Comportamento Organizacional
Trabalho Universitário: Comportamento Organizacional. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: riprati • 5/5/2013 • 3.534 Palavras (15 Páginas) • 392 Visualizações
MOTIVOS PARA VIAJAR: UM ESTUDO
COM TURISTAS MADUROS NO
CONTEXTO BRASILEIRO
Rita de Cassia Lisboa
Universidade Nove de Julho – UNINOVE
Resumo
Este estudo investiga as motivações que levam os
turistas mais velhos a realizarem viagens de lazer.
Mais especificamente, a presente pesquisa
compara as motivações dos consumidores mais
velhos com os motivos dos mais jovens. Utilizouse
o termo “mais velhos” para denominar os
indivíduos com 55 anos de idade ou mais e o
termo “mais jovens” para aqueles entre 25 a 54
anos de idade. Para investigar o problema,
optou-se por uma metodologia quantitativa.
Duzentas e setenta e três pessoas foram
entrevistadas, utilizando-se um instrumento de
coleta de dados estruturado. A análise dos
resultados revelou que existem dois motivos que
diferenciam o grupo dos mais velhos do grupo
mais jovem: escapar da rotina do dia-a-dia e
engajar-se em atividades físicas. Todas as demais
razões são estatisticamente semelhantes para os
dois grupos.
Palavras-chave: consumidores maduros;
turistas; comportamento do consumidor; viagens
de lazer.
Abstract
Key-Words:
FACEF PESQUISA – v. 6 – n. 3 – 2003 79
FACEF PESQUISA – v. 6 – n. 3 – 2003 80
Introdução
O consumidor maduro exerce um papel bastante
importante na indústria de turismo. Estima-se que
os indivíduos com mais de 55 anos representam
US$ 60 bilhões na indústria de turismo que
movimenta um total de US$ 293,7 bilhões por
ano nos Estados Unidos (ZBAR, 1996). Em
1985, os idosos constituíam 70% das pessoas
que realizaram viagens em cruzeiros
(ROSENFELD, 1986) e, em 1987, 30% de
todas as viagens aéreas, e 32% do aluguel de
quartos de motéis e hotéis nos Estados Unidos
foram feitos por consumidores com mais de 55
anos de idade (ANANTH, 1992). No Brasil,
onde, em 1993, as pessoas com mais de 60 anos
perfaziam um total de 12 milhões de habitantes
(AZEVEDO, 1997; BASTOS, 1996) e, em
2020, constituirão 17,9 milhões, ou seja, 9% da
população (TOLEDO, 1996), muitas empresas
passaram a visar o segmento das pessoas mais
velhas e muitas delas especializaram-se nesse
setor.
Por outro lado, considerável corpo de
conhecimento sobre o comportamento do turista
mais velho vem sendo agregado à literatura desde
o final da década de 80. A maior parte das
pesquisas compara as similaridades e as
diferenças entre os comportamentos dos
consumidores mais velhos e mais jovens
(ANDERSON e LANGMEYER, 1982;
JAVALGI, THOMAS e RAO, 1992;
MCGUIRE, UYSAL e MCDONALD, 1988;
ROMSA e BLENMAN, 1989).
Os estudos, na área, enfocam os diferentes
aspectos do fenômeno. Javalgi, Thomas e Rao
(1992) examinaram os tipos de viagens de lazer
realizadas. Zimmer (1995) estudou as diferenças
entre as pessoas mais velhas que viajam e aquelas
que não viajam. Blazey (1987) comparou os
impedimentos para viajar entre os turistas
maduros. Hawes (1988) explorou os estilos de
vida relativos a viagens de mulheres mais velhas.
Por outro lado, Capella e Greco (1987) e
Mcguire, Uysal e Mcdonald (1988) investigaram
as fontes de informação utilizadas pelos
consumidores maduros para planejar suas
viagens. Blazey (1992), por sua vez, estudou as
relações entre as situações de pré e pósaposentadoria
relacionadas a viagens. Romsa e
Blenman (1989) investigaram as atividades que
os turistas mais velhos realizam enquanto viajam.
Shoemaker (1989), Lieux (1994) e Anderson e
Langmeyer (1982) examinaram as motivações
para viajar, enquanto Quiroga (1990) e Thomson
e Pearce (1980) procuraram compreender as
motivações para se viajar com pacotes de
turismo.
Apesar do substancial
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