa se vê prisioneira de um homem que a ameaça de morte caso desobedeça. A pessoa pode sofrer abusos - físicos sexuais e/ou verbais - e enfrentar dificuldade para pensar direito. De acordo com o algoz, escapar é impossível. A pessoa terminará morta. Sua família também pode morrer. A única chance de sobreviver é a obediência;

2. Com o passar do tempo, a obediência, por si, pode se tornar algo menos seguro - já que o algoz também sofre estresse, e uma mudança em seu humor poderia representar consequências desagradáveis para o prisioneiro. Compreender o que poderia deflagrar atos de violência de parte do algoz, para evitar esse tipo de atitude, se torna uma segunda estratégia de sobrevivência. Com isso, a pessoa aprende a conhecer quem a capturou;

3. Um simples gesto de gentileza de parte do algoz, que pode se limitar simplesmente ao fato de ainda não ter matado a vitima, posiciona o raptor como salvador da vitima, como alguém "em última análise bom", para mencionar a famosa caracterização, pela jovem Anne Frank, dos nazistas que por fim a levaram à morte. Nas circunstâncias traumáticas e ameaçadoras que a vitima enfrenta o menor gesto de gentileza - ou a súbita ausência de violência - parece um ato de amizade em um mundo de outra forma hostil e aterrorizante, e a vitima

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