Como Se Cadastra Nessa Porra?
Artigo: Como Se Cadastra Nessa Porra?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bruunoxpd • 15/6/2013 • 809 Palavras (4 Páginas) • 403 Visualizações
pela lógica, e não pela epistemologia ou psicologia.
Por fim, usando de diversas idéias vagas, como também de problemáticas provindas de questionamentos encontrados durante o desenvolvimento do trabalho, essa primeira parte de sua obra apresenta claramente muitos obstáculos que dificultam a sua compreensão no geral, sendo carente de grande satisfação em muitos aspectos.
Em seu segundo momento, Wittgenstein é representado pelo texto “Investigações filosóficas”, no qual ele rompe drasticamente com suas idéias de sua primeira obra, propondo suas idéias numa versão mais consistente e elaborada, alterando assim sua visão sobre o conceito de linguagem, onde ele rompe mais explicitamente, e até em sua maneira de se pronunciar.
Nesse momento, o autor entra no mundo da linguagem, na significação das palavras, abordando a linguagem como algo restrito, como num jogo, que possui regras fechadas. Para Wittgenstein, a linguagem pode estar correta gramaticalmente, porém errada no sentido real da qual tenta exprimir, que é basicamente a múltipla possibilidade de formas de linguagem.
Criada essa noção, o significado não é mais estabelecido pela forma de uma sentença, nem pelo sentido de seus componentes, mais sim pelo seu uso e função das expressões lingüísticas, nos diferentes contextos no qual elas são empregadas, pelos efeitos que geram em cada um de seus usos específicos. Sendo assim o significado de uma sentença terá vários significados quando usado em diferentes contextos, assim podemos ver a grande diversidade de sentidos que tem a possibilidade de ser atribuída nos “jogos de linguagem”, que abrange uma visão que vai mais fundo do que a simples análise das sentenças de forma estática e lógica.
Sendo assim podemos concluir que como não há mais a proposição de um isomorfismo entre a linguagem e a realidade, a linguagem não se define por sua relação com a realidade, assim como a linguagem não se apresenta mais pela sua relação com a realidade, e nem a verdade é mais compreendida como correspondência entre linguagem e realidade. Parte desse ponto uma das conclusões do autor, na qual a linguagem não pode ser definida, notando assim certa convergência com as idéias extraídas do pensamento de Crátilo.
Crátilo busca uma forma de se entender a linguagem a partir de um diálogo que muito repercutiu em seu tempo, o qual, consistia na idéia de inexistência de um conceito de “linguagem”. Esse diálogo conduzido por Sócrates, gira em torno da correção ou exatidão dos nomes. Sem gerar nenhum caráter conclusivo, são expostas duas teses: a primeira, convencionalista, defendida por Hermógenes, que apresenta a justeza ou correção dos nomes como sendo uma mera convenção e acordo. A segunda, a naturalista, defendida por Crátilo, que admite haver uma correção dos nomes por natureza atribuídos a cada um dos seres.
Em Crátilo o que pode ser chamado de linguagem é o nome. O discurso é um agregado de nomes, sendo o nome a sua menor parte significativo, Durante todo o diálogo, o centro da discussão é o noção de nome, se apresentando em duas funções: referencial, que designa coisa na realidade, sendo a forma de se classificar o real; e cognitiva, que nos ensina sobre a natureza das coisas que designa.
Nomes compostos ou complexos podem ser reduzidos a nomes simples, que, por sua
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