Compreender o Comportamento Organizacional

1. INTRODUÇÃO

Para organizações que pretendem aumentar a eficácia organizacional, é imprescindível analisar as relações que interferem nos seus resultados. Com o surgimento do movimento das relações humanas percebeu-se que o comportamento dos indivíduos, quer seja quando sozinhos, quer seja quando em grupo, pode ser explicado, previsto e controlado, quando em um ambiente organizacional.

Este trabalho visa a apresentar e explicar os conceitos envolvidos em comportamento organizacional, as relações entre indivíduos, entre indivíduos e organizações e como essas relações e comportamentos interferem nos resultados das organizações.

Também é objetivo deste, ser uma base de motivação para estudo e aplicação dos conceitos do comportamento organizacional.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Compreensão do tema Comportamento Organizacional

A sociedade moderna inspira novas atitudes, inovação e até mesmo a atualização de instrumentos já criados pelo homem, o que faz com que as pessoas precisem se habituar às mudanças.

A influência das pessoas no meio organizacional pode causar variações de desempenho, além de interferir diretamente na qualidade do produto fornecido ou do serviço prestado. Diferenças culturais, de pensamento ou de ideologias podem gerar conflitos que impeçam ou dificultem a comunicação e realização de atividades em grupo. Indivíduos podem não estar completamente envolvidos com a atividade que estão realizando ou poderiam estar desenvolvendo outra atividade mais eficientemente do que a que estão executando atualmente. Indivíduos podem estar se sentindo desmotivados, ou prejudicados por condições de trabalho, ocasionando variações nos resultados de suas atividades.

São diversos os fatores que interferem no comportamento humano dentro das organizações. Cabe ao administrador a implantação de princípios norteadores para que não ocorram variações ou para que as variações não sejam impactantes no resultado esperado. Assim como a falta de diretrizes coerentes com a finalidade e com os resultados esperados, também podemos encontrar problemas na estrutura física da organização, onde o ambiente talvez não seja o mais adequado para a realização de determinada atividade do desenvolvimento de um produto, ou caso ocorram variações climáticas intensas e bruscas que afetem aqueles que estão trabalhando no local.

O comportamento organizacional é uma ferramenta utilizada para estudar as necessidades das pessoas, como auxílio para alcançar os objetivos de crescimento de uma organização e para aumentar o conhecimento e percepção, tornando a visão dos indivíduos e gestores mais aberta.

As principais finalidades do estudo do CO são a explicação, previsão e controle do comportamento do indivíduo e/ou grupo com objetivo de tornar a empresa mais eficiente e eficaz. Sem termos a percepção destas principais finalidades, não temos como entender a importância do estudo de CO, tampouco será possível agregar valor ao grupo, nem controlar o resultado de suas atividades.

Com a aplicação dos preceitos de CO é possível identificar oportunidades de melhoria de ambiente, processos ou procedimentos, mas que, dadas as diferenças individuais, podem sofrer resistência por parte de alguns.

Como fator motivador o incentivo, indiferente a forma em que se apresente, é um grande aliado para a formação de profissionais. Empresas com uma visão aberta motivam seus trabalhadores a expor suas habilidades e manterem-se em constante aprendizado para acompanhar as constantes mudanças. Algumas pequenas atitudes geram grandes resultados, mas para isso é preciso uma gestão com regras e um caminho a ser seguido para se chegar a um objetivo centrado na administração, e qualidade de uma organização.

2.2 Conceituação de CO

Segundo Rick W. Griffin e Gregory Moorhead(2006, p.7): “Comportamento Organizacional é o estudo do comportamento humano em ambientes organizacionais, da interface entre o comportamento humano e a organização e da organização em si.” Também que: “a área do Comportamento Organizacional procura compreender o comportamento humano em ambientes organizacionais, a própria organização e a interface indivíduo-organização.”

Para Stephen P. Robbins (2002, p. 6):

“O Comportamento Organizacional é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional.”

Tanto para Griffin e Moorhead quanto para Robbins, CO é o estudo das relações entre indivíduos e organizações, de como o comportamento humano interfere nos resultados das organizações e também de como a estrutura das organizações interfere no comportamento humano dentro delas. Em sua definição de CO, Robbins vai um pouco além do expresso por Griffin e Moorhead, destacando que o objetivo do CO como campo de estudos é “utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional”. Embora a definição de Robbins seja um pouco mais completa que a definição de Griffin e Moorhead, em suas obras, todos detalham os diferentes aspectos do CO e suas relações, trazendo informações importantes a respeito de como utilizá-lo para o proveito das organizações.

2.3 Sistemas abertos e fechados de CO

Com base no estudo de sistemas é possível identificar que a administração científica e a administração clássica tratavam as organizações como sistemas fechados. Conforme Hunt(1999, p.29), a administração clássica dava “ ênfase às condições físicas do trabalho, aos princípios da administração e aos princípios da engenharia industrial ”, ignorando então, fatores externos a organização na tomada de decisão. A partir dos estudos de Hawthorne, surgiu o movimento das relações humanas, que incluía no foco “o interesse nas atitudes no trabalho, na dinâmica de grupo e em outros aspectos sociais do ambiente de trabalho” Hunt(1999, p.29). Sendo assim, as organizações começaram a observar novos fatores que influenciavam nos resultados atingidos por elas e que, dentre todos os aspectos, as relações humanas representavam um importante papel.

Quando as organizações começaram a explorar novos mercados (globalização),