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ECOLOGIA E CRISE AMBIENTAL

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Por:   •  14/3/2014  •  Artigo  •  498 Palavras (2 Páginas)  •  388 Visualizações

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ECOLOGIA E A CRISE AMBIENTAL

O homem se defronta com uma crise ecológica. Esta crise evoluiu em conseqüência da má administração crescente do meio natural e do crescimento desenfreado das populações humanas. A crise não apenas ameaça suas chances de realizar um modelo de vida condizente com a presente população humana mas também suas possibilidades de continuar a existir como espécie.

Os sinais de ameaça da crise aparecem em problemas específicos, tais como o (a) desequilíbrio da produção de alimentos e do crescimento da população humana, (b) a redução da produtividade de vastas áreas de terra, (c) o mau uso e a poluição das águas, (d) a mudança gradual dos climas regionais e globais como resultado das atividades urbanas e das técnicas agrícolas, (e) a destruição de importantes espécies da fauna selvagem e a alteração das comunidades naturais e a (f) proliferação de organismos transmissores de doenças e epidemias. Estes problemas são sintomas de distúrbios de processos efetuados a nível de Biosfera como um todo, distúrbios esses capazes de reduzir a níveis mortais a qualidade e a produtividade do meio natural mundial. Por último, contribuem em grande escala para criar a instabilidade política do mundo moderno.

Muitos fatores de ordem cultural, econômica e histórica contribuíram para o surgimento destes problemas (White, 1967; Cole, 1970; Marx, 1970). Na origem, porém, está a exploração cada vez maior por parte do homem dos recursos naturais, sua ignorância das leis que regem os sistemas biológicos, a exploração incontrolada e a inabalável fé na tecnologia para resolver tais problemas que evoluem em proporções cada vez maiores.

A população humana atingiu um nível em que as exigências de recursos naturais requerem uma exploração maciça de todos os ambientes terrestres, fluviais e marítimos. A exploração de certos recursos alimentares tais como a pesca marítima (Borgstrom, 1970) está se aproximando de um nível máximo possível. Ao mesmo tempo, o homem mostra-se profundamente ignorante em relação aos fatores básicos responsáveis pela produção destes recursos e relativamente às conseqüências, a longo prazo, de seus métodos de exploração.

A tecnologia acarretou maiores problemas além dos da super exploração. As atividades agrícolas, industriais e urbanas tornaram-se agentes de padrões globais de poluição, alguns dos quais ameaçam os processos básicos da Biosfera. A tecnologia chegou a um ponto tal que novos desenvolvimentos podem levar a conseqüências prejudiciais, de caráter universal, antes que possam ser avaliados seus efeitos. (Commoner, 1966).

A Ecologia tem sido tradicionalmente definida como o ramo da Biologia que estuda os relacionamentos entre os organismos e seu ambiente. Porém, no contexto da evolução da crise ambiental, a ecologia torna-se algo mais, a "ciência da sobrevivência" . Para mostrar este aspecto e também a diversidade e complexidade dos efeitos ecológicos das atividades atuais do homem, vamos tomar um exemplo em particular. Este exemplo, apenas um entre os muitos que poderíamos escolher, tornou-se um caso clássico da ignorância ecológica e estreiteza de vista humana. Refere-se à Represa de Assuã, que foi concluída no rio Nilo, na República Árabe Unida (RAU) - Egito.

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