Educação para Jovens e Adultos

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O EJA - Educação para Jovens e Adultos, é um sistema de ensino da rede pública no Brasil que desenvolve projetos para promover a formação de ensino fundamental e médio para alunos que não concluíram o ensino regular. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) estabeleceu

no artigo 37 que: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”. Essa definição da EJA nos mostra caráter de educação inclusiva e compensatória que essa modalidade de ensino possui. A maior parte do público que procura a EJA são jovens, trabalhadores e adultos, até mesmo da terceira idade, pessoas que não tiveram oportunidade para estudar quando criança. Os professores do EJA são selecionados de acordo com as normas existentes para que seja possível exercer a profissão. Por ser um ensino de qualidade e público, a procura vem crescendo todos os anos. O perfil dos educandos da EJA pode ser organizado em três grupos: jovens, adultos e idosos. De acordo com o PNAD (2009) existem no Brasil 14,1 milhões de analfabetos, o que corresponde a 9,7% da população na faixa etária de 15 anos ou mais e a taxa de analfabetismo funcional (percentual de pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudo) em 20,3%. Entre os analfabetos, 92,6% tinham 25 anos ou mais de idade, o que representava 12% do total da população nesta faixa etária. Entre as pessoas de 50 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo era de 21%. São jovens e adultos que buscam acelerar seus estudos para conseguir concluir a escolaridade básica. Os adultos principalmente voltam a escola tentando superar a condição de analfabetos funcionais e alguns pretender melhorar sua qualificação para o trabalho. A educação de jovens e adultos surgiu desde o Brasil colônia, mas a educação básica de adultos começou a se estabelecer na história do Brasil a partir da década de 1930, onde o sistema de ensino começava a se consolidar. Somente após 1960 surge um novo referencial para a compreensão da identidade por meio das ideias de Paulo Freire, que introduz princípios orientadores da EJA: entender a especificidade do educando adulto, a não infantilização da prática pedagógica e a conscientização do processo de ensino aprendizagem: leitura do mundo e da palavra.

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