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De acordo com o texto, uma parte dos marxistas não considera como elemento do trabalhador coletivo as atividades humanas que não estejam envolvidas diretamente com a produção de valor, portanto não é geradora de mais-valia, sendo considerada uma grande discussão no debate acadêmico. Recordando Marx em O Capital, ele define o trabalho como a atividade humana que expressa numa relação entre o homem e a natureza, na produção de bens, que atendam às necessidades dos homens como seres sociais. Já a sociedade capitalista, toda ação humana que provoque uma relação de transformação da natureza pelo homem e dela reverter um bem que, sendo capaz de atender a uma necessidade social, possa resultar em valor para o capital.

Partindo dessas concepções, todo trabalho seria produtivo, mas só se pode compreender como trabalho a ação humana, manual ou intelectual, que se configure como ação de transformação entre homem e natureza na geração de valor. Porém, para Marx, ao produzir sua categoria trabalho, também exibi os elementos constitutivos das formas de sociabilidade que o trabalho vai elaborando, na produção, na distribuição e na apropriação de seus resultados. No entanto, para compor-se como fonte de mais lucro para o capital, o trabalho é organizado em um sistema combinado de tarefas compartilhadas entre trabalhadores, caracterizando o órgão coletivo de produção denominado trabalhador coletivo.

Marx tratou o trabalho coletivo como uma força de trabalho potenciada, pela conjugação de esforços físicos e intelectuais, transformada numa força social, que nos serviu de fundamento elucidativo da dinâmica do capital na geração das mudanças, que demonstram os vários ciclos de modernização do processo produtivo e a nova imagem assumida pelas atividades e funções que, na cooperação com o trabalho produtivo, interferindo na formação ideológica e cultural do trabalhador.

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