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Cultura, Familia E Sociedade

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Por:   •  14/5/2014  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  536 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A partir do momento em que a família não consegue cumprir sua função social, surgem as demandas para o Serviço Social.

Outras vezes, essas demandas estão na sociedade e acabam impondo seu reflexo na família.

O profissional de Serviço Social deve transceder a demanda institucional, passando para a demanda sócio-profissional, compreendendo-as em sua totalidade, nas suas contradições e na sua relação com a sociedade, criando condições para que a família cumpra a sua função social.

Esse profissional também deve ser despido de todas as formas de discriminação, promovendo a garantia dos direitos, dos cidadãos e possibilitando a sua autonomia, conforme está previsto no projeto ético-político da profissão.

Aqui faremos o estudo de caso da família Almeida, objetivando o acompanhamento dessa família em situação de vulnerabilidade social e enfatizando os aspectos operacionais, ou seja, estratégias, procedimentos e instrumentos para ação.

As famílias constituem a instância mais básica da sociedade, na qual o sentimento de pertencimento e identidade social é desenvolvido e mantido, onde são transmitidos os valores e as práticas culturais.

Nas áreas de abrangência dos CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), existem famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza e/ou da fragilização de vínculos afetivos.

A família Almeida encontra-se em situação de vulnerabilidade social e a primeira medida a ser tomada é o acolhimento da mesma pelo CRAS de referência de território.

O acolhimento das famílias nos CRAS é uma estratégia fundamental para a criação e fortalecimento do vínculo entre o serviço, a família e a comunidade. È necessário que as famílias identifiquem o CRAS como local de referência e porta de entrada na busca de apoio e acesso aos serviços sócio assistenciais e sua participação nas atividades grupais e comunitários.

Partiremos então para a entrevista com a família que poderá ser realizada no próprio CRAS ou domicílio. Nela, procura-se escutar a família, conhecendo as suas condições e a sua história, orientando e construindo com ela possibilidades de compreensão e de ação diante de suas vulnerabilidades e potencialidades.

É através da entrevista com todos os membros da família, que o Assistente Social obtém a maior parte das informaçãos sobre o usuário, para planejar sua ação.

Outro recurso que será utilizado é a visita domiciliar, na qual teremos a noção de territorialidade e as condições de sobrevivência em seu próprio ambiente familiar e “coletivo” (comunitário).

A visita domiciliar é pautada no respeito à privacidade da família, na orientação e busca de soluções, identificação de necessidades e encaminhamento para rede de atendimento. Serão acompanhados os encaminhamentos realizados, com o intuito de estimular e mobilizar a família para a participação no serviço, fortalecendo os vínculos familiares e comunitários.

Faremos ainda um trabalho de participação nos grupos sócio educativos existentes no CRAS, ou seja trabalharemos a família como grupo e ela será inserida em outro grupos de família para reflexão. Um grupo pode ser definido como um conjunto de pessoas ligadas por objetivos em comum.

As demandas da família Almeida são: situação de pobreza e vulnerabilidade social, desemprego, conflito, violência (agressividade e possível violência sexual), dependência química (alcoolismo e uso de drogas), negligência e problemas de saúde.

A única fonte de renda da família é o BPC/LOAS que o Sr. Arlindo recebe, ou seja, um salário mínimo para o sustento de sete pessoas.

A partir do diagnóstico e de todos os referenciais abordados, já podemos traçar um plano estratégico de ação com essa família.

Qualquer intervenção social junto a um grupo social (a família, nesse caso), passa por etapas de contatos sociais individuais, com pessoas e famílias, até a abordagem global, baseada num proposta de integralidade. Mesmo assim, nem sempre causam o impacto esperado.

O profissinal de Serviço Social deverá utilizar os instrumentais técnico-operativos como um conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional. São eles: conversas informais, documentação, reunião, observação, entrevista, fichas de cadastro, encaminhamentos, acompanhamento social, relatórios e visitas domiciliares.

Todo esse aparato instrumental possibilita a elaboração de respostas de qualidade e com legitimidade, enriquecendo o plano de intervenção que vai ser construído junto com essa família.

Começando com a D. Josefa, que foi quem procurou ajuda. Num primeiro momento, o fornecimento da cesta básica seria o agente motivador inicial para o acompanhamento desta família. Através da entrevista, poderemos saber se seus filhos estão na escola e fazermos o Cadastro Único para que eles tenham direito ao PBF, (Programa Bolsa Família) que é um programa de transferência de renda para famílias com renda per capita mensal menor que R$120,00.

Poderemos trazer D. Josefa para reuniões existentes no CRAS, que sejam dinâmicas, através da empatia e despertando o seu interesse com a total participação deles nessa nova construção.

O adolescente João Vitor, de 12 anos, poderá ser direcionado para alguma atividade esportiva, que realmente lhe agrade e que sirva como válvula de escape para sua agressividade. Além disso, será encaminhado para o CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e Drogas) onde será atendido por uma equipe multidisciplinar com especialização em dependência

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