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Educação Do Campo

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Por:   •  19/7/2013  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  493 Visualizações

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Educação do Campo

A educação brasileira ao longo de sua história vem passando por várias modificações em busca de uma educação melhor e que atenda aos anseios da população. Foi com esse intuito que os povos do campo começaram a se organizar e lutar por essa educação que também era direito deles.

No período entre 1910 /20, houve um êxodo rural, em que o homem do campo migrou para a cidade, onde se dava início do processo de industrialização. Para promover a permanência do homem no campo surgiu o “Ruralismo Pedagógico com o objetivo de se ter uma escola integrada às condições locais regionalistas”.

Mas foi com o fim do regime militar na década de 1980 que os povos do campo começaram a se organizar e lutar por seu direito, o de ter uma educação de acordo seu modo de vida, ou seja, uma educação no campo.

O movimento por uma educação do campo se instaurou no país em 1988, a fim de oferecer aos povos do campo uma educação que atenda a seus anseios ruralistas. Essa educação deveria ser NO campo, ou seja, no lugar onde vivem, e DO campo, pois o povo tem direito a uma educação com a sua cara que valorize seu modo de viver e que atenda às suas necessidades.

O MST vê a escola como um lugar que faz a diferença na vida das pessoas, esta deve se preocupar com os ideais do movimento e com a formação dos membros do movimento com uma pedagogia que respeite a sua realidade. As mulheres tiveram uma influência nessa conquista, pois foram elas as primeiras a se mobilizarem pelo direito a escola em seus acampamentos.

O movimento por uma educação do campo se define como Pedagogia em movimento por “ter os sem terra como sujeito educativo e ter o MST como sujeito da intencionalidade pedagógica sobre esta tarefa de fazer educação”. Desta forma o MST é a favor de uma educação social que desenvolve capacidades cognitivas e habilidades no individuo, se opondo a qualidade total na educação, pois a escola não é uma empresa, e os alunos não são clientes que devem desenvolver tarefas perfeitas.

Para Arroyo, a tarefa do movimento por uma educação do campo não deve atender aos interesses neoliberais que transforma a educação em mercadoria atendendo ao capitalismo, mas sim defender uma educação subjetiva e que insira no homem do campo que a educação é um direito de todos.

A educação do campo tem respaldo nas leis 4.024/61 que “... reflete assim as contradições e os conflitos que caracterizam as próprias frações de classe da burguesia brasileira. Apesar de ainda conter elementos populistas, essa lei não deixa de ter um caráter elitista” (Freitag, 1980: 58 apud ...), lei 5.692/71 que ainda não trouxe muito benefícios para a educação campesina e por fim a lei 9.394/96 que em seu art. 23 ª§ 2° diz que o calendário escolar deve se adequar às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas.

As diretrizes operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo definem o campo como “um espaço com identidade. É um espaço pluriétnicos e multidimensional constituindo laços de pertença a terra e à comunidade”. Portanto a Educação do Campo ao longo de sua história vem alcançando várias conquistas que permite ao homem do campo uma educação de “qualidade”.

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