Conceito de ativos
Seminário: Conceito de ativos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fabiodiq • 10/11/2013 • Seminário • 3.765 Palavras (16 Páginas) • 412 Visualizações
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Iudícibus (2009) classifica o conceito de ativo como o núcleo fundamental da Teoria Contábil
que ainda se encontraria em plena discussão. Refere-se ao conceito de ativo e à sua
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mensuração, aspecto importante, mas nem sempre devidamente compreendido pelos
estudantes na área de Ciências Contábeis. O conceito de ativo é apresentado como "o
conjunto de bens e direitos de uma entidade" ou como "as aplicações de recursos" de uma
empresa, é ensinada sem ensejar discussões, como a definição adequada para o termo de
ativos. Para o autor (p. 129), "é tão importante o estudo do ativo que poderíamos dizer que é o
capítulo essencial da Contabilidade, porque à sua definição e avaliação está ligada a
multiplicidade de relacionamentos contábeis que envolvem receitas e despesas". Além de
envolver valiosa discussão sobre as diferentes metodologias para a mensuração de elementos
patrimoniais, o conceito de ativos é de utilidade para a definição de outros importantes termos
como receitas, despesas, passivos, perdas e ganhos.
De acordo com Hendriksen e Van Breda (2007), os ativos são, na sua essência, reservas de
benefícios futuros. Quando os autores também enfatizam a definição do Financial Accounting
Standards Board (FASB), apresentada através do SFAC 62, onde os ativos são definidos
como benefícios econômicos futuros prováveis, que são obtidos ou controlados por uma
entidade em conseqüência de transações ou eventos passados. Sendo que, de acordo com o
FASB, a incorporação de um benefício futuro provável aparece como característica essencial
dos ativos. Caso não apresente tal propriedade, o FASB defende o não reconhecimento
contábil da existência de tal ativo. Assim como o FASB, o International Accounting
Standards Committee (IASC) igualmente apresenta a idéia de benefício futuro atrelada à sua
conceituação de ativo, quando destaca que o ativo é um recurso controlado pela empresa,
resultante de eventos passados, no qual se espera a geração de benefícios econômicos futuros.
A principal característica, relativa à capacidade de prestar benefícios futuros é conceituada
por Iudícibus (2009), para quem sua característica fundamental seria a capacidade de prestar
serviços futuros à entidade que os controla individual ou conjuntamente com outros ativos e
fatores de produção, capazes de se transformar, direta ou indiretamente, em fluxos líquidos de
entrada de caixa. Todo ativo representa, mediata ou imediatamente, direta ou indiretamente,
uma promessa futura de caixa.
Segundo Perez e Famá (2006), para a Contabilidade Básica, são considerados ativos os bens e
os direitos de uma entidade, expressos em moeda e à disposição da administração; já sob uma
ótica econômica e financeira, os ativos são recursos controlados pela empresa e capazes de
gerar benefícios futuros (entradas de caixa ou redução de saídas de caixa). Assim, pode ser
considerado um ativo, todo e qualquer elemento com ou sem natureza física, que seja
controlado pela empresa e que a ela proporcione a possibilidade de obtenção de fluxos de
caixa. Assim, como os bens de uma entidade possuem a capacidade de prestação de serviços e
de geração de benefícios econômicos futuros, a mensuração aparece como uma forma de
traduzir este potencial de serviços em unidades monetárias.
Ainda de acordo com Hendriksen e Breda (2007), o fato de um ativo ter potencial de gerar um
benefício futuro provável, não o exclui da definição de ativos. A incerteza afeta a avaliação,
mas só muda a natureza do item caso seja tão grande a ponto de fazer com que o benefício
futuro esperado seja nulo ou negativo. Ainda, vale considerar que, os benefícios econômicos
devem resultar de transações ou eventos passados bem como os recursos empregados deve
estar sob o controle da entidade.
Goulart (2002) em pesquisa realizada onde a partir da constatação de que definições
superficiais do termo “ativo” não estavam contemplando as características essenciais deste,
chega à conclusão que realmente, os profissionais da área contábil possuem conhecimento
apenas superficial do que seja “ativo”, desconsiderando a característica principal deste item
patrimonial quer seja, o direito específico a benefícios futuros.
De certo, historicamente, diversas foram as colaborações dos pesquisadores e reguladores
para o conceito de ativo. Paton (1924, apud IUDÍCIBUS, 2009) já abordava a questão da
materialidade ou não da contraprestação – embora falhe por restringir ao conceito de posse do
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ativo. Meigs e Johnson (1962, apud IUDÍCIBUS, 2009) definem ativos como recursos
econômicos possuídos. De fato, a expressão recursos econômicos é mais abrangente, porém, o
conceito ainda se limita à posse do ativo. Sprouse e Moonits (1962, apud IUDÍCIBUS,
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