Comportamento Organizacional

RELACIONAMENTOS ORGANIZACIONAIS E CONFLITOS NAS TOMADAS DE DECISÕES.

1. Megan e as questões éticas:

Megan trabalha na empresa Xenon há vários anos. Devido a sua competência cresceu dentro da empresa e tornou-se gerente de uma pequena divisão. Como vive em torno de sua carreira os amigos que tem também são funcionários ou do ramo. Porém, ela vive um dilema. Seu chefe a esta pressionando sobre o boletim de merecimento trimestral de Kevin, funcionário do seu setor. Avaliando o trabalho de Kevin chegou à conclusão que ele bebia, então conversou e pediu que ele procurasse ajuda. Nesse momento, se deparou com uma situação inusitada, pois uma amiga de outra empresa ligou para se informar de um bom vendedor pra contratar que se chamava Kevin. Então, surgiu à questão se ela mentia e favorecia sua empresa livrando-se de Kevin ou agia em beneficio de sua amiga.

O problema de Megan resume-se que a questão de ser ética não está só dentro do trabalho e sim em situações do dia a dia que envolvem amigos e até parentes. Tudo influência nas tomas de decisões, principalmente as relações interpessoais e as intenções da empresa dentro de uma sociedade.

2. Relações interpessoais nas organizações:

Conseguir que as pessoas trabalhem juntas eficiente e eticamente, e ao mesmo tempo coordenar as qualificações de indivíduos diferentes, constitui um grande desafio para os administradores. Os relacionamentos entre essas pessoas e nos grupos constituem fatores importantes do funcionamento correto da empresa. Na verdade, os relacionamentos interpessoais podem exercer um papel decisivo na ética da organização. A fim de compreender como eles influenciam as decisões que envolvem questões éticas, estudaremos em primeiro lugar a responsabilidade de empresa como agente moral, bem como variações na conduta dos empregados, incluindo a socialização e os ambientes em que esses papéis são vividos, as ligações com grupos diferentes, às denúncias de irregularidades e as pressões exercidas pela empresa.

3. Responsabilidade da empresa como agente moral:

A empresa pode ser considerada um agente moral e, como tal, responsável por sua própria conduta ética. Assim sendo, podem ser atribuídas a ela características éticas e de responsabilidade social como entidade, e não a seus colaboradores. Um dos grandes mal-entendidos nos estudos da ética das empresas é supor que uma cultura empresarial ética coerente surgirá a partir de relacionamentos individuais e interpessoais. Uma vez que a ética é muitas vezes considerada assunto individual, pensa-se que a melhor maneira de criar uma cultura ética consiste em proporcionar educação de formação de caráter aos empregados, ou contratar pessoas de reconhecido bom caráter e sensibilizá-los para questões éticas. Supõe-se em seguida que conduta ética surgirá em toda a empresa pelo consenso e com o consentimento feral. Ora as empresas responsáveis pela maior parte da atividade econômica no mundo compõem-se de milhares de indivíduos culturalmente diversificados, que jamais chegarão a consenso sobre questões éticas. Sem liderança da empresa, muitas questões de ética poderiam transformar-se em situações arriscadas e complexas e a única maneira de assegurar decisões consistentes.

4. Variações na conduta do funcionário:

Um volume substancial de pesquisas indica a presença de importantes diferenças em valores e filosofias que influenciam a maneira como os indivíduos tomam decisões éticas.

10% 40% 40% 10%

Seguem seus próprios valores e convicções

Acreditam que seus valores são superiores aos vigentes na companhia Esforçam-se por seguir sempre as políticas e regras da companhia Acompanham o grupo de trabalho Tiram vantagem da situação se

- o castigo for menor que o benefício

- for baixo o risco de ser flagrado

O importante nessa variação de conduta ética é reconhecer que os empregados usam diferentes enfoques para tomar decisões. Uma vez que um grande percentual de qualquer grupo de trabalho tirará vantagem de situações ou fará o que o grupo faz, é importante que a empresa crie mecanismos de comunicação e controle para manter um clima ético. As organizações que não fiscalizam as atividades dos seus empregados nem punem conduta antiética estão garantindo um ambiente de baixo risco aos que querem tirar vantagens das situações para realizar seus objetivos pessoais e, às vezes, imorais.

Ainda assim, gerentes de recursos humanos têm que se certificar de não violam os direitos de privacidade do indivíduo e que as investigações sobre antecedentes dos empregados e a implantação de atividades de controle sejam realizadas de maneira legal.

5. Relacionamentos entre papéis:

Todas as pessoas têm uma tarefa especializada a desempenhar na empresa ou desempenham um papel ao ajudá-la a cumprir as suas metas. Altos níveis de conflito de papéis, relativos a comportamento esperado, podem influenciar direta ou indiretamente a intensidade da conduta antiética.

Terceiros significativos constituem o fator mais influente nas tomadas de decisões éticas na organização.

Valores

Pessoais