Diversidade Cultural

O Brasil é um país miscigenado por esse motivo apresenta uma diversidade cultural imensa. A escola é que deve formar cidadãos críticos e conscientes para essa realidade que por anos foi deixada de lado por ideias, pensamentos e atitudes preconceituosas. Para isso se torna necessário inovar desde os conteúdos curriculares até as ações educativas possibilitando assim, uma educação para todos e transformadora da sociedade.

Atualmente a educação brasileira tem dificuldade em valorizar a diversidade, isso se deve ao fato de que ao longo da nossa história, na escola, sempre prevaleceu as ideias, crenças e costumes da cultura do “homem branco”.

Primeiramente devemos repensar nos currículos escolares, já que, infelizmente muitas escolas não aceitam a flexibilidade do mesmo. Logicamente os conteúdos escolhidos hoje, para o currículo são importantes para a formação humana, mas não podemos esperar que os discentes simplesmente reproduzam aquilo ali imposto, sem levar em conta seus problemas, suas necessidades, suas curiosidades para aquilo que realmente lhes interessa, sua identidade cultural.

Para Bagno (2001.p.57 ), a escola, além de transmitir conhecimentos básicos, tem como função principal ajudar o estudante a produzir seu próprio conhecimento. A escola não pode fechar-se em si mesma e para o mundo; ela deve tornar-se dinâmica, favorecer a troca de saberes e permitir que estes venham a transformar a sociedade.

Para atingirmos esse objetivo devemos refazer e repensar o currículo pensando nas diferenças, para que haja conhecimento, respeito e valorização das diversidades culturais. Temos que abrir nossa visão para além da escola, pensar e repensar no que o aluno vivencia no seu cotidiano, ou seja, temos que rever nossas práticas pedagógicas, nossas metodologias de ensino e os conteúdos de nossa docência para atendermos adequadamente essa clientela que se torna cada vez mais heterogênea.

A escola, o professor e o aluno têm que trabalharem conjunto para haver o reconhecimento das diversidades presentes no cotidiano, não só na área escolar, mas principalmente na área cultural e social em que todos estão inseridos. Sem dúvida alguma os discentes devem colaborar, se esforçando para entender, respeitar e aceitar as diferenças. Contudo, o docente tem o papel de norteá-los para que haja o desenvolvimento do pensamento crítico, da verdadeira cidadania que faz dos alunos protagonistas da sua própria história.

O centro de ensino deve romper com velhos pensamentos e hábitos impostos pela sociedade onde se acreditava que os seres humanos eram todos “idênticos” assim, o ensino deveria ser administrado de uma única forma, sem levar em conta a clientela ser cada vez mais heterogênea.

Conseguindo quebrar essa barreira é necessário mostrar aos discentes que não é somente no âmbito escolar que se deve levar em consideração e respeitar as diversidades, já que estas estão inseridas no nosso cotidiano. Deve-se leva-los a exercitar sua consciência crítica, tendo o pensamento livre, mas procurando entender como realmente são as coisas e não simplesmente aceitar frases do tipo “é assim que deve ser” ou “sempre foi assim”.

Pode-se começar com exemplos simples, como a diferenciação que fazemos entre homens e mulheres, fazendo-lhes questionamentos como: “Porque desde pequenos dizemos que boneca e roupa rosa é coisa