DA MACROECONOMIA CLÁSSICA AO CYNEESIANO
Tese: DA MACROECONOMIA CLÁSSICA AO CYNEESIANO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jjmoc • 10/5/2014 • Tese • 860 Palavras (4 Páginas) • 206 Visualizações
DA MACROECONOMIA CLÁSSICA À KEYNESIANA
Luiz Carlos Bresser-Pereira
Versão corrigida em 1974 de apostila publicada
originalmente em 1968. EC-MACRO-L-1968 (E-
73). São Paulo, abril de 1968. Revisado em maio de
1976.
A Economia Política é a ciência social que estuda o comportamento do homem no
processo de produção, circulação e distribuição de bens escassos. Sua preocupação está em
saber como se produz um excedente econômico e como essa produção que excede o consumo
de subsistência é apropriado e dividido pelos diversos grupos sociais.
Dentro da Economia Política podemos distinguir algumas áreas de estudo principais: a
História Econômica, a História do Pensamento Econômico, a Economia Aplicada, a Análise
ou Teoria Econômica e a Política Econômica. As duas primeiras áreas, História Econômica e
História do Pensamento Econômico, são definidas pelos próprios nomes. Na primeira
estudamos de um ponto de vista histórico o processo econômico dos países e regiões, e na
segunda examinamos o desenvolvimento das doutrinas e da análise econômica, através do
pensamento dos grandes economistas. Por Economia Aplicada entendemos os estudos de
caráter econômico que são realizados de um determinado país, de uma determinada região, de
um determinado setor industrial, agrícola ou comercial, ou mesmo de uma determinada
empresa. Estudos, por exemplo, sobre a Economia Brasileira, ou sobre a produção de algodão
no mundo, ou sobre a inflação na América Latina. Chamamos de Economia Aplicada, porque
esses estudos são sempre realizados através da aplicação, em maior ou menor grau, da Análise
ou Teoria Econômica. A análise Econômica é a parte central da Economia, que lhe garante o
caráter de ciência. Importa no estudo das relações básicas que se estabelecem entre as diversas
variáveis econômicas, no sentido de determinar a produção e a distribuição de bens. A teoria
econômica ortodoxa1 possui dois ramos centrais: a microeconomia, na qual a análise de
funcionamento geral da economia é realizada através do exame do comportamento dos
agentes econômicos individuais - os consumidores e os produtores, e a macroeconomia, que
realiza essa mesma análise, partindo do estudo de agregados econômicos, como a renda, o
consumo, e o investimento agregados. Temos ainda, dentro da análise econômica, a Teoria da
1 Entendemos por teoria econômica ortodoxa a teoria econômica clássica, neoclássica e até certo
ponto a teoria econômica keynesiana. À esta teoria ortodoxa opõem-se as teorias econômicas críticas
do sistema capitalista: a marxista, a neo-keynesiana-neo-marxista, e as diversas formas de que se
revestiu a teoria estruturalista latino-americana.
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Moeda e do Crédito, e a Teoria das Finanças Públicas, que depois de Keynes tornaram-se
subsidiária à macroeconomia; a Teoria do Desenvolvimento Econômico, que é uma
abordagem dinâmica e geralmente com maior atenção às teorias - sociológicas, da
macroeconomia; e finalmente a Teoria do Comércio Internacional, ainda apoiada
principalmente na discussão sobre a lei dos custos ou vantagens comparativas.
Finalmente, a Política Econômica, que teve seu grande momento a partir da obra
revolucionária de Keynes no campo de macroeconomia, implica no estudo das medidas de
intervenção do governo na economia, visando o pleno emprego, o maior desenvolvimento
econômico, a estabilidade monetária e a melhor distribuição da renda. Quando pensada em
termos de longo prazo, e acompanhada de um sistema administrativo para executá-la, a
Política Econômica transforma-se em Planejamento Econômico.
Ao definirmos Economia ou Economia Política dissemos que se trata de uma ciência
social. Este fato evidente, já que a Economia tem como objeto o comportamento humano, é
todavia
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