Electromiografia

1 INTRODUÇÃO

1. 1 Eletromiografia

A eletromiografia permite realizar o processamento dos sinais elétricos que são gerados pela despolarização das células musculares, um registro dos potenciais elétricos gerados nas fibras musculares em ação. Em técnica, trata-se de uma aquisição e tratamento do sinal elétrico produzido na musculatura a partir da estimulação das unidades motoras (FERREIRA; GUIMARÃES; SILVA, 2010). Na biomecânica a EMG permite investigar as ações musculares e identificar os músculos utilizados nestas ações, o nível de ativação muscular no momento da ação, intensidade e duração e ainda possíveis inferências à fadiga muscular (JUNIOR, 2014).

O Potencial de Ação da Unidade Motora (PAUM) é verificado pela soma temporal e espacial dos potenciais de ação individuais de todas as fibras de uma Unidade Motora (UM). Isto depende também de diversos fatores como: taxa de disparo, características da membrana da fibra muscular, diâmetro, distância de uma fibra ativa e o local de detecção do sinal EMG, área e extensão que estes eletrodos foram distribuídos sobre o músculo (JUNIOR, 2014).

Em contração muscular, o sistema nervoso envia estímulos para que as unidades motoras sejam ativadas repetidamente, isso gera um pulso de PAUMs, indicando a taxa de disparo de impulsos eletromiográficos. (JUNIOR, 2014).

No local onde o eletrodo é colocado, cria-se efeito de filtro passa - baixa, podendo diferenciar largura da banda, que diminui com o aumento da espessura do tecido, causando maior impedância (ruído) para captação do sinal EMG. Algumas propriedades não fisiológicas também interferem na captação do sinal: configuração do eletrodo, forma, tamanho, colocação, tipo de filtro e etc (JUNIOR, 2014)

Para melhor captação do sinal a localização do eletrodo em contato com a pele deve ser entre o ponto motor e o tendão de inserção do músculo, a barra de captação devem estar perpendiculares às fibras musculares, na superfície de captação devem estar separadas no máximo 40 mm (JUNIOR, 2014).

2 OBJETIVO

Comparar a amplitude do EMG (eletromiográfico) RMS Room Mean Square (raiz quadrada da média) em contrações isotônicas em diferentes posições do antebraço.

3 MATERIAIS

• Eletromiógrafo ( EMG System do Brasil)

• 3 eletrodos de Ag – Agel ( distância 20 mm)

• Gel condutor

• Gilete

• Halter de 4 kg

• Um (1) individuo do sexo feminino, 22 anos, peso 74kg, altura 160 cm

4 METODOLOGIA

4.1 Método e Avaliação

O individuo deve estar sentado em posição confortável para a execução do movimento, como nesse teste o local de avaliação é o músculo do bíceps, o avaliador do teste divide a porção muscular do bíceps para fazer a tricotomia para retirar as impurezas da pele com a gilete, para que seja colocados os eletrodos, após colocados os eletrodos de avaliação no bíceps é colocado também o eletrodo de referência no processo espinhoso na proeminência óssea C7 para retirar todo o ruído no momento do teste. O Individuo deve realizar três (3) movimentos de contrações isotônicas com o antebraço supinado e três (3) contrações isotônicas com o antebraço pronado na amplitude do movimento de 90º no tempo de 30 segundos. O músculo é ativado apenas por segurar o halter para a realização do movimento.

5 RESULTADOS

Após a realização da avaliação de eletromiografia na área do músculo bíceps braquial medido entre a porção média do músculo, em movimento de rosca unilateral até 90º, na posição pronada e supinada com a utilização de um halter de 4kg, com repetições de três (3) vezes cada posição,dentro do tempo de trinta (30) segundos.

Observamos o gráfico a seguir :

O gráfico apresenta os resultados que na contração isotônica supinada ocorreu um sinal elétrico maior, devido ao recrutamento das fibras musculares do bíceps (braquial, cabeça longa do bíceps e cabeça curta do bíceps) na realização do exercício.

Já na contração isotônica