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Educacção De Jovens E Adultos No Mst

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Por:   •  9/3/2015  •  2.471 Palavras (10 Páginas)  •  222 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho aborda dois assuntos importantes para a educação de jovens e adultos. Os saberes necessários ao educador da EJA, e o que dizem os educandos sobre a educação e o analfabetismo a partir de teorias de grandes especialistas.

O trabalho é dividido em duas partes e seus respectivos temas, sendo que a primeira parte esta relacionada a um profissional libertador. O primeiro tema fala de um profissional que tem sua própria opinião diante da realidade aonde vive valorizar a opinião do sujeito que convive, a partir de proporcionar nova aprendizagem. O segundo tema é ter o papel diretivo no processo educativo aborda o domínio de conteúdos que o professor precisa ter para o processo educativo, o preparo do estudo, interesse sobre os acontecimentos importantes do país. O terceiro tema é colocar-se na posição de quem busca superar-se constantemente fala que o educando vai além de um simples fazer mecânico aprofundando a casa surgimento de assuntos e interesses dos alunos. O quarto tema é Fazer do ato educativo em um ato de conhecimento aborda que o sujeito buscar construir respostas, não achar respostas prontas, isso e o ideal para a formação de sujeitos críticos não se formaram sujeitos que se quietam como máquinas, mais sim ter suas próprias opiniões, e assim lutam para transformar o mundo. O quinto tema e como colocar-se em constante processo de formação, o educador continua na formação sejam participando de cursos, eventos para adquirir mais conhecimentos quando exercitamos ato de ensinar logo exercitamos o ato de aprender. O penúltimo tema é trabalhar a dissociabilidade entre a teoria e a prática mediante de reflexões crítica sobre a prática, a partir de novas experiências podem está aprimorando novos conhecimentos. O último tema dessa primeira parte que é respeitando o educando e a si próprio como o sujeito de conhecimento é não ter aquela repetição de conteúdos de algo que já sabe ou não está sendo compreendido pelo o educando, ele já tem muito conhecimento de suas experiências que podem ser usada no seu processo educativo.

A segunda parte e sobre o que dizem os educandos sobre a educação e o analfabetismo, abordamos uma questão de quem é o adulto? Que tal pensar nas pessoas que conhece e que são consideradas analfabetas. Os teóricos a partir de depoimentos de trabalhadores sobre o alfabetismo demonstra sentimento de culpa que dá para sentir através de discursos, então de certa forma dá para entender, que será a culpa pelo o desemprego está na falta de estudos? E a grande importância que os trabalhadores dão a alfabetização da ideia que a culpa que o sujeito tem pelo o próprio fracasso, e o entendimento de Pinto (2000, p79, 80) sobre o adulto.

- Assumir-se como profissional libertador, que tem postura critica diante da realidade vivida. Ou seja, que o educador valorize e respeite o sujeito com o qual trabalha buscando proporcionar novos aprendizados através de estímulos, quanto à postura critica ela varia de como se ver e ler nos materiais bibliográficos e demais recursos utilizados na aula. Desta forma o educador deve estar atento aos acontecimentos sociais, econômicos e políticos que marca o país, para que tenha fundamento e condições de dialogar com os alunos.

-Ter papel diretivo no processo educativo, não como quem ocupa uma posição de comando, mais como articulador de um estudo sério sobre algum objeto de investigação. Ou seja, cabe ao educador ter autoridade e controle no processo educativo, preparo estudo, interesse pelo os acontecimentos que marca o país. Um educador interessado e bem informado ira proporcionar o conhecimento dos alunos através de questões, estímulos, já um educador desinteressado ira proporcionar acomodação e desanimo de seus educandos, por esse motivo o educador precisa saber como caminha e por onde caminha com seus educandos.

O principal objetivo é conhecer os saberes que são necessários aos professores que trabalham com alunos da educação de jovens e adultos para que de fato possam contribuir para torná-lo um cidadão crítico, participativo e criativo em face da demanda cada vez mais complexa da sociedade moderna conforme propõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e bases da Educação.

Compreendemos, portanto há uma necessidade de se repensar no papel dos profissionais da EJA, pois, os professores não podem mais agir de forma neutra apoiando-se apenas nos conteúdos, métodos e técnicas; não podem mais ser omissos, tendo em vista que os alunos pedem uma posição desses profissionais sobre os problemas sociais, mas como alguém que já tem uma opinião formada sobre algo e que está disposto ao diálogo. Os professores da EJA necessitam também adquirir saberes necessárias as necessidades contemporâneas que os obrigam a serem mais reflexivos, a terem uma formação continuada, a repensar o ato de planejar e avaliar, adquirindo assim a cada dia novas competências.

Enfim, parece-nos imprescindível, antes de qualquer ação, que o professor reflita sobre sua função, conheça o meio em que irá atuar e seja sensível ao conhecimento dos alunos com os quais irá trabalhar. Priorizando estes aspectos, certamente terá condições de dimensionar o alcance de sua competência, a eficácia do seu trabalho e a abrangência do seu compromisso com a educação, pois qualquer diagnóstico precipitado do professor poderá estigmatizar o aluno, comprometendo seriamente sua formação e cidadania, fato que deverá merecer sua constante atenção.

Colocar-se na posição de quem buscar superar-se constantemente, numa atitude próxima que vai além dos simples fazer mecânico.

No processo educativo o docente sente necessidades de rever a relações educativas que passam na EJA e também de aprofundar os conhecimentos mediante problematização feita pelos educando. E necessário que o educador trabalha com as necessidades que lhe surgem e busca superar-se a cada experiência e tem uma atitude próxima, criadora, assim supera a acomodação e a reprodução de atitudes no processo educativo. Além do mais o educador tem que si interessar em aprofundar os conhecimentos em relação à educação e ato educativo.

- Colocar-seem constante processo de formação

O educador deve sempre ter atitude de estar em processo de formação, pois para a área de educação é importante estar sempre se aperfeiçoando, este processo pode ser desenvolvido por cursos de capacitação e especializações, isso é muito importante tanto para o profissional quanto para os seus alunos, estes devem ter uma educação de acordo com o seu cotidiano e sua realidade.

O bom professor não é aquele que ensina tudo, mas sim aquele que faz o aluno refletir e se questionar além de que o professor não deve ser o dono das respostas e de total conhecimento, pois este esta em desenvolvimento e construção constante do saber é importante que tenha um ambiente onde o educador ensine mais também aprenda. É imprescindível que o educador saiba onde deve aprimorar os seus conhecimentos, pois desta forma estará cada vez mais atualizado, fortalecendo o processo educativo.

- Trabalhar com a dissociabilidade entre teoria e prática mediante reflexão crítica sobre a prática

A educação vem tendo avanços, podemos vê-los com análise, estudando o que esta pronta e agregando a estes avanços experiências individuais da profissão para aprimorar os conhecimentos.

Estudar algo que já existe gera questionamentos, pois é a teoria questionando a prática e vice versa, depois de analisar a teoria cabe observar se a prática cabe à teoria e se a teoria cabe à prática devemos agregar experiências e construir um novo saber, uma nova prática ou adaptar a teoria para o contexto onde o aluno e o professor estão inseridos.

- Respeitar o educando e a si próprio como sujeito do conhecimento

Os conhecimentos de uma pessoa, que procura a escola tardiamente, são inúmeros e adquiridos ao longo de sua história de vida. Eles possuem um conjunto de experiências que devem ser reconhecidos no processo educativo. No qual manifestam encantamento com os procedimentos, com os saberes novos e com as vivências proporcionadas pela escola.

O educador por sua vez deve criar um ambiente propicio em sua ala de aula respeitando a sociedade e a cultura de seus educando, já que o educador possui conhecimento e experiências que devem ser inseridos no processo educativo. Ajudar o educando a ser um ser pensante e não um receptor de informações e parte fundamental do educador, que deve criar um ambiente educativo crítico.

Em sala de aula, à medida que aparecem as situações problemas, o docente age trazendo nesse momento a articulação dos conhecimentos que ele já estruturou em outros momentos, gerando uma forma específica de orientar e conduzir a turma, assim terá êxodo em seu ensinamento.

- O que dizem os educandos sobre a educação e o analfabetismo?

A princípio o educador terá que descobrir quem é o analfabeto, mas podemos pensar da seguinte maneira, de que eles são, com certeza jovens e adultos que possuem experiências de vida e de trabalho. E com certeza em suas vivências não pensaram que poderiam precisa de estudo pra alguma coisa.

Pinto afirma, que a falta de educação formal, não é sentida pelo o trabalhador adulto como uma deficiência aniquiladora, quando há outra educação.

Ele quis dizer o mesmo trabalhador que não estuda pode ser líder de grupo, pode ser organizador de movimentos sociais.

Porque se a sociedade não desse a chance de mesmo adulto analfabeto ser líder, ele iria querer crescer profissionalmente e esse crescimento se daria através dos estudos.

Melo traz discursos de trabalhadores sobre alfabetização e demonstra como os sentimentos de culpa emergem em suas falas. Para trabalhar nesta obra é preciso saber ler e escrever, porque se não dá prejuízo para a firma.

Ela quis dizer que o analfabeto causa muito problema, porque existem muitos avisos que precisam ser lidos pelos funcionários e existem também muitas normas que precisam ser cumpridas no caso do analfabeto isso não vai acontecer porque esse por sua vez não sabe ler nem escrever.

De certa forma é uma fala que revela a ideia de que o alfabetismo tem a sua utilidade instrumental- ler instruções, então à culpa de muitas pessoas desempregadas é a falta de estudo.

Então neste caso a contradição com o que afirma Álvaro Pinto e as afirmações de Orlinda Maria de Fátima Corrijo Melo, porque ele diz que a sociedade dá condições da pessoa analfabeta liderar grupos e ela diz sem estudo ninguém chega á lugar algum.

Em outro fragmento Melo nos mostra novamente que a pessoa analfabeta não serve pra nada.

Resumindo então o estudo é todo o alicerce que precisamos para subir na vida.

No Brasil os empresários não contrata gente analfabeta, para não ter prejuízo, porque afirmam que se não sabem ler e escrever não serve para o serviço. Mais nunca se questionaram porque os mesmos não puderam estudar.

Essa questão levou o governo a criar um programa de educação para jovens e adultos (EJA) com o intuito de diminuir o índice de analfabetismo no país. Mais segundo afirma Melo essa busca tem se tornado um problema, porque já estão sendo tratados como epidemia. A busca do governo pelos os brasileiros que não tem estudo estar se tornando uma caça aos “doentes analfabetos" e que são considerados sujos e improdutivos, ligando esses fatos à ausência de educação e de moral.

Na maioria das vezes eles incorporam o sentimento de incapacidade, que foram impostos por causa das necessidades passadas e se culpam pelo o "fracasso escolar".

Para Pinto: o adulto é um ser humano com capacidade de trabalhar da melhor forma possível. Assim a educação não é apenas um processo de aprender a ler e escrever, mais de buscar produzir uma mudança na consciência do educando. Por isso quando mais a sociedade se desenvolver, há mais necessidade de desenvolver a educação dos adultos, para que os permita ter mais participação em níveis culturais mais elevados.

Mesmo sendo analfabetos os trabalhadores tem a participação cada vez mais ativa das massas. No processo político de uma sociedade, expande- se a consciência do trabalhador e lhe ensina porque e como. Passe a ter mais participação ativa às vantagens geral.

Pesquisa feita com três alunos da EJA da Escola Municipal Santa Lúcia que se localiza em Águas Lindas de Goiás.

Fizemos a seguinte pergunta:

1- Como você explica o fato de não ter estudado quando era mais novo e porque decidiu voltar a estudar?

Resposta do Senhor Antônio José de 45 anos que esta na 3° serie:

Nunca gostei de estudar vivia trabalhando com meus pais, oportunidade de estudar eu tive, mas me sentia muito das vezes desanimado, pra baixo de ir estudar, decidi volta a estudar para poder saber escrever o meu nome a única coisa pela qual decidir voltar a estudar!

Resposta da Senhora Maria das Dores estuda na 4° serie:

O fato e porque eu não tive alguém na minha vida para me incentivar, perdi meus pais cedo, fui criada pela minha madrinha, mas como morávamos na roça não tinha oportunidade de estudar, hoje pude a voltar a estudar pelo incentivo dos meus filhos e marido, não sabia escrever nem meu próprio nome direito.

Resposta de Venceslau Paiva estuda na 4° serie:

Não pude estudar pelo fato de ter perdido minha mãe aos nove anos de idade, fui criado pelo meu pai e pela mulher dele que é minha tia, tive que trabalhar pra ajudar no sustendo da casa, então não tive a oportunidade de estudar, também pela dificuldade de ir a escola. Voltei a estudar pelo fato de não saber escrever meu próprio nome, fui quase mandado embora do trabalho por que não sabia ler e nem escrever.

Considerações Finais

O trabalho realizado relata a importância que os educadores e teóricos visualizam uma educação de qualidade para a EJA, suas contribuições e fragilidades.

Portanto, o profissional deve ter uma postura ética e um papel fundamental no processo educativo dos alunos da EJA, pois são pessoas que buscam estudo para melhorar suas condições de vida, seja ela financeira ou educacional, sendo que vários motivos levam elas a optar pelo a Educação de Jovens e Adultos.

O trabalho ressalta que é extremamente importante que o educador continue em constante processo em sua formação e aperfeiçoamento, no qual lhe dará armas e métodos para auxiliá-lo dentro e fora da sala de aula.

Enfim, a educação de jovens e adultos a EJA abrem portas de possibilidades para aquelas pessoas que deixaram de estudar, por vários motivos ou avançar conforme a idade e causa de retenção escolar, tendo flexibilidade para que ele trabalhe e estude. Conforme mencionado no trabalho descrito uma pessoa analfabeta tem poucas oportunidades e são consideradas incapazes, sendo que o mercado de trabalho geralmente procura pessoas capacitadas profissionalmente e com estudo.

As entrevistas deixam claro alguns motivos que muitos deixaram de estudar e procuram a EJA para prosseguir ou começar a estudar novamente, exemplos como falta de incentivo, trabalhar desde cedo (criança), desanimo e dificuldade de acesso à escola.

Trabalhar com a EJA é gratificante e exigem tanto do professor como do aluno e ambos caminham para obter sucesso no ambiente escolar e na vida. Como pensador Janoí Mamedes cita “o professor só pode ensinar quando está disposto a aprender”.

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