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Eii, You

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Por:   •  19/10/2014  •  Resenha  •  820 Palavras (4 Páginas)  •  229 Visualizações

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É certo que muitas cidades e corporações tentaram com empenho conservar seus privilégios exclusivistas. Quando o conseguiram, foi sob a supervisão da autoridade real. O Estado nacional predominava porque as vantagens oferecidas por um governo central forte, e por um campo mais amplo de atividades econômicas, eram do interesse da classe média como um todo. Os reis sustentavam-se com o dinheiro recolhido da burguesia, e dependiam, cada vez mais, de seu conselho e ajuda no governo de seus

79 Statutes of the Realm, op. cit., vol. II, p 298-9.

80 Documents Relatifs à l’Histoire de l’Industrie et du Commerce en France, vol. II, pp. 123-124. Publicados por M G. Faignez, Picard, Paris, 1898 e 1900.

crescentes reinos. Os juízes, ministros e funcionários vinham, em geral, dessa classe. Na França do século XV, Jacques Coeur, banqueiro de Lyon e um dos homens mais ricos da época,. tornou-se conselheiro real. Na Inglaterra dos Tudor, Thomas Cromwell, advogado, e Thomas Gresham, merceeiro, chegaram a ministros da Coroa. “Um pacto tácito foi concluído entre ela [a realeza] e a burguesia industrial de empreendedores e empregadores. Colocavam a serviço do Estado monárquico sua influência política e social, os recursos de sua inteligência e sua riqueza. Em troca, o Estado multiplicava seus privilégios econômicos e sociais. Subordinava a ela os trabalhadores comuns, mantidos nessa posição e obrigados a uma obediência rigorosa.” 81

Era um exemplo perfeito do provérbio “Uma mão lava a outra”.

Um interessante sinal dos tempos, na Inglaterra, foi o afastamento dos venezianos e dos mercadores alemães da Liga Hanseática, que tinham uma “estação” em Londres. Os estrangeiros haviam, sempre, controlado a importação e exportação do país. Haviam comprado a vários reis, sucessivamente, seus lucrativos privilégios comerciais. Mas nos séculos XV e XVI os comerciantes ingleses começaram a levantar a cabeça. O grupo denominado Mercadores Aventureiros, principalmente, era uma associação particularmente ativa, que desejava arrancar das mãos dos estrangeiros esse comércio proveitoso. A princípio não realizaram grandes progressos, porque o rei queria dinheiro em troca de concessões, e porque medidas drásticas poderiam provocar problemas com outros governos. Mas os Mercadores Aventureiros ingleses insistiram, e em 1534 os venezianos perderam seus privilégios, e seis anos mais tarde a Liga Hanseática reclamava ao rei: “Muito embora a concessão tivesse sido feita há muito tempo aos mercadores da Liga Hanseática, e essa mesma concessão tivesse sido renovada e permitida por Vossa Excelsa Majestade, para que nenhuma forma de imposto, pensão ou pagamento indevido seja cobrada das pessoas, mercadorias ou produtos dos ditos mercadores, não obstante tudo isso, a favor dos pisoeiros e tosquiadores de Londres adotaram-se medidas tais que nenhum mercador da Hanseática ousará embarcar ou retirar do Reino da Inglaterra

81 P. Boissonnade, Le Socialisme d’État (1453-1661). Champion, Paris, 1927, pp. 9-10.

82 Tudor Economic

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