Como é Possível Contribuir, Por Meio Da Assessoria, Consultoria Ou Supervisão Profissional, Para A Organização Política Dos Indivíduos

INTRODUÇÃO

O ambiente escolar apresenta-se como um espaço destinado ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social. Entretanto, algumas ocorrências apresentam aspectos de violência, tanto física, quanto psicológica. A violência na escola na atualidade apresenta-se como um problema social que traz para o contexto escolar uma realidade que em envolve todos que fazem parte deste cenário.

Logo, a atuação do Assistente Social diante da violência no contexto escolar torna-se fundamental, pois contribui de forma significativa para a prática profissional dos educadores, levando em consideração o trabalho junto a comunidade, à família, e os demais sujeitos da comunidade escolar que interferem na relação ensino e aprendizagem.

De acordo com Iamamoto (2003, p. 64):

O Assistente Social se distingue na área da educação a partir do conhecimento dos saberes e competências para interferir neste cenário, estando habilitado a lidar com os diversos perfis de educandos e suas respectivas realidade social.

Sendo assim, a presença deste profissional nas escolas pode se tornar uma ponte entre as necessidades da comunidade e as necessidades de todos sujeitos que trabalham no contexto escolar.

A realização deste artigo justifica-se pelo interesse de saber como se desenvolve o trabalho do assistente social dentro do contexto escolar, levando em consideração o alto índice de violência nesse cenário traz consequências negativas para a aprendizagem dos educandos.

A violência nas escolas é uma realidade que assusta a sociedade em geral, principalmente no âmbito educacional que de acordo com a mídia televisa tem mostrado um índice elevado de casos, que tem trazido uma preocupação para todos os âmbitos (social, familiar e educacional), pois as ocorrências de tragédias são evidentes no contexto escolar.

Diante desse agravante, a atuação do Assistente Social apresenta-se como uma das medidas de prevenção frenre a essa realidade. Diante disso, levantou-se a seguinte questão problematizadora: Quais os desafios da atuação do assistente social diante da violência na Escola Estadual Cecília Pinto?

Sendo assim, o objetivo geral deste artigo é analisar a atuação do assistente social diante da violência na Escola Estadual Cecília Pinto. E os específicos, compreendem: discorrer sobre a violência na escola; pesquisar o índice de violência na Escola Estadual Cecília Pinto; identificar os desafios do Assistente Social na Escola Estadual Cecília Pinto.

Para uma melhor elucidação da temática em questão realizou-se uma pesquisa de campo de cunho qualitativo e quantitativo sobre a violência na Escola Estadual Cecília Pinto e suas consequências, dando ênfase na atuação do assistente social diante de tal problemática.

DENSENVOLVIMENTO

1. VIOLÊNCIA NA ESCOLA

A presença da violência nas escolas quebra o modelo de paradigma da escola como um ambiente seguro e um lugar de transmissão de conhecimento, pois de acordo com Minayo (2002, p. 114) a escola:

É aquela que respeita e que estimula os alunos a pensar. É aquela escola que orienta em não expõe seus alunos a perigos, a violência e às descriminações. São escolas que tem atividades extracurriculares, fazem palestras para eles e suas famílias, e possuem um conselho de turma. São escolas em que, além do aluno aprender as matérias, se permite que ele cresça como pessoa e cidadão. São as que estimulam a união, o respeito e a disciplina entre alunos e professores.

A autora ressalta que a violência nas escolas, parte de um ato desenfreado que quebra o nexo de escola ideal, passando a se refletir na insegurança por parte dos alunos, assim como influenciando de forma negativa na aprendizagem dos mesmos.

Atualmente, a escola pública vem chamando a atenção pelas inúmeras cenas de violência contra alunos e professores. Com frequência vê-se nos noticiários denúncias de brigas violentas entre alunos, ameaças a professores, em que adolescentes armados, bebendo e se drogando é uma realidade da maioria das escolas públicas brasileiras.

Sendo vários questionamentos são levantados, dentre eles: O que está gerando tanta violência? Qual o papel da escola diante da violência escolar? Qual a influência da sociedade na violência escolar? A esse respeito, Rousseau afirmava que os homens não nascem naturalmente maus, a sociedade é que os transforma.

De fato nenhum ser humano nasce violento ou criminoso, pois o seu destino não está traçado depois de sua concepção. Os seus comportamentos podem ou não ser fruto do meio em que estes estão inseridos e ao adentrarem na escola, tornam esse ambiente num cenário de tragédias.

Lopes Neto (2005, p. 165) contribui dizendo que:

A escola é vista, tradicionalmente, como um local de aprendizado, avaliando-se o desempenho dos alunos. No entanto, três documentos legais forma a base de entendimento com relação ao desenvolvimento e a educação de crianças e adolescentes: a Constituição da República Federativa do Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas. Em todos esses documentos, estão previstos o direito ao respeito e à dignidade, sendo a educação entendida como um meio de prover o pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidadania.

Apesar dos referidos documentos legais preveem o direito ao respeito e a dignidade, a presença da violência no ambiente escolar é uma prática cada vez mais presente, em que as consequências podem ser extremamente danosas a curto e a longo prazo, a qual é mais severa para as vitimas.

Dentre os acontecimentos mais corriqueiros de violência, pode-se mencionar as ameaças cometidas por alunos a professores, especialmente a respeito de baixo rendimento escolar. Pois, uma nota abaixo da média nem sempre é percebida como um alerta para que o aluno melhore e estude com mais constância, sendo que para muitos alunos, a nota é compreendida como insulto pessoal.

Alguns permanecem no enfrentamento verbal, enquanto outros partem para violência física ou então, causam danos a bens do professor como uma forma de intimidação. As destruições ao patrimônio escolar também se associam ao amplo rol de atitudes violentas causadas ao ambiente escolar.

O tipo de violência mais comum acontece entre os próprios alunos, uma vez que a violência física apresenta um número muito grande de manchetes, onde a violência moral é a que mais assombra aos professores