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Definição De Epidemiologia

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Por:   •  23/5/2013  •  779 Palavras (4 Páginas)  •  1.447 Visualizações

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É O ESTUDO QUE OCORRE NA SAÚDE DA POPULAÇÃO,SUA DISTRIBUIÇÃO E MÉTODOS DE CONTROLE.

A Epidemiologia é a ciência que estuda os padrões da ocorrência de

doenças em populações humanas e os fatores determinantes destes

padrões (Lilienfeld, 1980).

Enquanto a clínica aborda a doença em“nível individual”, a epidemiolo-

gia aborda o processo saúde-doença em “grupos de pessoas” que podem

variar de pequenos grupos até populações inteiras. O fato de a epidemiologia,

por muitas vezes, estudar morbidade, mortalidade ou agravos à saúde,

deve-se, simplesmente, às limitações metodológicas da definição de saúde.

USOS DA EPIDEMIOLOGIA

Por algum tempo prevaleceu a idéia de que a epidemiologia restringia-se

ao estudo de epidemias de doenças transmissíveis. Hoje, é reconhecido que a

epidemiologia trata de qualquer evento relacionado à saúde (ou doença) da

população.

Suas aplicações variam desde a descrição das condições de saúde da

população, da investigação dos fatores determinantes de doenças, da avalia-

ção do impacto das ações para alterar a situação de saúde até a avaliação da

utilização dos serviços de saúde, incluindo custos de assistência.

Dessa forma, a epidemiologia contribui para o melhor entendimento da

saúde da população - partindo do conhecimento dos fatores que a determinam

e provendo, conseqüentemente, subsídios para a prevenção das doenças.

SAÚDE E DOENÇA

Saúde e doença como um processo binário, ou seja, presença/ausência, é

uma forma simplista para algo bem mais complexo. O que se encontra usual-

mente, na clínica diária, é um processo evolutivo entre saúde e doença que,

dependendo de cada paciente, poderá seguir cursos diversos, sendo que nem

sempre os limites entre um e outro são precisos. Essa progressão pode seguir

alguns padrões, como mostra a Fig. 1-1.

1. Evolução aguda e fatal – Exemplo: estima-se que cerca de 10% dos

pacientes portadores de trombose venosa profunda acabam apresentan-

do pelo menos um episódio de tromboembolismo pulmonar, e que 10%

desses vão ao óbito (Moser, 1990).

2. Evolução aguda, clinicamente evidente, com recuperação –Exemplo:

paciente jovem, hígido, vivendo na comunidade, com quadro viral de vias

aéreas superiores e que, depois de uma semana, inicia com febre, tosse

produtiva com expectoração purulenta, dor ventilatória dependente e

consolidação na radiografia de tórax. Após o diagnóstico de pneumonia

pneumocócica e tratamento com beta-lactâmicos, o paciente repete a

radiografia e não se observa seqüela alguma do processo inflamató-

rio-infeccioso (já que a definição de pneumonia implica recuperação do

parênquima pulmonar).

3. Evolução subclínica –Exemplo: primo-infecção tuberculosa: a chegada

do bacilo de Koch nos alvéolos é reconhecida pelos linfócitos T, que iden-

tificam a cápsula do bacilo como um antígeno e provocam uma reação

específica com formação de granuloma; assim acontece o chamado

complexo primário (lesão do parênquima pulmonar e adenopatia). Na

2

± EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ±

Fig. 1-1. Padrões de progressão das doenças (Pereira, 1995).

Evolução clínica Óbito

Invalidez

Cronicidade

Limiar clínico

Recuperação da saúde

Tempo

Evolução subclínica

Intensidade do processo

a

b d

c

emaioria das pessoas, a primo-infecção tuberculosa adquire uma forma

subclínica sem que o doente sequer percebe sintomas de doença.

4. Evolução crônica

...

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