Doenças Adquiridas Por Contato Com Objetos
Trabalho Escolar: Doenças Adquiridas Por Contato Com Objetos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: regicspereira • 19/2/2015 • 2.304 Palavras (10 Páginas) • 454 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
As doenças têm diversas formas de contaminação e apresentam vários fatores desencadeantes. Aqui vamos aprender sobre doenças adquiridas pelo contato com objetos, o entendimento dessas doenças nos aspectos: descrição, formas de transmissão ou contaminação, sintomas, tratamento e métodos de prevenção.
2. TÉTANO
É uma infecção aguda e grave do sistema nervoso, causada pela toxina do bacilo tetânico (Clostridium tetani).
Figura 1
Bactérias causadoras do tétano
2.1 TRANSMISSÃO
Ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos externos, geralmente perfurantes, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. Isso porque o bacilo se encontra no intestino dos animais, especialmente do cavalo e do homem (sem causar doença) e os esporos podem estar presentes tanto em solos contaminados por fezes ou com esterco, como na pele ou na poeira das ruas. Na forma de esporo, a C.tetani pode permanecer inativa no solo, mas continuar sendo infecciosa por mais de 40 anos.
A infecção começa quando os esporos entram no corpo através de uma ferida ou de um ferimento. Esses esporos liberam bactérias que se espalham e formam um veneno chamado tetanospasmina. Esse veneno bloqueia os sinais neurológicos da coluna vertebral para os músculos, causando espasmos musculares intensos. Queimaduras e tecidos necrosados também são uma porta de entrada, o que favorece o desenvolvimento da bactéria. Não apenas pregos e cercas enferrujadas podem provocar a doença: a bactéria do tétano pode ser encontrada nos mais diversos ambientes. Já a transmissão do tétano neonatal, também chamado de “mal de sete dias”, ocorre pela contaminação do coto umbilical por esporos do bacilo tetânico, que podem estar presentes em instrumentos sujos utilizados para cortar o cordão umbilical ou em substancias pouco higiênicas usadas para cobrir o coto. Não é transmitido de um individuo para o outro.
2.1.1 SINTOMAS
O tempo entre a infecção e os primeiros sinais dos sintomas ocorre geralmente de 2 a 21 dias. O tétano se manifesta por aumento da tensão muscular geral. Quando os músculos do pescoço são atingidos, há dificuldade de deglutição. No caso de contratura muscular generalizada e rigidez muscular progressiva, são atingidos os músculos reto-abdominais e os do diafragma, o que leva á insuficiência respiratória. O doente pode sofrer de crises contraturas, geralmente desencadeados por estímulos luminosos, sonoros ou manipulação da pessoa, podendo levar á morte. A ação muscular prolongada causa contrações repentinas, fortes e dolorosas de grupos musculares. Isso é chamado de tetania. Esses episódios podem causar fraturas e rompimentos musculares. Outros sintomas incluem: Babar, Suor excessivo, Febre, Espasmos nas mãos ou nos pés, Irritabilidade, Dificuldade de engolir, Micção ou evacuação descontrolada.
Já o tétano neonatal é decorrente da contaminação do cordão umbilical em recém nascido (criança com até 28 dias de vida). Neste caso, o sistema nervoso é afetado e o tétano provoca fortes dores, fazendo com que a criança tenha contrações, chore bastante e sinta dificuldade para mamar.
2.1.2 TRATAMENTO
O tratamento pode incluir: antibióticos, repouso em um ambiente tranqüilo (pouca luz, pouco barulho e temperatura estável), medicamentos para reverter o envenenamento (imunoglobulina antitetânica), relaxante musculares, sedativos, cirurgia para limpar o ferimento e remover a origem do envenenamento (detritos) até suporte respiratório com oxigênio, um tubo respiratório e uma maquina de respiração podem ser necessários.
2.1.3 PREVENÇÃO
O tétano não é contagioso, porém, mesmo aqueles que já contraíram a doença, não adquirem anticorpos para evitá-lo novamente. A vacinação é a única forma de proteção. Para uma imunização adequada, em caso de ferimento é preciso ter tomado três doses de toxóide tetânico, tendo sido a ultima dose há menos de dez anos.
A manutenção de níveis adequados de cobertura vacinal é recomendada
para toda a população e não somente para os considerados grupos de risco: crianças e pessoas da terceira idade; pessoas portadoras de úlceras de perna crônicas; trabalhadores como agricultores e operários da construção civil; e pessoas com mal perfurante plantar decorrente de Hansen. Com relação ao tétano neonatal, a prevenção deve ser feita a partir da vacinação de todas as mulheres em idade fértil (entre 12 e 49 anos), com três doses da vacina. Antes do parto, a mulher deverá ter tomado pelo menos duas doses da vacina e, caso sua última dose tenha sido há mais de cinco anos, ela deverá tomar um reforço.
Além disso, é importante a melhoria da atenção ao pré-natal e ao parto, que deve ser prestada por pessoal capacitado em vacinação e procedimentos higiênicos adequados. O esquema básico de vacinação na infância é feito com três doses da vacina combinada contra DTP e Hib aos dois, quatro e seis meses. O primeiro reforço é feito com a DTP aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade. O cuidado com a ferida inclui uma limpeza imediata e completa,
especialmente nas feridas incisas profundas, porque o pó e o tecido morto favorecem o crescimento das bactérias Clostridium tetani.
3. HEPATITE C
É uma inflamação do fígado provocada pelo vírus RNA (VHC), que pode levar a casos de falência hepática, cirrose e cancro. Durante vários anos foi conhecida sob a designação de hepatite não-A e não-B, até ser identificado, em 1989, o agente infeccioso que a provoca e se transmite, sobretudo, por via sanguínea. É conhecida como a epidemia «silenciosa» pela forma como tem aumentado o número de portadores crônicos em todo o mundo e pelo fato de os infectados poderem não apresentar qualquer sintoma, durante 10, 20, 30 ou 40 anos.
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