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ENEM

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Por:   •  28/10/2013  •  Tese  •  6.788 Palavras (28 Páginas)  •  559 Visualizações

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Simulado Enem- Português

Questão 01

A propaganda, em geral, utiliza elementos de persuasão verbais e não verbais, para o convencimento do público a que se destina. Pode provocar o medo, pela intimidação com antevisão de consequências negativas; jogar com a emoção, pela comoção com atuação sobre os sentimentos; buscar a sedução, pelo encantamento e provocação do desejo; atuar com manipulação, pela chantagem e a ameaça nela contida; disfarçar objetivos, pela dissimulação que encobre a verdade

Na propaganda acima, voltada para o público feminino, a identificação entre a máquina lavadora e uma bela mulher e a caracterização de ambas como bonitas e modernas pretendem funcionar como elemento de:

A. intimidação.

B. sedução.

C. redução

D. chantagem.

E. dissimulação.

Questão 02

No site “Direto da Redação” (http://www.diretodaredacao.com), o colunista Urariano Mota apresentou, em 18/4/2013, sua opinião sobre o tema da redução da maioridade penal, no artigo “Criança é tão criminosa quanto um adulto?”, que foi objeto de diversos comentários de leitores.

Destacamos, a seguir, um fragmento do texto de Urariano (texto I) e um dos comentários, o do leitor Wilson Silveira (texto II).

Texto I

Chega a ser irônico. Neste 18 de abril, temos o Dia Nacional do Livro Infantil, uma homenagem ao dia de nascimento de Monteiro Lobato. Mas ontem veio a público uma pesquisa do Datafolha sobre a redução da maioridade penal. Por que fenômenos tão diferentes se avizinham? Um calendário não se explica, pois na véspera do Dia do Livro Infantil soubemos que 93% dos moradores da cidade de São Paulo querem a prisão para menores a partir de 16 anos. Noventa e três por cento são quase uma unanimidade (...).

É claro que a última pesquisa espelha um instante de abalo emocional na população. Ela veio depois do assassinato do universitário Victor Hugo Deppman. O suspeito pelo crime é um jovem que estava a três dias de fazer 18 anos. Isso foi repetido à náusea. (...)

Ainda que sinta a batalha perdida diante do clamor, é um dever de consciência não seguir a onda do momento. Está certo, é justo, criminosos têm que ser punidos. Se possível, com algo exemplar, que iniba e reprima o crime. Mas para a maioridade penal que deveria cair, levanto algumas perguntas:

Qual seria o limite da redução? 12 anos, 11 anos, 10, 9, 8, 7 anos? Bebês? Qual o limite? Sintam que a cada redução devem ocorrer novos crimes que estarão no limite da punibilidade. Mais: com o necessário aumento da população carcerária, que já é um inferno e um fracasso do sistema, não estaríamos dando ótimas escolas do crime aos meninos?

Texto II

Caro Urariano. Claro que, no nosso país, assim como em outros ditos do primeiro mundo, há exclusão e pobreza. Mas, nem por isso, postergam a punição dos que cometem crimes para depois, quando não mais existir exclusão e pobreza. Sempre, quando se fala em punir os chamados “menores infratores”, há esse tipo de argumento paralisador, da culpa da exclusão e da pobreza, da má distribuição de renda etc etc. Enquanto isso, cidadãos continuam sendo mortos, em escala crescente, seja pelos assassinos maiores de idade, seja como resultado do que se chama, eufemisticamente, de infração, quando o agente é “de menor”. Com isso, os menores de idade, que antes assumiam os delitos dos maiores a fim de isentá-los, hoje estão cientes da impunidade e passaram eles próprios, os menores, a gerir suas próprias quadrilhas e ordenar ou praticar crimes cada vez mais hediondos. É recorrente o argumento acerca da dificuldade de entender como uma pessoa que as leis consideram apta a votar, pode ser considerada impossibilitada de ser apenada pelos crimes, e não meras infrações, que comete.(...). O que parece sem sentido é assistir um cidadão de 17 anos e onze meses, como em um recente caso, deixar de responder, como adulto, pelo ato de adulto.

A leitura dos dois textos permite a conclusão de que:

A. Urariano Mota defende que não haja punição para os menores, em função da impossibilidade da fixação de uma idade limite.

B. Wilson Silveira considera que não se pode aceitar como argumento para a redução da maioridade penal o fato de jovens de 16 anos já poderem votar.

C. ambos os posicionamentos reconhecem que o tema está sendo tratado de forma exageradamente emocional, em função do abalo provocado por um crime.

D. o argumento de Urariano Mota a respeito do aumento da população carcerária e da multiplicação de “escolas do crime” não foi objeto do comentário de Wilson Silveira.

E. não há, a rigor, divergências significativas entre os argumentos do colunista e as observações formuladas pelo leitor comentarista.

Questão 03

O texto e a respectiva ilustração foram retirados de um romance de José Lins do Rego, um dos maiores autores do regionalismo neorrealista de 1930.

“E num esforço desesperado, chegou-se para a porta, e abriu o ferrolho de ferro. O cavalo batia no tijolo da calçada. Seu Lula, com a porta aberta, correu para o alpendre e se ouviu o disparo rouco do clavinote. Com o tiro houve uma correria para o terreiro da casa-grande. Pouco depois o boleeiro Macário chegou espantado. Saíram com a lamparina e encontraram estendida no chão, banhada em sangue, uma das bestas da almanjarra, que havia saído do curral e se abrigara no alpendre, com o frio da noite. Seu Lula estava lívido, em pé, como se tivesse voltado dum imenso perigo. Não via nada e com o corpo todo estendeu-se no chão, com o ataque.”

(REGO, José Lins do. Fogo morto. Rio de Janeiro: José Olympio, 1961, pp. 414 e 417.)

Observados o texto e a ilustração, pode-se verificar que:

A. a gravura não encontra qualquer relação com o texto escrito.

B. a gravura corresponde fielmente à cena central do texto verbal.

C. o

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