DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - AULA TEMA 7
Dissertações: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - AULA TEMA 7. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 0807 • 26/8/2014 • 1.549 Palavras (7 Páginas) • 712 Visualizações
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – AULA TEMA 7
Crescimento Econômico dos países do BRICS - Rússia
A Federação Russa é um país localizado na parte no leste da Europa e na parte no norte da Ásia, sendo considerado o maior país do mundo em extensão territorial e atualmente vem se destacando em um crescimento econômico em ritmo acelerado, o que indica que em breve irá se tornar uma das maiores economias do mundo. O Seu desenvolvimento tornou-se mais evidente, após a mudança em seu sistema de governo, com a dissolução da URSS, deixando de ser socialista e tornando-se capitalista, possibilitando laços econômicos com outros países, através do BRIC, fortalecendo a sua economia através da exportação de petróleo e seus derivados para diversas partes do mundo, principalmente para a União Européia, que importa hoje 25% de sua energia. Com uma política externa mais assertiva, a Rússia atual ocupa espaço crescente na reconfiguração do sistema internacional, marcado pela presença ativa de países emergentes, cujo peso específico é cada vez mais reconhecido nos debates a respeito da reforma das instituições de governança global, tanto no plano político quanto no das instituições econômicas concebidas ao fim da Segunda Guerra Mundial. Após passar uma instabilidade política nos anos 1990 e o período de “Reconstrução do Estado” durante a Era Putin, a Rússia recuperou seu papel histórico de país com interesses globais e capacidade de influência em cenário internacional cambiante. Desta maneira tenta redimensionar seu relacionamento estratégico com os Estados Unidos da América, aprofunda o diálogo com a Europa Ocidental, que elegeu este país como importante parceiro para o processo de modernização tecnológica de seu aparelho produtivo, recupera sua presença estratégica na Ásia Central, desenvolve parceria cada vez mais intensa e variada com a China e a Índia e atualmente tem demonstrado grande interesse em explorar o grande potencial de intensificar os vínculos com a América Latina, mantendo com o Brasil relação de parceria estratégica e construção de uma aliança tecnológica. No que diz respeito à economia, a Rússia tem participação ativa no G-20 financeiro e busca aumentar sua inserção no sistema multilateral de comércio por meio da renovada prioridade que atribui às negociações para a sua admissão à Organização Mundial de Comércio (OMC), pleito que conta com o apoio do Brasil. É interessante observar que a Rússia busca se tornar mais presente no sistema multilateral econômico, porém não na condição de país desenvolvido, mas como um país emergente, ao lado do Brasil, da China e da Índia. Disto decorre a importância estratégica conferida pela Rússia à consolidação do BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia e China). O termo BRICS foi criado para fazer referencia aos países do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Estes países emergentes possuem características comuns como, por exemplo, bom crescimento econômico, porém não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Eles formam uma espécie de aliança que busca ganhar força no cenário político e econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns. Algumas das características bem comuns entre esses países são a economia estabilizada recentemente; situação política estável; mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação; níveis de produção e exportação em crescimento; boas reservas de recursos minerais; investimentos em setores de infraestrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas entre outros); PIB em crescimento; índices sociais em processo de melhorias; diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais; o rápido acesso da população aos sistemas de comunicação; mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros; investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia. A idéia dos BRICS foi formulada pelo economista chefe da Goldman Sachs, Jim O’Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômicos financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICs. O peso econômico dos BRICs é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos BRICs já supera hoje o dos EUA ou da União Européia. Para dar uma idéia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior, ou seja, US$ 19 trilhões, que equivale 25%. Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembléia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constitui o primeiro passo para que o Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que então, em paralelo ao conceito ”BRICs” passou a existir um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com “s” maiúsculo ao final). Como agrupamento, os BRICS têm um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretário fixo e nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definido,
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