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Ead Novas Praticas

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Por:   •  22/12/2014  •  593 Palavras (3 Páginas)  •  278 Visualizações

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Introdução

O termo "identidade" reapareceu tanto no vocabulário das ciências sociais como na linguagem corrente. Um pouco por todo o lado. fala-se de "crise das identidades"

sem se saber bem o conteúdo desta expressão: dificuldades de inserção profissional dos jovens, aumento da exclusão social, mal-estar face às mudanças, desagregação das categorias que servem para se definir a si próprio e para definir os outros... Como em qualquer período que se segue a uma crise económica de grande dimensão, a incerteza quanto ao futuro domina todos os esforços de reconstrução de novos quadros sociais: os do passado já não são pertinentes e os do futuro ainda não estão estabilizados.

A identidade de alguém é, no entanto, aquilo que ele tem de mais precioso: a perda de identidade é sinónimo de alienação, de sofrimento, de angústia e de morte. Ora, a identidade humana não é dada, de uma vez por todas, no acto do nascimento: constrói-se na infância e deve reconstruir-se sempre ao longo da vida. O indivíduo nunca a constrói sozinho: ela depende tanto dos julgamentos dos outros como das suas próprias orientações e autodefinições. A identidade é um produto de sucessivas socializações.

Esta noção de socialização apela para um esclarecimento, uma redefinição e mesmo uma reabilitação. Ao longo da história das ciências sociais - história curta se a compararmos com a das ciências da matéria ou da vida --, o termo "socialização" foi utilizado em diversos sentidos, e adquiriu conotações consideradas, por vezes, hoje como negativas ou ultrapassadas: inculcação das crianças, endoutrinamento dos indivíduos, imposição de normas sociais, constrangimentos impostos pelos poderes tanto ameaçadores quanto anónimos... Esta situação levou a que certos sociólogos tentassem banir esta noção do vocabulário científico da sua disciplina. Mas suprimir uma palavra não elimina um problema central: como discernir a dinâmica das identidades sem ter em conta tanto a sua construção individual como social?

A primeira parte deste livro, concebida como uma iniciação, é consagrada à apresentação sucinta de algumas grandes teorias centradas, parcial ou totalmente, na análise dos processos de socialização. Ela constitui um convite à (re)leitura de alguns autores e de textos importantes ela é acompanhada pela apresentação esquemática de algumas :, investigações recentes inspiradas nestas grandes correntes teóricas; finalmente, ela culmina com a apresentação de uma problemática daquilo que poderia constituir hoje as bases de uma teoria sociológica operatória da construção das identidades.

Entre as múltiplas dimensões da identidade dos indivíduos, a dimensão profissional adquiriu uma importância particular. Porque se tornou um bem raro, o *emprego* condiciona a construção das identidades sociais; porque sofreu importantes mudanças, o trabalho apela a subtis transformações identitárias; porque acompanha intimamente todas as mudanças do trabalho e do emprego, a *formação* intervém nas dinâmicas identitárias muito para além do período escolar. A segunda parte apresenta algumas importantes contribuições das ciências sociais no domínio especifico da socialização profissional. Da sociologia das "profissões"

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