Cozinha Portuguesa No Brasil
Artigos Científicos: Cozinha Portuguesa No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rzxg • 18/11/2014 • 4.455 Palavras (18 Páginas) • 365 Visualizações
CAPÍTULO 1 -
Breve descrição dos itens que serão abordados durante este capítulo.
1.1 A evolução lusitana
Portugal é uma das mais antigas nações da Europa, existindo como país há mais de 800 anos, com cerca de 10 milhões de habitantes, existindo também milhões de emigrantes espalhados pelo mundo. A República Portuguesa tem como moeda o euro (€) e a língua falada é o Português, tal como nas suas ex-colônias.
Sujeito às mais variadas e regulares invasões, o país recebeu uma variada sucessão de habitantes ao longo dos séculos: fenícios que fundaram feitorias, cartagineses, povos celtas que estabeleceram-se e misturaram-se com os nativos, a romanização que deixou marcas duradouras na língua, na lei e na religião, foi ocupado também por povos germânicos e depois por muçulmanos (mouros e alguns árabes) enquanto que os cristãos se recolhiam ao norte.
Em 1128, após ter vencido a Batalha de São Mamede, Afonso Henriques declara o Condado Portucalense como principado independente. Anos depois, em 1139, nasceu o Reino de Portugal, sendo D. Afonso Henriques coroado como o Primeiro Rei de Portugal o que marca a retomada cristã ao país (que até então era dominada pelos Mouros) A estabilização das suas fronteiras em 1297 tornou Portugal o país europeu com as fronteiras mais antigas e como pioneiro da exploração marítima na chamada "Era dos Descobrimentos", o reino de Portugal expandiu os seus territórios entre os séculos XV e XVI, estabelecendo o primeiro império global da história, com possessões em África, na América do Sul, na Ásia e na Oceania.
No ano de 1497, o navegador Vasco da Gama empreendeu as últimas explorações que concretizaram a rota rumo às Índias, via a circunavegação do continente africano. Com essa descoberta o projeto de expansão marítima de Portugal parecia ter concretizado seus planos. No entanto, o início das explorações marítimas espanholas firmou uma concorrência entre Portugal e Espanha que abriu caminho para um conjunto de acordos diplomáticos (Bula Intercoetera e Tratado de Tordesilhas) que preestabeleceram os territórios a serem explorados por ambas as nações.
O processo de expansão marítima portuguesa chegou ao seu auge quando, em 1500, o navegador Pedro Álvares Cabral anunciou a descoberta do Brasil. Com a ascensão do processo de expansão marítima de outras nações européias e a decadência dos empreendimentos comercias portugueses no Oriente, as terras do Brasil tornaram-se o principal foco do mercantilismo português.
Em 1514, Jorge Álvares chega á China e em 1543 Francisco Zeimoto, António Mota e António Peixoto chegam ao Japão.
Nessa época, Portugal era uma potência Mundial, beneficiando toda a Península Ibérica. Os portugueses importavam especiarias (coentros, gengibre, pimenta, caril, açafrão…), café, arroz, amendoins, ananás, milho, batata, tomate, ouro, diamantes, entre muitas outras coisas, sem esquecer o famoso Chá do Oriente que os Ingleses receberam e introduziram na sua cultura. Muitos destes produtos eram, até então, desconhecidos Europa.
Em 1580 uma crise de sucessão resultou na União Ibérica com Espanha. Sem condições para defender as suas posses ultramarinas diante à ofensiva Holanda, o reino perdeu muito de sua riqueza e status. Em 1640 foi restaurada a independência sob a nova dinastia de Bragança. O terremoto de 1755 em Lisboa e as invasões espanhola e francesa resultaram na instabilidade política e econômica. Em 1820 uma revolta fez aprovar a primeira constituição portuguesa, iniciando a monarquia constitucional que enfrentou a perda da sua maior colônia, o Brasil; e no fim do século, a perda de estatuto de Portugal na chamada partilha de África.
Uma revolução em 1910 depôs a monarquia, mas a primeira república portuguesa não conseguiu liquidar os problemas de um país imerso em conflito social, corrupção e confrontos com a Igreja. Um golpe de estado em 1926 deu lugar a uma ditadura. A partir de 1961 esta travou uma guerra colonial que se prolongou até 1974, quando uma revolta militar derrubou o governo. No ano seguinte, Portugal declarou a independência de todas as suas posses na África. Após um conturbado período revolucionário, entrou no caminho da democracia pluralista. A constituição de 1976 define Portugal como uma república semipresidencialista. A partir de 1986 reforçou a modernização e a inserção no espaço europeu com a adesão à Comunidade Econômica Europeia (CEE).
Portugal é um país desenvolvido, está integrado na União Europeia (UE) e tem um alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Desde 1985, o país entrou num processo de modernização num ambiente bastante estável e após a integração com a UE os avanços foram ainda mais significativos. Como país rico que é, a economia de Portugal é bem diversificada, baseada na iniciativa privada de empresas bem estruturadas, desde grande multinacionais à pequenas empresas. Apesar de obter uma estabilidade econômica durante alguns anos e continuar sendo uma forte economia a partir de 2002, Portugal tem enfrentado problemas e crescido menos que esperado em relação aos outros países da UE. Além das dívidas públicas, políticas de austeridade, nacionalização de bancos falidos, intervenção externa acompanhada de resgates financeiros à economia nacional, dificuldades no controlo do déficit, clima de contestação social e atritos entre diversas instituições, nomeadamente o governo e o tribunal constitucional, provocados pela crise econômica.
CAPÍTULO 2 - GASTRONOMIA DE PORTUGAL
Breve descrição dos itens que serão abordados durante este capítulo.
2.1 Alimentação medieval dos portugueses
A Idade Média foi um período em que as pessoas tinham uma alimentação pobre em proteínas, basicamente, além da carne, que era a principal base da alimentação, eram consumidos muitos cereais como trigo, milho e centeio e bebiam-se vinho. Naquela época os portugueses faziam duas refeições principais: o jantar, que era feito entre dez horas e onze horas, e a ceia, entre dezoito horas e dezenove horas.
O jantar era a refeição principal e mais forte do dia. No jantar da nobreza, o número de pratos servidos era em média três, sem contar sopas, acompanhamentos ou sobremesas. Na hora da ceia, serviam-se em média dois pratos ou até mesmo um. Acredita-se que devido aos atrasos no jantar, sentiu-se a necessidade de uma outra refeição: o almoço, tomado logo após se
...